Ação cominatória para que o réu se abstenha de atos que prejudiquem o autor, como trancamento de estrada e abstenção de água potável.
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....., ESTADO 
DO .....
....., brasileiro (a), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º 
..... e do CPF n.º ..... e ....., brasileiro (a), profissional da área de ....., 
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residentes e domiciliados na 
Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio 
de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 
01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., 
Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO COMINATÓRIA
em face de
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador 
(a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua 
....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., pelos motivos de 
fato e de direito a seguir aduzidos.
DOS FATOS
Os Autores são proprietários do lote rural com .... alqueires, localizado na 
Comarca de ...., no Município de ...., registrado sob nº ...., fls. ...., livro 
.... no Cartório de Registro de Imóveis de ...., conforme o doc. anexo nº ....
Essa propriedade é vizinha da propriedade do Réu, divididos pela referida 
barragem de ....
Quando a Prefeitura de .... construiu dita barragem, sendo então Prefeito, o Sr. 
...., a água represada cobriu uma mina de água potável existente na propriedade 
dos Autores.
Em conseqüência do fato narrado no item 2, a Prefeitura de ...., na época do 
represamento, responsabilizou-se pelo fornecimento de água potável, sem prazo 
certo, ao antecessor dos Autores na propriedade destes, conforme entendimentos à 
época mantidos entre tais interessados.
Efetivamente dita Prefeitura instalou, em uma mina próxima da represa, uma bomba 
acionada pelas próprias águas represadas, para atender às necessidades de água 
potável da propriedade dos Autores.
Tempos depois, a pedido do Réu, a mesma Prefeitura passou a fornecer, com a 
mesma bomba, água para a propriedade do Réu, mantendo o fornecimento para o 
Autor.
Os Autores quando adquiriram sua propriedade, em .... de ...., já a encontraram 
atendida por referido serviço.
E até dias atrás, mais precisamente até o dia .... de .... de ...., a situação 
permaneceu inalterada.
Porém, no dia .... de .... de ...., o Réu, sem qualquer explicação ao Autor ou à 
Prefeitura, secionou o cano de P.V.C. que fornece água aos Autores, mantendo 
apenas o cano que fornece água para ele.
De pronto, a Prefeitura providenciou o reparo do encanamento, mas foi novamente 
secionado pelo Réu. Novo reparo em seguida e novo corte pelo Réu.
Enfim, num prazo de .... dias aproximadamente, o Réu interrompeu o fornecimento 
de água dos Autores por .... vezes consecutivas sem qualquer justificativa.
Os reparos feitos pela Prefeitura foram supervisionados pelo atual chefe do 
Departamento de Obras, Sr. ....
Em conseqüência dessas atitudes do Réu, os Autores ficaram sem água potável para 
o consumo doméstico de seus empregados e dos animais da sua propriedade.
E, em decorrência disso, o autor varão, ajudado pela Prefeitura de ...., está 
transportando água em tambores puxados por tratores, para o consumo em sua 
propriedade, com um dispêndio totalmente desnecessário.
Contudo, irregularidades cometidas pelo Réu não param no que foi narrado.
É que o Réu, após o asfaltamento da nova estrada ..../...., simplesmente está 
impedindo, com grandes buracos, a passagem e o livre trânsito pela antiga 
estrada, que também divide a propriedade dos Autores e do Réu. Isto ocorreu há 
cerca de .... dias.
DO DIREITO
Como se vê claramente, a atitude do Réu fere frontalmente o direito que os 
Autores tem, há longo tempo, de se utilizar do benefício trazido pela Prefeitura 
de ...., usufruindo da água potável a sua disposição.
A ilegal atitude de fechar uma estrada que não é do Réu, está também trazendo 
prejuízos aos Autores.
Os pedestres e os cavaleiros, para não darem uma grande volta pela nova estrada, 
impedidos de se utilizarem do trajeto antigo, que é estrada municipal, estão 
passando pelos campos cultivados dos Autores, estragando suas culturas e 
trazendo danos.
E tudo porque o Réu resolveu fazer enormes buracos na estrada, como se dela 
fosse proprietário.
DOS PEDIDOS
As hipóteses aplicam-se ao caso apresentado, eis que o Réu.
Pelos fatos acima expostos requer a Vossa Excelência:
1) Que determine ao Réu, por mandado, que se abstenha de impedir que o autor se 
utilize da água potável fornecida pela mina.
2) Impeça, por qualquer modo, a livre utilização da antiga estrada municipal, 
que divide sua propriedade com a dos Autores, por qualquer pessoa que dela 
queira fazer uso, especialmente os Autores.
3) Que importa ao réu multa cominatória, para o caso de descumprimento das 
determinações judiciais requeridas e que são impostas por V. Exa.
4) A citação do Réu, para apresentar defesa, querendo, no prazo legal:
5) A procedência da ação e condenação do réu ao pagamento das custas processuais 
e honorários advocatícios.
Prova o alegado pelos documentos anexos e protesta pela ouvida do depoimento 
pessoal do Réu, testemunhas, produção pericial e todas as provas acaso 
necessárias.
Dá-se à causa o valor de R$ ......
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]