RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - Supervisor de distribuição - DEMISSÃO SEM JUSTA
CAUSA - SOLIDARIEDADE PASSIVA - HORA EXTRA
EXMO SR. DR. JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE ..................
...................., brasileiro, casado, supervisor de distribuição,
portador da CI/RG n.º .............. e inscrito no CPF/MF sob n.º.............,
residente e domiciliado na Rua ..........., n.º ........, Conjunto ........,
........, CEP ..........., por seus procuradores infra assinados, instrumento de
mandato incluso (Doc. 01), com escritório na Rua .............., .........,
....º andar, sala ...., ...., CEP ............, onde recebem intimações e
notificações, vem, com respeito e acatamento à presença de Vossa Excelência,
propor a presente
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
Contra .............., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ
sob n.º ............, sediada na Rua ............., ...... Bairro .........,
............., CEP ........., e subsidiária e solidariamente a ..............,
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n.º .........., sediada
na Avenida ........... n.º ......... Bairro .........., ..............., CEP
............., pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe:
1 - DO CONTRATO DE TRABALHO
O Reclamante foi admitido pela Reclamada em ..../..../...., para prestar
serviços como Supervisor de Distribuição, percebendo como salário inicial, a
quantia de R$ ............ mensais.
Foi demitido sem justa causa, em ..../..../...., quando percebia como salário
base, a importância de R$ .............. ao mês. (Docs. ...)
2 - DO LOCAL DE TRABALHO
O Reclamante cumpria sua jornada de trabalho no estabelecimento da Reclamada
solidária, ou seja, na Empresa ........., supra citada, onde controlava a
expedição de mercadorias.
Portanto, a verdadeira favorecida pelo trabalho do Reclamante, era a empresa
solidária.
3 - DA JORNADA LABORAL
A jornada normal de trabalho era das ....h às ...h e ...min com intervalo de
..h.
O controle da jornada no ano de ..... até ......... de ....., era apenas
pessoal, sendo que o Reclamante não batia o cartão ponto, por recomendação da
própria empregadora.
A partir de ....../.... até a data da dispensa, o controle passou a ser
eletrônico, ou seja, toda entrada e saída do funcionário, do local de trabalho,
era registrado no relógio da portaria.
4 - HORAS EXTRAS
Durante o período laboral, o Reclamante sempre trabalhou em jornada
extraordinária, segundo seu levantamento abaixo apresentado:
DATA JORNADA H. E
... e .../.../... - das ..... às .... h .......
..../..../..... .................... .......
Em ..... de ......, a empregadora firmou acordo juntamente com o Sindicato da
categoria, para que houvesse compensação da jornada extraordinária, suscitando o
aparecimento do "Banco de horas", entrando em vigor no mês de agosto seguinte.
A CCT 97/98, (Doc. ....), prevê o pagamento da jornada extraordinária, com
adicional de 65% para as primeiras vinte (20) horas mensais; 85% das vinte (20)
até quarenta (40) horas, e de 100%, acima de quarenta (40) horas mensais.
Observa-se dos recibos de pagamento do obreiro, que não há menção às horas
extras prestadas à Reclamada. (Docs. ...).
A partir de ...../..., as horas extras acima anotadas, podem ser comparadas
com o controle eletrônico da portaria, sobre a entrada e saída do Reclamante, do
local de trabalho.
Assim, até o surgimento do banco de horas e das compensações, são devidas as
horas extras apontadas acima, com os adicionais respectivos.
5 - DO BANCO DE HORAS
Conforme o Acordo Coletivo para Instituição de Jornada Especial de Trabalho,
"Banco de Horas", (Doc. ....), a prorrogação da jornada diária de trabalho do
Obreiro, não poderia ser superior a duas .... horas.
Vejamos o texto:
1.2 - Em atendimento ao Artigo 59 de Consolidação das Leis do Trabalho, a
prorrogação da jornada diária de trabalho não excederá de 02(duas) horas.
1.4 - As horas suplementares efetuadas em determinado mês deverão ser
compensada ou pagas no prazo máximo de 3( três) meses.
1.6 - Para as horas suplementares à jornada de trabalho, que forem pagas como
horas extras, serão observados os mesmos percentuais estipulados na convenção
coletiva vigente
Como a partir de ....../.... o controle da entrada e saída do empregado, das
dependências da empregadora, era feito de forma eletrônica, o excesso de horas
extras, além das 2 (duas) permitidas em acordo coletivo, (veja-se docs. .... e
....), deverá ser demonstrado pela Reclamada, bem como as datas de compensação.
Da apresentação de tais documentos pela Reclamada, extrair-se-á, a quantidade
de horas extras não compensadas e não pagas, bem como as irregularidades de
compensação de jornada em domingos e feriados, em dias normais de trabalho.
Do levantamento feito, serão devidas as horas extras laboradas além das 02
(duas), homologadas em acordo coletivo, com os adicionais correspondentes, bem
como o pagamento de domingos e feriados compensados em dias normais.
Para tal, requer-se desde já, a apresentação, pelas Reclamadas, dos registros
eletrônicos de entrada e saída do Reclamante, das dependências do local de
trabalho e dos documentos referentes às datas de compensações.
6- A MULTA CONVENCIONAL
Pelo descumprimento da cláusula 40, da CCT 97/98 acima referida, deve a
Reclamada o ressarcimento de multa no valor de 50% salário normativo, prevista
na cláusula 46 da mesma CCT. ( Doc. ....)
REQUERIMENTO FINAL
Pelo exposto, vem a requerer a CONDENAÇÃO da Reclamada e da subsidiária e
solidária:
HORAS EXTRAS - ao pagamento de todas as horas extras, como demonstradas
acima, bem como àquelas que foram compensadas irregularmente, além das 02(duas)
permitidas em acordo, ou laboradas em domingos e feriados e compensadas em dias
normais de jornada.
DA MULTA CONVENCIONAL - ao pagamento da multa convencional apontado no item 6
acima;
REFLEXOS - ao pagamento correto dos reflexos incidentes sobre a média de
horas Extras nas verbas rescisórias, aviso prévio, férias, terço constitucional,
13º salário, DRS, FGTS;
CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - nas custas processuais desta
Reclamatória, assim como o pagamento de honorários de advogado para os patronos
do Autor.
Requer-se, ainda, a Vossa Excelência;
A Notificação pessoal dos representantes legais das Reclamadas, nos endereços
apontados nesta inicial, para que compareçam à audiência e, querendo, respondam
aos termos da presente Reclamatória, prestando depoimento pessoal, que desde já
se requer, sob pena de revelia e confissão;
Produção de provas, todas em direito admitidas, em especial, exames
periciais, oitiva de testemunhas e juntada de documentos novos;
A Condenação das Reclamadas no pagamento correto de todas as verbas
pleiteadas, com juros e correção monetária, mais as cominações legais
pertinentes, julgando-se inteiramente PROCEDENTE a presente Reclamatória
Trabalhista.
Dá-se à causa o valor de R$ ............., para fins de alçada e
fiscalização.
N. Termos,
P. Deferimento.
............., ..... de ....... de .......
....................
Advogado