Impugnação à contestação, em ação de indenização,
reiterando-se o nexo de causalidade entre a perda da guarda do filho e a
veiculação indevida de fotografias da autora.
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....., ESTADO
DO .....
AUTOS Nº .....
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador
(a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua
....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de
seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01),
com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade
....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente, nos autos em que contende com ....., pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º .....,
Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por
seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil),
profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º .....,
à presença de Vossa Excelência apresentar
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
DOS FATOS
Toda a peça contraditória e documentos a ela acostados procuram somente desviar
o assunto do ponto principal que gerou o pedido da peça exordial, que é o ato
danoso praticado pela constante contra a autora, sua imagem, sua honra e
principalmente sua vida privada.
As fotos que tirou eram para serem utilizadas na formação de um "book" para
apresentar aos interessados na contratação de seus serviços, hoje uma profissão
muito respeitada e de prestígio.
Confessando a contestante que o ex-marido da autora conseguiu as fotos
ardilosamente engendrando, através de terceiros, a confecção das mesmas, pelo
fotógrafo da contestante, que de boa fé, sem questionar para que fins seriam
utilizadas, as revelou e entregou, confessa a autoria e a materialidade do ato
ofensivo.
A entrega das fotos à pessoa estranha torna mais grave o fato do que se fosse ao
ex-marido da autora.
É lógico que a contestante é a responsável pela divulgação das fotos, pois sem
as novas revelações não haveria como serem utilizadas, pois não existiriam.
É lógico que procure defender-se e apontar outras causas para a decisão que
tirou o filho da autora de seu convívio, mas como diz o ditado: uma imagem vale
mais que mil palavras e foram as fotos usadas de forma errada que comprometeram
a imagem da autora.
Vítima de ardil, ou não, de seu ex-marido, foi a contestante que municiou o
mesmo e possibilitou o evento danoso.
A questionada conduta da autora é uma afirmativa nos moldes e interesse do
ex-marido, constante em processo que deveria correr em segredo de justiça,
provando mais uma vez que a contestante não tem ética nem compostura, não se
importa em invadir mais uma vez a privacidade da autora devanando-a sem
preocupação outras que o seu confirmado egoísmo.
E ainda procura comprometer a imagem da autora chamando seu comportamento de
promíscuo e desairoso, com base nas alegações encontradas unicamente em processo
sigiloso.
É tão temerária a contestação que chega ao cúmulo de julgar que o comportamento
choca-se com o bem estar da criança.
Tudo isso para fugir à responsabilidade que a lei lhe impôs e lhe cobra.
DO DIREITO
Reza o art. 186 do Novo Código Civil que quem causa danos a outrem tem o dever
de indenizá-lo.
É patente, excelência que os danos causados à autora são muito graves, uma vez
que a mesma perdeu o pátrio-poder de seu filho em razão de veiculação indevida
de fotos por parte da empresa ré.
DOS PEDIDOS
Reitera o pedido inicial que tem fundamento em nossa Lei Magna.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]