RECURSO CONTRA AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO - MULTA - EXCESSO DE
VELOCIDADE EM MAIS DE 20%
EXMO. SR.
PRESIDENTE DA JARI - DAER DO ___________
AV. ___________, ______
CEP ___________
___________ - ___
Recurso Contra Auto de Infração De Trânsito
___________, brasileiro, casado, contador, residente e domiciliado a Rua
___________, nº ____, em ___________ (___), portador da Carteira de Identidade –
RG nº ___________ e inscrito no CPF sob o nº ___________, vem, respeitosamente,
a presença de V. Sa. apresentar RECURSO contra o AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
série ___________ nos termos do Art. 286 do Código de Trânsito Brasileiro pelos
fatos e fundamentos que a seguir passa a expor:
- DOS FATOS -
1. O Recorrente recebeu um auto de infração pelo qual ele estaria trafegando a
uma velocidade de 92 Km/h, considerada incompatível com a velocidade máxima
permitida no local.
2. A infração foi fundamentada com base no artigo 218, I "b" da Lei 9.503 de 23
de setembro de 1997 denominada Código de Trânsito Brasileiro, ou seja, exceder a
velocidade permitida para o local em mais de 20%, recebendo, por isso, a
penalidade de multa.
3. No entanto, a autoridade de trânsito, no seu dever de fiscalizar, acabou não
cumprindo as formalidades necessárias e indispensáveis para revestir de
legalidade o seu poder de polícia, viciando assim, o seu ato administrativo de
nulidade absoluta conforme descrição a seguir,
4. Isto porque, os motoristas não podem ficar a mercê de serem acusados de
cometer infrações, sem que seja seguido e praticado o procedimento instituído
para este fim, sob pena de que se cometam diariamente, injustiças legais.
- DA IRREGULARIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO -
5. O ato administrativo necessita de requisitos para a sua formação, quais
sejam, competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
6. Seguindo estes princípios o CONTRAN editou a resolução nº 01/98, na qual
estabelece a obrigatoriedade de adoção do padrão de blocos de informações com
referência mínima na definição e confecção dos autos de infração.
7. Conforme o auto de infração em anexo verifica-se que tais informações não
seguem o estabelecido pelo CONTRAN.
8. Inicialmente, o bloco 2 deveria determinar a identificação do veículo
infrator, especificamente em três campos, informando a UF, a placa e o
município; no entanto verifica-se no bloco 2, seis campos com informações
desnecessárias e portanto em desconformidade com o legal.
9. O bloco 4 deveria conter a identificação do infrator, o que visivelmente não
se verifica, constando no mesmo outras informações.
10. Também, o bloco 5 está em desacordo com a resolução 01/98, eis que consta no
local destinado a identificação do local do cometimento da infração um código
que não se relaciona com nenhum dado existente na notificação de infração de
trânsito, bem como, novamente possui campos em demasia e com informações
desencontradas.
11. Por derradeiro o bloco 6, onde deveria constar a tipificação da infração
constam apenas observações.
12. No direito administrativo a regra dos atos da administração pública é que
devem sempre observar procedimentos especiais e forma legal para que se
expressem validamente.
13. O revestimento exteriorizador do ato administrativo constitui requisito
vinculado e imprescindível à sua perfeição, caso contrário o ato é nulo.
14. A inexistência de forma induz a inexistência do ato administrativo
15. Portanto, como pode ser o administrado compelido a pagar uma multa se a
própria administração que tem obrigação de revestir seus atos pelos princípios
que orientam o ato administrativo não o faz.
ISTO POSTO, requer:
a) Seja acolhido o presente recurso, com base no Lei nº 9503/97, para depois de
apreciado e julgado seja considerado totalmente procedente a fim de cancelar o
Auto de Infração de Trânsito série ___________ e as penalidades dele
decorrentes;
b) Caso não julgado o presente recurso no prazo legal, seja-lhe concedido o
efeito suspensivo, forte no art. 285, § 3º do CTB.
N. T.
P. E. Deferimento.
___________, ___ de ___________ de 20__.
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