Clique aqui para ir para a página inicial
 

Pular Links de Navegação
»
Home
Contato
Calculadoras
Consultoria
Conteúdo
Cotações
Perfil/Testes
Serviços
Parceiros
Mapa site
[HyperLink1]
Cadastrar
 
    
Você está em:   IGF Modelos de documentos Petição Consumidor Devolução de quantias pagas por obra não concluída

Petição - Consumidor - Devolução de quantias pagas por obra não concluída


 Total de: 15.244 modelos.

 

CONSTRUÇÃO CIVIL - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - OBRA NÃO CONCLUÍDA - DEVOLUÇÃO DE QUANTIAS PAGAS


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ......ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE .............


..............., já qualificado nos autos sob o n° .................., de Ação de Rescisão de Contrato, que move em face de ................, igualmente qualificado, por sua procuradora e advogada que a esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de V. Ex.ª, manifestar-se sobre a Contestação da Ré o que faz nos termos seguintes:


DAS PRELIMINARES:

- Em suas alegações a Ré denuncia à lide a empresa .............., sob a alegação de que a mesma teria se subrogado nos direitos e obrigações decorrentes do contrato do Autor e, ao mesmo tempo, alega a necessidade de litisconsórcio necessário, pugnando em razão deste fato pela carência da ação. Verifica-se, no entanto, que a própria Ré teria sanado eventual irregularidade no polo passivo da Ação ao denunciar à lide a empresa ................. Assim sendo, não merece acolhida a pretensão da Ré de extinção do processo por carência da ação, mesmo porque esta confunde condições da ação com pressupostos processuais.

Por outro lado, a Ré, ora contestante, afirma que por tratar-se de direito real deveria haver a outorga uxória para a propositura da presente Ação.

Contudo, não lhe assiste razão haja vista que o contrato efetuado entre as partes não foi registrado no competente registro imobiliário da transmissão do bem, conforme exige o nosso ordenamento jurídico para a transferência de propriedade de bem imóvel por ato inter vivos (art. 531 do CCB).


Por outro lado, estabelece o art. 533 do Código Civil Brasileiro:


Art. 533. Os atos sujeitos à transcrição (arts. 531 e 532, nºs. II e III) não transferem o domínio, senão da data em que lhe transcreverem (arts. 856 e 860, parágrafo único). (Redação do Dec.-Leg. nº 3.725/19)


Este também é o sentido do parágrafo único do art. 860 do mesmo diploma legal:


"Art. 860 ...

Parágrafo único: Enquanto se não transcrever o título de transmissão, o alienante continuará a ser havido como o dono do imóvel, e responde pelos seus encargos."

Portanto, se não houve a transcrição no registro imobiliário não houve a transmissão da propriedade imóvel e, assim sendo, posto que antes da transcrição, o alienante continua a ser tido como proprietário do imóvel e o adquirente, que se conformou com um simples contrato de compra e venda, ainda que público ou particular, não passa de mero credor, com direito tão-somente a ação pessoal.

Neste sentido temos a lição de Maria Helena Diniz em sua obra Código Civil Anotado, São Paulo, Editora Saraiva, 1995:

"Será titular do direito apenas aquele em cujo nome estiver transcrita a propriedade imóvel ou inscrito o ônus real que recair sobre o bem de raiz.

...
Sem o registro não se terá qualquer transferência de propriedade. Devem ser, portanto, registrados os seguintes negócios jurídicos, para que se opere a aquisição da propriedade imobiliária: compromisso irretratável de compra e venda, compra e venda, dação em pagamento, doação, permuta, transação em que entre imóvel estranho ao litígio etc.

...
Os negócios jurídicos, as sentenças que adjudicarem bens de raiz em pagamento de dívida da herança, as arrematações e adjudicações em hasta pública não são hábeis para transferir, por si, o domínio do imóvel, uma vez que no direito brasileiro, a propriedade apenas transferir-se-á a partir do instante em que o título translativo do domínio for efetivamente registrado na circunscrição imobiliária competente. A data da transferência da propriedade é a data do registro e não a do título." (o grifo é nosso)


A jurisprudência pátria tem se mantido firme neste sentido, conforme se depreende dos acórdãos a seguir transcritos, extraídos do Vade Mecum Jurídico Eletrônico:


306023 - EMBARGOS DE TERCEIRO - CESSIONÁRIOS DE DIREITOS DE UM APARTAMENTO PENHORADO EM PROCESSO DE EXECUÇÃO - O bem penhorado estava inscrito em nome do executado, no Registro de Imóveis. Súmula 621. Promessa de compra e venda de imóvel não inscrita no Registro de Imóveis. Não pode ser desconstituída penhora de imóvel objeto de promessa de compra e venda, se esta, ainda que celebrada anteriormente à penhora, não estiver inscrita. Precedentes do STF. Recurso conhecido e provido, para julgar improcedentes os embargos de terceiro. (STF - RE 107.908-8 - SC - 1ª T. - Rel. Min. Néri da Silveira - DJU 27.10.94) (RJ 208/92)

Tanto é assim, que em nenhum momento foi exigida a assinatura da esposa do Autor, quer seja para efetuar o contrato inicial, quer seja para firmar eventuais alterações.

NO MÉRITO:

As alegações da Ré são inverídicas e infundadas e ainda destituídas de qualquer amparo legal, levando a crer que existe um conluio entre as empresas que deveriam edificar a obra para fraudar credores e, assim procedendo, pretendem beneficiar-se de suas próprias torpezas.


A alegação de que a obra não foi edificada no prazo pactuado porque houve as seguintes intempéries: greves, falta de combustível, falta de material de construção e falta de mão de obra, tudo em decorrência do plano real é no mínimo risível. Todas estas intempéries até poderiam justificar algum atraso na construção, se é que tivessem ocorrido, mas nunca um atraso de mais de três anos.


O que se depreende de todo o exposto é que até o presente momento, desde a data da celebração do contrato, já decorreram seis anos e a obra ainda não foi concluída.


As empresas construtoras beneficiaram-se com o dinheiro do Autor sem lhe dar qualquer contrapartida e ainda negam-se a lhe devolver o que lhe é devido, nos exatos termos do que determina o Código de Defesa do Consumidor, em seus artigos já mencionados na inicial.


Por questão de brevidade reporta-se o Autor a fundamentação constante da inicial, para reiterar seus pedidos e requerer sejam julgadas improcedentes as alegações da Ré em sua contestação, exceto no que tange a denunciação à lide proposta, devendo a empresa denunciada ser citada para integrar a presente Ação conforme requerido na contestação.


Nestes Termos,

Pede Deferimento.


............, ...... de ......... de ..........


.......................................
OAB/..............


Veja mais modelos de documentos de: Petição - Consumidor
Acórdão omisso de juros legais
Pedido de rescisão contratual de compromisso de compra e venda cumulada com perdas e danos
Reembolso de despesas para plano de saúde
Indenização por danos morais, com pedido liminar de retirada provisória de nome inscrito em cadas
Contestação em ação de cobrança por pagamento tempestivo
Ação civil pública visando a manutenção da tarifa social de energia elétrica
Requerimento de habilitação de crédito em face de ação coletiva de indenização impetrada pelo PRO
Alegações finais por parte do autor, em procedimento restituitório de contrato de arrendamento me
Extinção do processo de litigância de má-fé
Ação revisional de contrato bancário
Contestação à ação de obrigação de fazer cumulada com antecipação de tutela
Contestação de compensação de cheque falso