Interposição de medida cautelar de guarda e posse provisória de menor.
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE .....,
ESTADO DO .....
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador
(a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua
....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de
seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01),
com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade
....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
MEDIDA CAUTELAR DE GUARDA E POSSE PROVISÓRIA
do filho menor impúbere, ...., que atualmente se encontra com a mãe, .....,
brasileira, (estado civil), profissional da área de ....., portadora do CIRG n.º
..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º .....,
Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., com fulcro no artigo 888, III/VIII do
CPC, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
DOS FATOS
Na constância do casamento entre o Requerente, ...., e a Requerida, ....,
nasceu-lhes o menor .... Tudo nos termos já mencionados nos autos de Separação
Judicial (Consensual) distribuído nesta Vara de Família, sob nº ....
Ainda na constância do casamento, o então cônjuge virago cursava a Faculdade de
Psicologia, ocasião em que houve os primeiros desentendimentos.
O então cônjuge virago iniciou um caso com um colega acadêmico, gerando
conflitos conjugais de grande ordem, havendo um rodízio maior de "amigos"; tudo
isto culminou com a separação.
Tudo era tolerado pelo então cônjuge varão, ao ponto de lhe fazer a "cabeça" o
então cônjuge virago, no sentido de se proceder a uma separação judicial
CONSENSUAL.
Houve a separação, como se comprova com os documentos em anexo, com a promessa
firme do então cônjuge virago de que o menor, que permanecia sob sua guarda, não
ficasse sabendo dos desacertos de sua mãe. Como houve pagamento de alimentos,
descontados em folha, e as visitas do Pai ao menor eram sempre nos finais de
semana, não houve contratempos no sentido de causar qualquer problema
relacionado aos então separados.
Há pouco mais de um ano, entretanto, o pequeno, ...., (filho do casal) começou a
contar ao Pai histórias um tanto escabrosas, de que a mãe estava "saindo" com
amigos e que tinha uma porção de amigos que gostavam muito dela.
Tal fato fez com que o Requerente intercedesse junto à Requerida, pedindo-lhe
cautela no trato com "outras pessoas", especialmente não permitindo que o menor
ficasse sabendo das suas "aventuras" (ou desventuras).
Tal atitude não foi bem aceita pela Requerida que, ato contínuo, passou a acusar
o Requerente de bisbilhotar na sua vida, sem qualquer direito neste sentido.
As acusações culminaram com uma queixa na Delegacia do .... Distrito,
especialmente ao Superintendente ...., que numa ocasião chamou o Requerente até
a Delegacia, com o intuito de lhe chamar a atenção.
Entretanto, à medida que vinha crescendo o pequeno ...., este também vinha cada
semana com "novidades" ao Pai.
Estas novidades traziam, entre outras, a triste notícia que entre os "amigos da
mamãe" havia um Delegado de Polícia, que não era outro, descobriu-se mais tarde,
senão o próprio Superintendente mencionado acima, nos dizeres do pequeno ....
Em princípio, tentava o Pai "desconversar" com o filho menor, dizendo tratar-se
de amigos com os quais a mãe tinha assuntos de negócios a tratar, entretanto, a
situação agravou-se sobremaneira, quando um dia o pequeno .... mostrou fotos ao
Pai, nas quais sua mãe aparecia despida. (vide fotos em anexo)
As fotos eram, dizia o menor, para uma revista de homens, que gostam muito de
olhar para a mãe daquele jeito.
O Requerente então dirigiu-se aos vizinhos, e, para sua surpresa, ficou sabendo
que em inúmeras ocasiões, a Requerida deixava o menor sozinho em casa enquanto
saía com "os amigos".
Conseguiu verificar no verso das fotos em qual estúdio fora fotografada a
Requerida, e valeu-se da condição de "ex-marido" a fim de conseguir um jogo
destas fotos para prova em Juízo. Trata-se do Studio ...., situado na Rua ....
nº ...., nesta Capital, sendo que o fotógrafo que fotografara a Requerida é o
Sr. ...., e atende pelo telefone (....)....
Para sua maior surpresa, entretanto, a Requerida ainda está reservando algo
muito mais escabroso. Questionada pelo Requerente sobre o problema das fotos e o
que realmente pretendera com este gesto, ficou sabendo que a Requerida pretende
mudar-se de .... para local não sabido pelo Requerente, levando consigo o menor
.... Como a pensão é descontada em folha e depositada em Banco, em Conta
Corrente à disposição da Requerida, este realmente corre o risco de não ficar
sabendo para onde irá com o menor.
A Requerida comprometeu-se, por ocasião da separação judicial, a investir os
alimentos que percebia em favor do filho menor, inclusive comprometeu-se a
encaminhá-lo à escola - inicialmente pré-primário e depois à escola primária
regular.
Até a presente data, entretanto, a Requerida não providenciou por nenhuma destas
situações. O menor já deveria ter sido matriculado em escola regular, e nem isto
foi feito.
Cada vez que o Requerente toca no assunto, esta "alvoroça-se", como se estivesse
sendo agredida, ameaçando chamar o "tal Delegado de Polícia", por agressões, que
nunca sofreu.
No afã das discussões, chegou a saber da Requerida que as fotografias haviam
sido enviadas para determinados Hotéis e com o objetivo de conseguir encontros
com homens de negócios.
Soube pelo menor ...., que nos finais de semana, quando o Pai fica com o menor,
esta simplesmente não aparece em casa. Permanece fora sem qualquer
responsabilidade a cumprir.
De fato, o Requerente, ao entregar o menor, ...., aos cuidados da mãe,
devolvia-o, na verdade, à genitora da Requerida, em endereço bem diferente da
sua residência, de onde a Requerida só o busca, geralmente às terças-feiras à
tarde, deixando o menor na companhia dos filhos (dois) excepcionais da
"ex-sogra", dos quais um deles agride constantemente o menor, ...., por ter
índole agressiva e colérica.
Mister se faz, e com urgência, que o menor, ...., seja afastado o mais
rapidamente possível desta situação horrível, sob pena de sofrer seqüelas
irreparáveis.
Em primeiro lugar, deverá ser sumariamente afastado deste "mar de lama" em que
está envolvido, como também ser matriculado em uma escola regular, onde
aprenderá as primeiras letras, que a mãe não tem condições de lhe ensinar.
Como não há qualquer forma de diálogo entre Requerente e Requerido, também não
há meios de se exigir o cumprimento das obrigações normais e de praxe, como por
exemplo, alimentação, vestuário e escola.
Até há tempos atrás, a Requerida, sempre que se via em situação embaraçosa, em
virtude do descumprimento com as obrigações do menor, insinuava-se junto ao
Requerente, como se este era o único que podia satisfazê-la com suas ambições
sexuais.
E esta situação esdrúxula até teve uma certa permanência entre ambos, haja vista
que havia uma constante ameaça por parte da Requerida em "escafeder-se" daqui,
levando o menor ao ponto de deixar o Pai verdadeiramente desesperado ante a
ameaça de não ver mais o seu filho.
Entretanto, esta situação tornou-se insustentável, ao ponto de não concordar
mais com esta coação.
E, a partir deste momento, "a corda rompeu".
DO DIREITO
O Requerente proporá, no prazo legal, a ação própria de Guarda e Posse
Definitiva do Menor, sendo que então apresentará testemunhas que confirmarão
tudo o que foi dito nesta ação de Medida Cautelar.
Os Genitores do Requerente são pessoas muito bem estabelecidas, sendo que ele é
Oficial do Exército e ela, do lar. São devidamente casados na forma da lei,
proprietários de casa própria, na Rua .... n° ...., onde também reside o
Requerente.
Apesar de o Requerente ter condições plenas de prover pelo sustento do menor,
este ficará muito bem guardado aos auspícios da Progenitora por parte do Pai,
que já se propôs a cuidar do menor, com amor e carinho, dando-lhe os tratos que
não recebeu por parte da Requerida.
Uma vez que, neste momento, é absolutamente preponderante o restabelecimento
emocional e educacional do menor, requer:
DOS PEDIDOS
Á vista do exposto, diante dos fatos comprovados nos autos, diante das provas
que não deixam qualquer dúvida e diante do "fumus boni juris" e do "periculum in
mora", caso houvesse procrastinação, requer, "inaudita alteram pars", mediante
MANDADO JUDICIAL, a guarda e posse provisória do menor impúbere ...., que
permanecerá sob a guarda e posse do Pai, ora Requerente, no endereço dos
Progenitores (paternos) na Rua .... nº ...., até decisão final e julgamento do
mérito da ação principal que será proposta no prazo legal, nos termos dos
incisos III e VII do artigo 888, do CPC.
Seja a Requerida citada nos termos da Lei, após o cumprimento do Mandado
Judicial expedido especificamente para o fim previsto nos presentes Autos, e,
querendo, conteste a presente ação, sob pena de confesso.
Seja distribuída a presente ação, por dependência, nos Autos n°.....
Requer ainda que as fotografias anexas à presente Medida Cautelar de Guarda e
Posse Provisória, após instruírem o processo, sejam recolhidas aos cofres desta
.... Vara, para instruírem igualmente os Autos da ação principal que será
proposta no prazo legal.
Requer igualmente que, após julgado o mérito, transitado o julgado, sejam as
fotos destruídas, sob ordem judicial, a termo, para evitar distúrbios
posteriores do menor que, quando maior, pudesse por alguma razão lançar mão
deste processo.
Dá à causa o valor de R$ .....
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]