DISSOLUÇÃO - UNIÃO ESTÁVEL - CAUTELAR DE SEQÜESTRO DE IMÓVEL 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA COMARCA DE 
_________ 
Jurisdição cível 
Caráter de urgência. 
Ação ordinária de dissolução de união estável cumulada com média cautelar 
de seqüestro de imóvel, alimentos e partilha. 
Justiça de graça. 
_________, brasileira, convivente, dos serviços larários, portadora da cédula 
de identidade nº ____________-SSP/UF, residente e domiciliada na Rua 
____________, nº ____, Bairro ____________, nesta cidade de ____________, pelo 
Procurador subfirmado, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, 
ajuizar a presente 
Ação Ordinária de Dissolução de União Estável, Cumulada com Medida Cautelar 
de Seqüestro de Bem Imóvel, Alimentos e Partilha de Bens prestação da tutela 
jurisdicional que intenta contra seu convivente varão _________, brasileiro, 
conivente, técnico em segurança da firma ____________, residente e domiciliado 
na Rua ____________, nº ____, Loteamento ____________, nesta cidade de 
____________. Para tanto, inicialmente expõe os fatos, que secundados pelo 
pedido e colorido pelo direito, ensejarão os requerimentos, na forma que segue:
1.- Há exatos (14) quatorze anos, a autora uniu-se ao requerido, em regime de 
união estável, convivendo, sob um mesmo teto, em plena comunidade de vida, como 
marido e mulher fossem, elevados, ao status de família, pela novel Constituição 
Federal de 1.988, ex vi, do artigo 226, § 3º. 
Desta união estabelecida advieram os seguintes filhos: _________, nascido em 
___ de _______ de _____, contando, atualmente, com (12) doze anos de idade; 
_________, nascida em ___ de _______ de _____, contando, atualmente (9) nove 
anos de idade; e, _________, nascida em ___ de _______ de _____, contando, 
atualmente, com dois meses de vida. Vide em anexo, assentos de nascimento, 
documentos números 01, 02, 03. 
2.- A união estável que a princípio afigurava-se proveitosa para ambos os 
residentes no feito, principiou a definhar face as atitudes inconseqüentes e 
desairosas do convivente varão, o qual passou a afrontar e caluniar a autora de 
forma deliberada e graciosa, afora ser-lhe infiel. 
Obtempere-se, que além de arrostar o jugo do requerido, a autora tinha ainda, 
que suportar as maledicências da mãe do demandando, a qual investia com sua 
língua felina, contra a honorabilidade (diga-se imaculada da requerente), 
lançando-a, em que pese as invectivas serem mendazes, a um quadro de profunda 
depressão. 
Encontrando-se grávida da filha ____________, optou a requerente, em ___ de 
_______ de _____, por afastar-se da morada comum, passando a residir com seus 
pais. 
De seu turno o requerido, arregimentou uma concubina na cidade de _________, 
(onde labora) com a qual convive em acintosa fornicação. 
Assim, a morada comum, construída com o sacrifício de ambos os litigantes, 
foi, posteriormente, invadida pela mãe do requerido, a qual nela se instalou, 
recusando-se a devolvê-la a autora. Vide em anexo fotografia da residência. 
Saliente-se, que o requerido vem concorrendo de forma insuficiente para 
prover os filhos menores, embora auferir ganhos superiores a R$ ______ 
(_________ reais). 
Enfim, a convivência comum, amargou seu exício no mundo fenomênico, frente a 
conduta injuriosa do varão em relação a convivente mulher, afigurando-se 
necessária e imperiosa a desconstituição da união, cumprindo ser dissolvida e 
regulamentada em seus efeitos, no mundo jurídico. 
3.- Incontroversamente, o requerido por sua conduta deletéria, infringiu aos 
deveres mais comezinhos que presidem a união estável, consubstanciados no artigo 
2º, incisos I, II e III da Lei nº 9.278 de 10.05.96, dando margem a presente 
demanda, que visa a resolução da união estável havida, por culpa exclusiva e 
única do convivente varão, aqui requerido. 
4.- Detém direito a autora e filhos menores ao prestacionamento por parte do 
requerido de alimentos, em quantum, suficiente e condizente para atendimento de 
suas plúrimas e variegadas necessidades de entes bio-psíco-sociais. O pedido tem 
por ancoradouro legal o artigo 7º da Lei nº 9.278 de 10.05.96. 
Assente-se, que os rendimentos mensais do requerido ultrapassam a casa dos R$ 
______ (_________ reais, como já consignado. 
5.- Quando a residência comum, face a mesma encontra-se na posse da mãe do 
requerido, Sra. _________, a qual proclamou pelas circunvizinhanças, que 
pretende alugar e ou até vender dito bem, impõe-se, que seu seqüestro, no 
intuito de preservar-se a mesmo incólume, até a ultimação da partilha, 
obviando-se que a mesmo seja vendida de forma clandestina e ou locada sem o 
assentimento dos litigantes. 
Sobre a medida tem tela, sedimentada, por analogia no artigo 822, inciso III, 
do Código de Processo Civil, assim professa o Eminente Processualista HUMBERTO 
THEODORO JÚNIOR, in, PROCESO CAUTELAR, São Paulo, 1.980, EUD, à página 248: 
"Nas questões entre cônjuges, a iminência da ruptura da sociedade conjugal 
gera natural exacerbação dos ânimos em disputa pessoal, motivando, 
freqüentemente, atos desleais com o aparecimento de dívidas fictícias ou mesmo o 
esbanjamento da fortuna comum por um só dos consortes. 
"Aquele que não tem a posse do patrimônio comum, ou de alguns bens dele, pode 
prevenir-se contra a malícia ou o desequilíbrio emocional do outro cônjuge, 
valendo-se do seqüestro dos referidos bens, para assegurar a justiça e utilidade 
prática da futura partilha." 
Explicite-se, por derradeiro, que além da residência comum, construída em 
imóvel de terceiro, integra, ainda, o patrimônio um automóvel Opala Diplomata, 
ora na posse do requerido. 
ISTO POSTO, com sede no artigo 1º et alii, da Lei nº 9.278/96, oferece para a 
seleta e dilúcida consideração de Vossa Excelência, os seguintes REQUERIMENTOS:
I - SEQÜESTRO DA RESIDÊNCIA. 
(média cautelar urgente) 
Determine Vossa Excelência, na natividade da lide, in limine litis, e 
inaudita altera parte, com a urgência que o caso esta a reclamar, a extração do 
competente mandado de seqüestro da residência comum, localizada na Rua 
____________, nº ____, Bairro ____________, nesta cidade de ____________, 
nomeando-se depositária do bem, a senhora ____________, atual ocupante da 
residência pertencente aos litigantes, advertindo-a, expressamente, sobre a 
indisponibilidade do referido bem, (residência), não podendo a mesma ser vendia 
a terceiros e ou locada, até a consumação da partilha, e ou ordem judicial em 
contrário. 
II - DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO & CITAÇÃO. 
Designe Vossa Excelência, audiência de conciliação prévia, visando a 
hipotética composição amigável da lide, intimando-se para o ato solene a autora 
e citando-se o requerido, o qual disporá do prazo de resposta, a contar da 
referida audiência vestibular, na hipótese de resultar infrutífera a transação 
pretendida entabular. 
III - ALIMENTOS PROVISIONAIS 
Arbitre Vossa Excelência, na aurora da lide, sem auscultar a parte ex 
adversa, portanto liminarmente, a título de alimentos, em prol da autora e filha 
menor, o valor correspondente a (3) três salários mínimos a serem pagos pelo 
requerido, sob forma mensal, sempre até o quinto dia útil do mês subseqüente ao 
vencido. Consoante já informado os rendimentos mensais do requerido são na ordem 
de R$ ______ (_________) reais. 
IV - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 
Conceda Vossa Excelência, a requerente o benefício da justiça de graça, eis 
constituir-se em pessoa pobre e carente, não auferindo quaisquer rendimentos. 
Vide em anexo, declaração de pobreza. 
V - MINISTÉRIO PÚBLICO 
Intimação para todos os atos relevantes que comportar o presente feito do(a) 
ilustre Doutor(a) Promotor(a) de Justiça, que oficia nessa Vara. 
VI - MEIOS DE PROVA 
- Depoimento Pessoal do requerido sob pena de confissão quanto a matéria 
fáctica aqui articulada. 
- Testemunhal, a ser depositada no momento processual adequado e oportuno.
- Requisição junto a firma empregadora do requerido, Embalagens, com sede na 
cidade de , de seus rendimentos mensais. 
- Requisição junto a agência nº _____, do Banespa, de _________, da 
movimentação financeira do requerido junto a conta nº _________, retroativa aos 
últimos seis meses, bem solicitando-se informações se este possui conta de 
poupança e outra aplicações. 
VII - GUARDA DE FILHOS 
Permaneça a guarda dos filhos menores com a convivente mãe, estipulando-se 
dia e horário de visitação ao convivente pai. 
VIII - PEDIDO FINAL 
Ao final, requer a procedência integral da presente ação de dissolução de 
união estável, editando-se, para tal fim sentença declaratória desconstitutiva, 
a par de proclamar-se o requerido culpado pela rescisão, face ter violado e 
transgredido aos deveres correlatos da união estável, capitulados pelo artigo 2º 
e respectivos incisos da Lei nº 9.278/96, condenando-se, ainda, o demandado a 
arcar com os alimentos definitivos em prol da autora e filhos menores, no valor 
equivalente a (4) quatro salários mínimos mensais, processando-se a partilha dos 
bens que compõe o acervo comum, amealhados após de operada a união estável ex 
vi, do artigo 5º da Lei nº 9.278/96 (residência e automóvel), com sua 
subseqüente avaliação e venda em hasta pública. 
Arque o convivente varão com as verbas derivadas do princípio da sucumbência, 
inclusive, em honorários advocatícios, fixados, estes, em 15% (quinze por cento) 
do valor estimado a presente demanda. 
Dá-se a causa o valor de R$ ______ 
Nesses Termos 
PEDE E ESPERA DEFERIMENTO 
____________, ___ de __________ de 20__. 
____________ 
OAB/