RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - CONTESTAÇÃO - AUTARQUIA ESTADUAL - HORA EXTRA -
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE _________________ -
____
PROCESSO Nº ___________
Pretende o Reclamante, estranhamente, contra esta Autarquia, auferir
considerável quantia em dinheiro, informando em breve histórico ter sido
admitido nos serviços da primeira Reclamada em data de __/__/__, para exercer as
funções de vigilante.
O contrato estaria ainda em vigor.
Que a jornada de trabalho de trabalho do reclamante é a seguinte, das __ as
__ horas de segunda a sexta-feira e nos sábados e domingos das ___ as ___.
O reclamante trabalhava direto, sem intervalos para as refeições, bem como em
domingos e feriados.
As horas extras quando foram pagas sempre o foram a menor.
No presente caso, a primeira reclamada contratou o reclamante para prestar
serviços de natureza permanente ao segundo reclamado, ______________, autarquia
estadual.
E como se pode observar dos fatos narrados, a primeira reclamada encontra-se
inadimplente em relação ao reclamante no que pertine à diferença de horas
extras, não pagamento pelo trabalho aos domingos.
Assim sendo, considerando que a primeira reclamada, deixando seus empregados
sem receber seus haveres, não resta ao reclamante outra alternativa que não a de
invocar o preceito contido no Enunciado 331, inciso IV, do Egrégio TST, para que
o tomador do serviço, o segundo reclamado, seja declarado responsável
subsidiário no contrato de trabalho.
O reclamante pleiteia a diferenças de horas extras, conforme e seus reflexos
em férias, 13ºs. salários e repousos semanais remunerados e a integração de
todas a horas extras pagas, ainda que a menor, em férias, 13º salários e repouso
semanais remunerados e em dobro, todo o trabalho prestado aos domingos.
EM PRELIMINARES:
É imprescindível informar que o Reclamante é parte ilegítima, quanto ao
entendimento concernente à possibilidade de haver vínculo de emprego com a
Administração Pública sem que haja Concurso Público.
A administração pública, em atendimento ao princípio da descentralização
administrativa, pode contratar, junto a terceiros, certos serviços, como por
exemplo o de vigilância.
Deste modo, deve o reclamante dirigir suas pretensões contra a primeira
reclamada apenas e não contra a contestante.
______________________, é, portanto, parte ilegítima para figurar na relação
jurídica processual.
Requer-se então, a exclusão da ___________________( autarquia estadual), do
pólo passivo da lide.
O reclamante, teve seu contrato de trabalho registrado pela _______________,
tendo sido esta a empresa que rescindiu seu contrato de trabalho.
____________________ contratou a empresa, primeira Reclamada, para a
realização dos serviços de vigilância, pouco importando quem os prestasse. A
contratação, nestes moldes é de todo lícita, não havendo como cogitar a hipótese
de fraude e tampouco responsabilizar o ________________ pelos possíveis créditos
do reclamante.
Desta forma, não se admite a vinculação empregatícia entre a Administração
Pública (_______________) e o reclamante, por falta de concurso público.
O contrato de prestação de serviços entre a 1ª reclamada e a 2ª reclamada não
gera os efeitos pretendidos pelo reclamante, de modo que, não seria possível o
reconhecimento de quaisquer direitos de natureza trabalhista a favor do mesmo.
Em face de tais circunstâncias, pede e requer, que o presente feito seja
julgado EXTINTO, sem julgamento de mérito, por falta de possibilidade jurídica
do pedido.
NO MÉRITO
No caso de não seja acolhida a preliminar.
O Reclamante durante o tempo em que prestou seus serviços no estabelecimento
da segunda reclamada, jamais assinou "ponto" ou "bateu cartão".
Ademais, não havia pagamento de salário, por parte do departamento pessoal da
segunda reclamada.
Quanto ao pagamento das horas extras, evidentemente existe impossibilidade
jurídica de serem deferidas, porque não há vínculo empregatício algum com o
Contestante, não cabe a condenação pretendida.
O Reclamante não firmou contrato laboral algum com o ora Reclamado, pelo que
este não pode nem deve responder pelo que não deu causa.
Pelas razões acima expostas, pede e espera que a presente reclamatória seja
julgada totalmente IMPROCEDENTE, na forma proposta. Se, porventura, esta ação
prosseguir, a autarquia requer a produção das seguintes provas :
Depoimento pessoal do reclamante sob pena de revelia;
Depoimentos de testemunhas abaixo arroladas;
Perícias;
Vistoria;
Outras provas documentais, se necessário.
N. T.
P. e. Deferimento.
__________, __ de ____ de 200_.
____________
OAB/UF nº ____
Testemunhas:
1) ________________;
2) ________________;
3) ________________.