Vendas - Simples ações impulsionam vendas
Detalhes como manter o cadastro de clientes atualizado e bom atendimento
fazem a diferença no negócio
Para se ter sucesso com as vendas é preciso investir. A boa notícia para os
micro e pequenos empresários é que esse investimento não precisa vir acompanhado
de cifras astronômicas. A adoção de simples ações no ponto-de-venda já pode
fazer com que o lucro do empreendimento aumente ainda mais.
De acordo com o consultor de marketing do Sebrae-SP, Wlamir Bello, todo material
promocional ou ação usados para incrementar o estabelecimento podem ser
considerados merchandising.
O merchandising influencia e motiva a decisão de compra, o que é bastante
interessante, já que grande parcela dos consumidores decidem o que comprar
quando já estão dentro do estabelecimento. Bello afirma que um dos primeiros
passos a serem definidos é quais ações podem ou não ser usadas, o que melhor se
encaixa ao tipo de negócio.
O ponto-de-venda tem de comunicar as estratégias de marketing, seja na vitrine,
por meio de ofertas ou por outras ações , da maneira que a criatividade ou
financeiro permitirem, afirma o superintendente da Associação ECR Brasil,
Claudio Czapski
Segundo ele, muitas ações estão baseadas mais na atitude do empreendedor. Isso
significa preocupação com a qualidade do relacionamento que será desenvolvido
com os clientes.
O empresário deve questionar-se constantemente se a maneira como age permite que
o consumidor volte para uma segunda compra, diz Czapski.
Para ele, os micro e pequenos empresários têm de saber aproveitar a grande
proximidade que conseguem estabelecer na relação com os clientes. Para as
grandes empresas essa relação tão direta é bem mais difícil.
O que fazer para cativar cada vez mais a clientela depende do quanto o
empresário conhece o seu público. E, para isso, é preciso traçar o perfil do
consumidor. A melhor dica é conhecer as pessoas que compram os seus produtos e,
a partir daí, focar as ações de acordo com os grupos, diz.
Outra questão importante é a disposição dos produtos dentro da loja. Por
oferecer uma quantidade menor de produtos, as MPEs têm de saber como optar pela
melhor exposição dos itens, ressalta.
Fazendo a diferença
A vitrine é o primeiro contato do cliente com a loja. A vitrine funciona como
isca, como se fosse um outdoor do estabelecimento, diz Bello.
No entanto, é fundamental saber como preenchê-la, pois, de acordo com o
especialista, o poder de atração da vitrine dura entre 30 segundos a no máximo
um minuto. Por é isso é preciso facilitar a visão do cliente de fora para
dentro, com a ampliação de vitrines e portas para que a loja se torne a mais
convidativa possível.
O tipo de venda que o estabelecimento permite também pode impulsionar as vendas.
De acordo com Bello, há estabelecimentos que permitem o auto-serviço, como no
caso das farmácias, em que o próprio cliente escolhe e pega os produtos expostos
que mais lhe agradam.
Há mais chances de se realizar uma compra com esse modelo. O consumidor se sente
com mais liberdade para ver, tocar os produtos e decidir ou não se irá levá-lo.
Outro tipo de venda é a assistida que conta com o auxílio do vendedor, que
precisa estar bem treinado e atento para as necessidades dos clientes. São ações
simples que estão ao alcance de todos os empresários e não demandam muito
investimento, garante. Manter sempre vivo o contato com a clientela é outro
exemplo: Somente 37% das MPEs têm cadastro atualizado dos consumidores.
Cursos para profissionais
A diretora executiva do Popai Brasil, entidade voltada para o desenvolvimento da
atividade do merchandising do ponto-de-venda, Luciana Barreto já ministrou
algumas edições do curso As melhores práticas do merchandising, no qual
apresenta diversas novidades do setor, tipos de materiais, planejamento e
logística dentro de um negócio.
Durante o curso ela também dá dicas de como incrementar o negócio. Luciana
explica que geralmente pesquisas para detalhar o público consumidor exigem um
alto investimento. Mas o empresário pode começar a observar o consumidor durante
o momentos de compra, propriamente dito.
Outra lição importante é aprender a observar a loja como um todo para assim
compreender melhor o seu funcionamento. Há um ditado que diz quando olho para a
prateleira da minha loja, ela fala comigo, diz Luciana.
Contato ativo
Há quatro anos, Anselmo Cinatti é proprietário da loja de roupas Blue Moana,
localizada na região da Pompéia, zona oeste de São Paulo. Aqui (região)não é um
ponto comercial, a loja é de bairro, então as pessoas descobrem aos poucos.
Uma das ações mais usadas por Cinatti para manter a relação com a clientela é
feita por telefone. Em datas comemorativas a loja sempre realiza promoções e
também sorteia prêmios. No entanto, antes da divulgação dessas ações, é feito um
contato telefônico. ¿Os primeiros a saber serão sempre nossos clientes.
Segundo Cinatti, a ação simples usada na loja surte resultados bastante
satisfatórios, que logo se propaga com o boca-a-boca. A principal ferramenta de
marketing é o bom atendimento. E depois se transforma num boca-a-boca, porque as
pessoas comentam e é ótimo para a nossa proposta, uma loja de bairro.
Referência:
sebrae-sc.com
|
|
|