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Análise técnica (ações) - Análise técnica: conheça o oscilador estocástico e como fazer a leitura de seus sinais 

Data: 12/03/2011

 
 

A idéia que se tem do mercado acionário é que este é bastante arriscado e a possibilidade de perda neste tipo de investimento é grande, principalmente quando comparado a investimentos em renda fixa. Mas a informação e o conhecimento podem ajudar a reduzir o risco do mercado acionário.

Uma das ferramentas que podem ajudar o investidor a operar com mais consciência no mercado acionário é a análise técnica. Esta se baseia na análise visual e estatística dos movimentos do mercado, possibilitando a identificação de tendências e possíveis pontos de reversão, de forma a auxiliar na tomada de decisão.

Saiba mais sobre o oscilador estocástico
No contexto na análise técnica, diversos indicadores podem ser utilizados e combinados a fim de elevar a segurança na hora da tomada de decisão. Um destes indicadores é o Estocástico, um tipo de oscilador, criado em 1950, que revela em termos percentuais a relação da cotação atual de um ativo com seu maior ou menor preço em um determinado período de tempo. O período mais utilizado é 14 dias.

O indicador estocástico é composto por duas linhas, a K, considerada mais rápida (ou mais sensível), e a linha D, considerada mais lenta e também mais observada pelos analistas. Estas linhas oscilam entre uma escala vertical que varia de 0 a 100, de forma que abaixo da escala 20 o ativo é considerado vendido e acima da escala 80 é considerado comprado.

Uma leitura do gráfico acima dos 80 indica que o preço de fechamento do ativo está próximo de seu maior pico num dado período de tempo, de maneira que uma leitura do gráfico abaixo dos 20 revela que o preço de fechamento está próximo do seu menor fechamento do período determinado.

Atente para as divergências
O principal sinal a ser observado no indicador estocástico fica com as divergências constatadas entre a linha de preços e a linha D, que é calculada como a média móvel de três dias da linha K, quando esta se encontra nas regiões do gráfico onde o ativo pode ser considerado comprado ou vendido.

Desta forma, uma divergência de queda ocorre quando a linha D, acima de 80, forma dois picos decrescentes enquanto que os preços continuam a subir. Em sentido contrário, uma divergência de alta ocorre quando a linha D, abaixo de 20, forma dois vales crescentes enquanto os preços continuam a cair. Recomenda-se esperar dois fundos ou picos pois o primeiro dá o sinal e o segundo confirma este sinal.

Mas um ponto importante a ressaltar é que caso o quadro descrito se configure, o sinal de compra ou de venda mais confiável é dado quando a linha mais veloz K cruza a linha mais lenta D.

Período utilizado pode ser semanal ou mensal
No que se refere ao período de tempo utilizado no indicador, muitos analistas afirmam que este pode ser semanal ou mensal para perspectivas de longo prazo. Entretanto, o gráfico também pode ser utilizado em gráficos intraday para operações de curto prazo.

Uma maneira de se combinar o estocástico diário e semanal é utilizar sinais semanais para determinar a direção do mercado e sinais diários para determinar o timing da sua decisão.

Diversos analistas recomendam a utilização do indicador estocástico com o Índice de Força Relativa (IFR), que, por também ser um oscilador, é semelhante mas menos volátil que o estocástico. No modo combinado, os melhores sinais de compra e venda ocorrem quando os dois osciladores estão na região comprada ou vendida do gráfico.

Minimizando o risco
Assim como os demais indicadores, os analistas recomendam a utilização do estocástico com outros indicadores, principalmente aqueles que são calculados com base em princípios diferentes, desta forma, uma tendência ou reversão de tendência pode ser identificada e confirmada por mais de um indicador, assegurando ainda mais a decisão do investidor.

Vale ressaltar também, que a escolha de ativos com bons fundamentos e perspectivas, bem como grande liquidez no mercado, reduzem os riscos inerentes ao mercado acionário.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Equipe InfoMoney
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