Entrevista de emprego - Confira as 12 maiores gafes cometidas em processos seletivos
Sem a intenção, as pessoas costumam cometer gafes a ponto de quererem cavar um
buraco no chão e sumir. No âmbito profissional, não poderia ser diferente,
inclusive durante um processo seletivo. O problema é que, neste caso, muitas
vezes, não há como reparar o erro. E o que está em jogo: sua imagem, um possível
novo emprego, contatos que valeriam para toda a vida... Muita coisa, não é?
Por isso, o InfoMoney foi atrás de pessoas que lidam diariamente com situações
como esta, os selecionadores. Eles dão risadas, ficam impressionados, abismados
e, muitas vezes, têm a responsabilidade de tentar reverter a situação, trabalho
difícil para não colocar em jogo o clima do processo seletivo. Em alguns casos,
têm que ser compreensivos, em outros, simplesmente descartam o candidato por
causa da tal gafe.
Conheça as maiores gafes
Para você não ser um desses que são cortados por fazer algo que não deveriam ter
feito, confira abaixo as 12 maiores gafes cometidas. Neste caso, vale "aprender
com o erro dos outros".
- Mentiras. O que acontece é que o profissional vê uma oportunidade que
não pode deixar passar e direciona o currículo para ser chamado para a
entrevista. Simplesmente mente. Se é necessário o inglês, ele fala que é
fluente... Mas, na hora de conversar, desaponta! Isso acaba queimando o
profissional. "No mundo de RH, por mais gigantesco que seja, nos deparamos
com outros selecionadores e temos oportunidades de trocar informações",
conta a consultora do Grupo Foco, Francilene Araújo, que passou pela
situação há poucos dias, com um candidato que não sabia falar inglês e não
entendia as perguntas, ou então, respondia coisas sem sentido.
- Gírias. Francilene conta que muitas vezes já foi chamada de "cara", ou
então ouviu expressões como "maneiro" ou "irado". Já a consultora de
planejamento de carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Melina Gras,
cita outras que incomodam, e colocam os candidatos em situações
constrangedoras: falar a todo o momento "tipo assim", "né", "entendeu", e o
pior, usar palavrões em expressões. "Um candidato já chegou e falou que
tinha feito um puta projeto".
- Intimidade. A situação fica realmente feia quando o candidato passa dos
limites e acha que o entrevistador é uma pessoa íntima. "Um deles chegou na
entrevista, virou para mim e disse: eu te conheço, e é de balada heim! Como
se fosse meu amigo. Totalmente inadequado", relata Francilene.
- Discurso. Muitos candidatos usam o processo seletivo para desabafar.
Talvez por estarem diante de um psicólogo, pensam que devem abrir o coração.
"Uma vez um moço me contou que não podia ter filhos", diz Francilene. Melina
conta outra gafe: "Um dia chegou um executivo de 40 anos, alto, e na hora
que falou da vida pessoal disse que era adotado, que se sentia rejeitado,
que não se dava bem com mulheres e com a mãe".
- Choro. A maior gafe já identificada pelos selecionadores. Ela é mais
comum do que se pensa. A analista de RH da Catho Online, Adriana Souza,
conta que uma vez, uma moça jovem sequer começou a falar no processo
seletivo e começou a chorar. "Ela era jovem e estava nervosa. Não conseguiu
nem participar do processo". Outro caso é contado por Melina: "Apenas
perguntei como era o relacionamento com o pai, e a pessoa já começou a
chorar". Mas quem pensa que isso só acontece com vagas para pessoas mais
jovens está enganado. De acordo com Francilene, um executivo que foi
demitido de uma empresa após a morte de um colega chorou quando questionado
sobre o motivo de sua demissão, e por um longo tempo.
- Postura. Sem perceber, você pode estar cometendo a gafe de incomodar as
demais pessoas, passando uma sensação de descaso. "Uma vez, um executivo
passou a entrevista inteira com tom de arrogância, na tentativa de inverter
os papéis. Passou a entrevista inteira com pernas cruzadas e braços
trançados atrás do pescoço. Então eu perguntei o que ele faria se um
executivo viesse para a entrevista e ficasse o tempo inteiro com as pernas
cruzadas e as mãos para o alto, trançadas atrás do pescoço. Ele disse que
não contrataria. Eu perguntei porque ele estava assim. Ele respondeu que não
havia percebido", relata Melina.
- Fala. Tem candidato que não se contenta em dar uma resposta. Ele tem que
dar toda uma explicação. O problema é que acaba sendo prolixo e, quando
percebe, acabou se contradizendo. Quando não tiver o que falar, apenas não
fale!
- Seleções. "Uma das gafes é a pessoa dizer que conhece a empresa e
começar a contar fatos que não condizem. Ela participou de outra entrevista
no mesmo dia e começa a confundir, tanto informações sobre a empresa como
quanto ao salário, à vaga e etc.", comenta Adriana, da Catho.
- Palavras. Algo que pode deixar a pessoa em uma situação bastante
constrangedora é trocar palavras. "Numa seleção, a menina estava fazendo uma
simulação de vendas, e trocou a palavra vaguinha por um termo obsceno. Numa
sala com dez pessoas, todos caíram no riso. Isso acontece quando se está
ansioso", explica Adriana.
- Jargões. As pessoas trocam direto ou pronunciam errado jargões como
coaching, networking, benchmarking.
- Críticas. Cuidado com o que você fala do seu antigo chefe durante uma
seleção. "Uma gafe é falar mal de uma pessoa e o selecionador conhecê-la".
- Apelação. Outra gafe é pedir a vaga porque está precisando de dinheiro,
ou deixar demonstrar isso. "Todo mundo tem conta para pagar e ninguém
contrata na apelação emocional", pondera Melina.
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