Saudade dos velhos tempos...
Meu querido,
de repente me bateu uma saudade imensa daquele tempo em que tínhamos menos
preocupações, daquele tempo em que nossas mentes e almas estavam dedicadas e
dirigidas apenas para o prazer e para a satisfação do outro.
Sabe, não estou exatamente me queixando, apenas estou relembrando aqueles
velhos tempos em que sorríamos com mais naturalidade, daqueles tempos em que
víamos mais graça e mais delícia em nossos passeios, daquele tempo em que o
simples fato de estarmos juntos já era, por si só, um programa maravilhoso.
Acho que ficamos exigentes demais, acho que pegamos a triste mania de
procurarmos em lugares distante algo que, talvez, esteja bem diante de nós.
Resolvi escrever-lhe este bilhetinho porque, de repente, me surgiu uma estranha
nostalgia de você, uma nostalgia de nós, nostalgia de como éramos e nos
portávamos com o outro. Depois de pensar um pouquinho, concluí que é possível
revivermos aquela época em que a ausência do outro nos despertava a mais feroz
das saudades, daquele tempo em que a chegada do outro nos fazia transbordar de
felicidade.
Quer saber de uma coisa, querido? Estou morrendo de saudades de você, e hoje,
quando você chegar, vou transbordar de alegria em revê-lo!
Beijo grande da
(assinatura)