Carta (levemente erótica) ao tenente
Meu tenente,
sabe que só de olhar para mim você comanda todos os meus atos e, se der bobeira,
até os meus hormônios. Na verdade, não é de agora, só porque você está ganhando
um pouco melhor, que eu sou louca por você. Você me seduz desde quando era duro
feito um Cabo.
Ah, meu valente soldado, se aproxime de mim com aquele seu olhar frio e
corajoso, faça com que eu me sinta literalmente nua, e elimine esse meu desejo
com a determinação dos verdadeiros heróis. Aponte-me a sua arma, faça-me sentir
segura e livre-me dessa febre que me faz refém desde o dia em que te conheci.
Meu guerreiro, mostre-me a sua armadura (eu disse armadura e não arma dura,
querido, pois não estou falando do cassetete, positivo?), resgate-me dos
domínios deste calor que me seqüestra e faz com que eu te imagine invadindo o
esconderijo deste bandido, com o sabre em riste, reluzente, pronto para extirpar
do nosso convívio, com toda a perícia, este mal que tomou conta de mim.
Tenente adorado, você não sabe o quanto esta sua farda me excita, quantas
fantasias esta minha cabeça, já completamente louca por você, é capaz de
produzir só de pensar em você se despindo e desarmando na frente. Sinceramente,
estou abrindo meus braços, meu peito e tudo mais que você desejar, apenas para
ser ser alvo ou mesmo sua presa. Espero que você capriche na mira ou, no mínimo,
me dê voz de prisão na sua próxima folga.
Um beijo ardente da sua
(assinatura)