Ao programador/analista de sistemas
(nome),
você fica com essa sua conversinha de script pra cá, script pra lá... É Java não
sei pra onde e, na verdade, você acaba não javando a lugar nenhum, pois tudo o
que você diz fazer é virtual demais para mim e aparece ou desaparece feito um
flash. Essa sua programação está me deixando um tanto confusa, quase inoperante,
pois tudo aquilo que você se dispõe a fazer de inovador e impactante acaba não
rodando nessa minha maquininha.
Acho que o meu processador está um pouco lento para conseguir entender os
comandos que você cria e cada um desses seus parâmetros malucos, que nunca me
linkam a lugar nenhum.
Por que você não esquece um pouco esses sistemas virtuais, que acabam tirando
sua cabeça do mundo real e - pior! - acabam por também tirar o seu corpo do
alcance da minha vista e das minhas mãos?
Puxa vida, eu me dedico tanto para estar atualizada com os seus interesses e,
na hora de fazer um upgrade aqui na minha placa mãe, você vem dizer que tem
outros programas mais importantes e inadiáveis para resolver?
Sabe que você tem olhado para mim com o mesmo sorriso tímido que dedicas a um
velho 286 abandonado numa lata de lixo? Olha, qualquer dia eu não vou mais
suportar ser preterida assim, tratada como um equipamento obsoleto, de baixa
tecnologia, daquele tipo que ainda necessita de lubrificação freqüente e que,
assim, não merece respeito. Vê se deixa um pouco de lado esses seus sistemas
informáticos e vem cuidar um pouco do meu sistema circulatório, que fica
exaltado cada vez que eu te vejo. Se você não fizer isso, vai acabar abalando o
meu sistema nervoso!
De agora em diante, cada vez que eu tentar um link com você e não obtiver
resposta, vou colocar o meu portal inteirinho no primeiro motor de busca que
aparecer. Portanto, programe-se, pois se você demorar muito eu poderei ter
mudado de nick quando você me procurar outra vez!
Use conexão a cabo para falar comigo, antes que seja tarde demais.
Um beijo da (por enquanto) sua,
(assinatura)