Filhos - Consumismo precoce: para especialistas, pais não são os únicos responsáveis
"Se os adultos são os primeiros a se entregar ao consumo, como eles poderão,
como pais, regular o consumo dos filhos?", questionou, segundo a Agência Brasil,
o professor titular do Instituto de Psicologia, Yves de la Taille. Para ele, a
responsabilidade de evitar que o consumismo chegue aos pequenos não deve ser
atribuída apenas à família. O assunto causa preocupação no bolso dos pais e é
motivo para discussões entre especialistas.
Para a coordenadora-geral do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana,
Isabela Henriques, a responsabilidade pelo comportamento consumista das crianças
vai além da família. "A família tem responsabilidade, mas também é vítima do
assédio consumista".
Segundo ela, a sociedade tem obrigação de proteger as crianças, como está
estabelecido na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e
no Código de Defesa do Consumidor.
Não são poucos os que acreditam que o comportamento dos pais, porém, é
determinante para a formação da criança. Concordando ou não com os
especialistas, ensinar educação financeira aos filhos desde cedo pode dar
trabalho, mas não custa nada.
Evitando o consumismo precoce
Pela falta de tempo ou mesmo por comodismo, muitos pais acabam se tornando
reféns dos próprios filhos, cedendo a todos os pedidos da criança, o que
contribui para que o pequeno se transforme em um grande consumista no futuro.
Por isso, para evitar que o seu filho não conheça limites quando o assunto é
dinheiro, é preciso fazê-lo refletir sobre a possível compra. Pergunte a ele por
que adquirir certo produto é importante.
Além disso, a mesada pode ser um bom instrumento na hora de educar os filhos,
mas os pais devem saber o momento certo de conceder o benefício, além de
ponderar com relação ao valor a ser dado. Dar mesadas altas demais ou que possa
desequilibrar o orçamento doméstico não é recomendado.
Além de aprender a gastar, as crianças também devem aprender a poupar. Nesse
sentido, é preciso orientar os filhos a guardar um valor mensal, explicando que
isso multiplica o dinheiro, que poderá ser utilizado no futuro.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Equipe InfoMoney
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