Com o crescimento da economia, após a globalização do mercado, houve um
grande aumento na competitividade. Com isso, além de um produto qualificado, as
empresas começaram a se preocupar também com a questão do diferencial
competitivo. Devido a todo esse clima de concorrência entre as organizações, as
pessoas que estão inseridas nesse meio passaram por uma mudança radical de
comportamentos perante o mercado para poder acompanhar essas transformações.
Isso trouxe como conseqüências resultados já conhecidos por nós, tais como,
noites de insônia, constantes dores de cabeça, enfim, o conhecido estresse, que
por sua vez deixa as pessoas mal humoradas, incapacitadas de produzir.
Surgiu, então, a preocupação com a qualidade de vida no ambiente organizacional.
O mundo globalizado se deu conta da importância do ser humano na empresa,
valorizando assim suas emoções no espaço corporativo, pois os sentimentos podem
influenciar consideravelmente em seus resultados.
Alguém já percebeu o quanto nos sentimos bem quando sorrimos, quando estamos
alegres, felizes? Tudo isso tem uma explicação. Quando passamos por um momento
como esse, nosso cérebro libera uma substância chamada “endorfina”. Essa
substância nos dá uma sensação de bem-estar, alívio e leveza.
Algumas empresas, percebendo a importância do bom humor, estão desenvolvendo
trabalhos com o objetivo de melhorar o ambiente profissional e,
conseqüentemente, a sua produção. Ainda são pouquíssimas as organizações que se
deram conta da importância, pois trata-se de um assunto pouco debatido, que
ainda não evoluiu ao ponto de despertar o interesse dos gestores de pessoas. É
claro que as ações realizadas por esses líderes trazem frutos positivos. A
questão do investimento no bom humor seria mais um aliado importante para as
organizações que prezam pela qualidade de vida e pela motivação do seu pessoal.
A sensação de bem-estar que sentimos é causada pela liberação de endorfina
produzida pelo nosso cérebro, que contribui para um melhor batimento cardíaco,
ajudando na circulação sanguínea. Portanto, quando escutamos que sorrir é o
melhor remédio, isso não é utopia, existe uma explicação científica para essa
afirmação.
Com os benefícios do bom humor, o colaborador desempenha melhor suas tarefas,
melhora sua criatividade, aumenta a produção e contribui para um ambiente de
trabalho menos tenso. Um funcionário bem humorado contagia outros com a sua
alegria. Na empresa onde trabalho, escutei comentários de pessoas que chegaram
para trabalhar naqueles dias quando nada dá certo. Na companhia de colegas que
sempre estavam brincando, contando uma história ou outra, o dia desse mal
humorado começou a se transformar para melhor, ou seja, a ficar mais
descontraído, relaxado.
Como somos seres humanos, temos problemas pessoais que afetam nosso lado
psicológico; juntando com os problemas profissionais, é difícil administrar
nosso controle emocional. Como conseqüências, atingimos pessoas que não têm nada
haver com a nossa situação problemática . E o pior, acabamos também estragando o
dia desse colega afetado pelo nosso mal.
É importante lembrarmos a história da laranja podre, em que esse fruto afeta os
demais que estão bons. Por isso, sempre digo para eliminarmos essa “laranja
podre”, contagiando-a com alegria, humor. É muito mais fácil uma pessoa ser
influenciada positivamente por um número de pessoas bem superior a ela no
requisito felicidade. Um companheiro que está sempre humorado atrai outras
pessoas. Todos querem ter sempre por perto essa pessoa que está sempre alegre,
feliz, que traz bons fluídos para o local de trabalho.
A importância do bom humor para os enfermos - Pesquisas realizadas comprovam que
o bom humor diminui em até 20% o tempo de internação de um enfermo. O filme, em
homenagem ao médico americano Patch Adams, retrata bem essa teoria. Ele foi
protagonizado pelo ator Robin Williams com o título: “Patch Adams, o amor é
contagioso”. Na prática, ele conduzia o tratamento dos pacientes através da
alegria, levando brincadeiras para as crianças.
Um outro exemplo são os “doutores da alegria” que, assim como Patch Adams,
visitam hospitais caracterizados de palhaços, também levando alegria para as
crianças enfermas. Como eles mesmos se definem, são “palhaços que fazem de conta
que são médicos para crianças que fazem de conta que acreditam”. O trabalho
desse grupo vem trazendo resultados significativos para as crianças que passam
boa parte do seu tempo nos hospitais.
O riso é importante. Vamos sorrir, liberar endorfina. Com certeza nosso
dia-a-dia será bem melhor, mais produtivo e criativo, sendo benéfico também para
a nossa saúde mental e física.