Introdução
Antes de irmos a algum lugar, precisamos saber primeiro para onde estamos
indo.
Quando o assunto é poupar ou investir não é diferente. O objetivo a ser
alcançado deve estar bem definido, assim como as reais possibilidades de
atingí-lo.
Não adianta estabelecermos metas impossíveis a serem cumpridas e desistirmos
no meio do caminho.
É melhor começarmos devagar, traçando objetivos fáceis de alcançar até irmos,
pouco a pouco, adquirindo a disciplina necessária e aprendendo com os erros e
acertos, para então podermos finalmente definir metas mais arrojadas.
A primeira tarefa é definirmos nossos planos para o futuro, estimando o
valor a ser investido e o período no qual este valor ficará aplicado para,
em seguida, adotarmos as providências necessárias para alcançar tais objetivos.
ATENÇÃO: É muito importante cumprir o planejado!
A persistência é fundamental para o sucesso do plano, pois costuma ser grande
a tentação de gastarmos imediatamente o que ganhamos.
Embora o valor a ser poupado varie conforme os rendimentos e a meta
financeira de cada um, uma atitude é comum a todos: é necessário gastar menos
do se que ganha.
Férias
Tirar férias é sempre um motivo de alegria, além do fato de ser fundamental
para a saúde física e mental.
Se você for realizar aquela viagem tão sonhada, esse objetivo vai exigir não
apenas o planejamento dos detalhes de transporte, estadia e alimentação, mas
também uma preparação financeira adequada, necessária para arcar com os gastos
extraordinários que normalmente ocorrem nesse período.
Mesmo que algumas agências de viagem facilitem o pagamento, por meio de
pacotes turísticos, será sempre preciso dispor de recursos para gastos locais,
previstos e imprevistos.
Por esse motivo, é medida de prudência economizar uma parte do que será
gasto.
Além disso, se você fizer um bom planejamento financeiro de sua viagem, será
mais fácil realizar o planejado, acomodar gastos adicionais e administrar suas
finanças após o retorno.
Preparando-se antecipadamente você pode evitar que, ao final das férias,
tenha acumulado tantas dívidas que seu lazer tenha se transformado numa grande
dor de cabeça.
Sendo assim, precisamos ter sempre em mente os motivos que nos levaram a
economizar, além de converter o ato de poupar em um hábito presente no nosso
dia-a-dia.
Casa Própria
A compra da casa própria costuma ser o principal objetivo financeiro para a
maioria das pessoas. Isso se dá, possivelmente pela idéia de estabilidade que
ela representa, normalmente acompanhada de uma sensação de maior segurança
quanto ao futuro.
Embora alguns prefiram não aplicar seus recursos nesse tipo de investimento,
para a maioria dos que possuem imóvel é comum que este represente a maior parte
de seu patrimônio.
O planejamento da compra do seu imóvel é algo que merece muito cuidado devido
ao alto valor investido.
Também por essa razão, normalmente a aquisição é realizada por meio de
financiamento imobiliário, sendo mais raro que alguém disponha dos recursos
necessários para adquirir seu imóvel à vista.
Trata-se, portanto, de um investimento que ocupará parte de sua renda por
vários anos. Sendo assim, antes de investir em um imóvel, é fundamental que o
investidor:
- Verifique o quanto de sua renda poderá ser destinado para o pagamento
das prestações;
- Efetue pesquisa nos diversos planos de financiamento oferecidos pelo
mercado, visando à escolha do mais adequado a sua renda;
- Observe o número de prestações que deverão ser pagas e veja se,
considerando sua perspectiva de gastos no futuro, poderá suportar os
pagamentos até terminar o financiamento;
- Avalie cuidadosamente os índices de correção das prestações, pois se
elas aumentarem mais do que a sua renda, comprometerão uma parcela cada vez
maior do seu orçamento, podendo ocasionar desde a diminuição de seu padrão
de vida até a incapacidade de honrar a dívida.
Educação
Os pais estão sempre preocupados com o futuro de seus filhos, pensando em
transmitir sólidos valores morais, estabilidade financeira e, principalmente,
educação, que é um dos melhores investimentos para o futuro.
A pessoa que conta com uma base consistente de conhecimentos pode ter
melhores condições na hora de competir no mercado de trabalho.
Trabalhadores melhor qualificados tendem a ter maiores salários, embora seja
exigida uma permanente atualização profissional.
Nesse cenário, pela importância que a educação tem para o futuro, ela tende a
desempenhar um papel central no planejamento pessoal e familiar.
Mesmo quem pode optar por uma escola ou universidade pública, ou quem tem
acesso a bolsas de estudos, provavelmente terá despesas adicionais que devem ser
computadas no planejamento dos gastos com educação, tais como material didático,
transporte e alimentação.
Por outro lado, investimentos maiores, como uma faculdade privada ou uma
pós-graduação, normalmente exigem uma preparação ainda maior, envolvendo um
gasto adicional expressivo com mensalidades.
Sendo assim, é importante que a formação de uma poupança para este tipo de
despesas comece a ser feita o mais cedo possível. Desta forma, ela poderá ser
feita com menor esforço.
É importante lembrar também que, como qualquer valor poupado sempre pode ser
transferido para novos objetivos, conforme a realidade e a situação de vida do
investidor forem se modificando, poupar sempre vale a pena.
Por exemplo: caso o investidor se prepare para um cenário mais conservador,
esperando um alto desembolso em mensalidades, e seja surpreendido com a
aprovação em uma universidade pública, poderá utilizar o valor já poupado para
suprir qualquer outra necessidade ou até mesmo para se permitir algum gasto
extra - realizar uma viagem de estudos para o exterior, comprar livros mais
caros, adquirir um novo computador, etc - que não seria possível caso tivesse
realmente as despesas estimadas.
Realizar um planejamento financeiro, além de nos deixar mais preparados para
possíveis adversidades, nos permite olhar para o futuro com maior tranqüilidade.
Saindo do Endividamento
Um objetivo importante, se você está endividado e com a renda muito
comprometida, é procurar eliminar suas dívidas ou trocar por outro financiamento
com taxas de juros menores.
Um grande problema pode vir de um relacionamento pouco adequado com o limite
de crédito oferecido pelo seu banco.
O Cheque Especial é um crédito automático, disponibilizado pelo Banco em
conta-corrente que, quando utilizado, sofre a incidência de juros e de tributos
- o IOF IOF Imposto sobre Operações Financeiras: incide em operações de crédito,
câmbio, seguro e títulos e valores mobiliários. O resgate de cotas de fundos de
investimento é isento de IOF a partir do 30º dia. O IOF não incide sobre os
fundos de investimento em ações.e o CPMF. Portanto, esta opção opção É um
instrumento que dá a seu titular, ou comprador, um direito futuro sobre ações ou
contratos futuros, mas não uma obrigação; e a seu vendedor, uma obrigação
futura, caso solicitado pelo comprador da opção.só deve ser usada em último caso
e por poucos dias.
Quando o Cheque Especial passa a fazer parte do seu orçamento doméstico, é
necessária a adoção de medidas urgentes para a correção do problema.
Para sair desta situação é recomendável que procure uma forma de
financiamento mais barata, como a realização de um empréstimo, com taxa de juros
e prazo de pagamento mais favoráveis, que permita cobrir o valor devido ao banco
e organizar suas dívidas.
Para uma pesquisa sobre as taxas cobradas pelas instituições bancárias nas
operações de créditos, recomendamos uma visita ao site do Banco Central do
Brasil.
Também o Cartão de Crédito, que é uma alternativa útil e versátil, pode se
tornar um problema em termos de endividamento. Sua facilidade de utilização, na
verdade, pode torná-lo uma forma de financiamento muito perigosa para pessoas
que não têm controle sobre os seus gastos de consumo.
Se bem utilizado, o cartão de crédito tem vantagens, uma vez que permite que
o pagamento pelas despesas efetuadas seja adiado, possibilitando que a quantia
seja aplicada ou mantida em outros investimentos.
Uma vantagem do Cartão é permitir a concentração dos pagamentos e
recebimentos numa mesma data. Além do fato de que, ao facilitar a compra de bens
ou a utilização de serviços, mesmo no exterior, diminui a necessidade de
transitar com um volume maior em dinheiro.
Em contrapartida, devido à facilidade de uso, o cartão exige cuidados para
que você não realize compras, muitas vezes por impulso, que estejam além da sua
capacidade de pagamento, considerando suas despesas mensais (alimentação,
educação, aluguel, transporte etc.) e as metas de poupança assumidas.
Portanto, as claras vantagens desse instrumento, que o tornam muito útil para
algumas situações, exigem, no entanto, maior controle na sua utilização.
Para financiar certos gastos mais elevados, ou por um período maior, pesquise
também as alternativas com taxas de juros menores, como o crédito consignado,
por exemplo.
Para atingir qualquer objetivo, é necessário especificar quais as metas
financeiras a serem alcançadas, no médio e no longo prazo.
Em um horizonte de tempo mais curto, pode-se, por exemplo, planejar a troca
de um financiamento de automóvel, de um ano para seis meses, quitando
antecipadamente as prestações de forma a obter uma redução no seu valor e saindo
do endividamento para começar a poupar.
Pensando no longo prazo, pode-se economizar pequenas quantias mensais que,
acumuladas ao longo de toda a vida produtiva, poderão resultar em um montante
significativo para a complementação da aposentadoria.
Planejando sua Aposentadoria
Quanto mais jovem uma pessoa é, mais dificuldade ela tem de pensar na
aposentadoria.
Este fato tem uma explicação simples: se você fizer uma lista daquilo que
pretende alcançar ao longo da sua vida, em termos de acúmulo de riquezas e
patrimônio, a aposentadoria ficará sempre em último lugar. Não em importância,
mas em ordem cronológica.
É natural que isso aconteça, pois as despesas com a lua de mel, a casa
própria, a faculdade dos filhos, e diversas outras, acontecerão antes da
aposentadoria.
No entanto, o que se precisa ter em mente é que, pela natureza dos gastos com
previdência, que é um investimento com o objetivo de obter uma renda futura e
não uma despesa, é necessário aprender a pensar neles de forma diferente.
Uma boa aposentadoria é sinônimo de independência financeira. Quanto
mais cedo ela for conquistada, melhor. Mas, para que isso aconteça, é preciso
começar a investir desde já.
Quanto mais tempo se tem para investir, menor o esforço despendido ao longo
da vida e maior o valor acumulado no momento da aposentadoria.
Vários são os fatores que irão influenciar a sua decisão de começar a
investir para ter uma aposentadoria tranqüila:
- Que parcela da sua renda atual você pode poupar?;
- Com que idade deseja se aposentar?;
- Quantos anos ainda restam até o momento da aposentadoria?;
- Que renda deseja ter ao se aposentar?.
Quanto maior o tempo de contribuição, maior o valor acumulado e,
conseqüentemente, maior a renda a ser recebida.
Portanto, é necessário ser realista ao decidir com que idade deseja se
aposentar, pois, se faltarem poucos anos para atingir a idade desejada, será
preciso contribuir todo mês com um valor muito alto para poder manter o seu
atual padrão de vida.
Alguns analistas acreditam que, para que você mantenha o padrão de vida
que tem hoje durante a aposentadoria, sabendo que seus gastos serão
diferentes no futuro, será necessário receber o equivalente a 80% da renda
atual.
Assim, quem tem uma renda atual de $5.000, provavelmente precisará de algo em
torno de $4.000 no futuro para manter o mesmo padrão de vida que possui hoje.
Para saber quanto você tem que poupar agora para ter uma aposentadoria segura
no futuro, liste suas despesas atuais, retire aquelas que acha que não terá mais
após se aposentar (por exemplo: transporte, colégio dos filhos, prestação da
casa, etc.) e acrescente as que ainda não tem hoje, mas que provavelmente
passará a ter no futuro (plano de saúde, medicamentos, viagens, etc.).
Sabendo quanto terá que receber quando estiver aposentado, você poderá fazer
uma simulação e escolher uma entre várias combinações possíveis de tempo e valor
de contribuição para calcular a idade com a qual deve se aposentar.
Organize-se!
Faça uma lista das suas receitas e despesas e veja quanto sobra. Se não
sobrar nada, corte despesas desnecessárias.
É possível começar investindo mensalmente uma pequena quantia e depois ir
aumentando à medida que mais despesas puderem ser eliminadas.
Por exemplo: se você paga prestações de um imóvel, pode destinar este valor
para a previdência ao terminar de pagá-lo, ao contrário de simplesmente passar a
consumir mais.
Caso tenha chegado à conclusão que, mesmo cortando todos os gastos possíveis,
inclusive economizando nos considerados essenciais, como água, luz, gás e
alimentação, não conseguirá contribuir com o valor necessário para se aposentar
confortavelmente, considere a possibilidade de transformar algum bem em um
investimento.
Por exemplo: a quantia auferida na venda de um automóvel, somada aos valores
das despesas mensais com este mesmo carro, se bem aplicada por um determinado
período, pode conferir uma boa renda mensal no futuro.
Planeje!
Uma vez calculado o valor a ser investido com base na quantia de que dispõe
para poupar, na idade com a qual deseja se aposentar e na renda que pretende
receber, é necessário definir uma estratégia de investimento e se planejar.
Um fator importante a ser considerado nesse planejamento é a sua idade atual.
Quando se trata de investimentos, normalmente uma maior expectativa de ganhos
está associada a uma maior capacidade de correr riscos.
Se você for jovem, pode correr mais riscos por dispor de mais tempo para
recuperar eventuais perdas, além de ser capaz de acumular um patrimônio maior
com contribuições menores, pois terá mais tempo para poupar.
Por outro lado, quanto maior sua idade e quanto mais próximo estiver da idade
de se aposentar, menos riscos poderá correr e maior deverá ser a parcela da sua
renda destinada à aposentadoria.
Para decidir qual a melhor estratégia de investimento para complementar sua
renda futura, é preciso que você conheça as diversas alternativas disponíveis e
decida qual a mais adequada às suas necessidades, considerando seus objetivos,
seus recursos e sua capacidade de suportar riscos.
Previdência Social
A Previdência Social nada mais é do que um seguro de natureza coletiva contra
riscos sociais, como: doença, velhice, acidente, invalidez, etc.
Tal "seguro" admite os regimes básicos e os regimes complementares.
A principal diferença entre as duas espécies de regime é destacada a seguir:
- Os regimes básicos são compulsórios, isto é, quando você começa a
trabalhar, automaticamente começa a ser contribuinte da previdência. A
contribuição previdenciária, neste caso, decorre de uma imposição legal.
- Os regimes complementares são facultativos, ou seja, ninguém é obrigado
a contribuir para tais regimes.
Regimes Básicos de Previdência
Os regimes básicos de previdência são: o regime geral de previdência
social e os regimes próprios de previdência social de servidores públicos.
Regime Geral de Previdência Social
Popularmente conhecido como previdência oficial, é administrado pelo
Instituto Nacional de Seguro Social - INSS.
Neste regime, os valores dos benefícios de aposentadoria por idade e por
tempo de serviço são calculados com base na média aritmética simples dos maiores
salários que serviram como base da contribuição do segurado, correspondente a
oitenta por cento de todo o período em que contribuiu para a previdência.
Este cálculo é realizado pelo INSS, na ocasião do pedido de aposentadoria,
sendo que o valor do benefício não poderá ser inferior ao salário mínimo e nem
superior ao teto fixado pelo governo federal.
Como exemplo hipotético, consideremos uma pessoa que tenha recebido durante
toda a sua vida o salário de R$ 4.000,00. Este trabalhador terá contribuído para
o regime geral de previdência com uma contribuição previdenciária calculada com
base no teto estabelecido pelo governo federal, que hoje corresponde a R$
3.038,994. Logo, seu benefício de aposentadoria estará limitado a este valor.
Assim, chegamos a seguinte conclusão: quanto maior a renda na atividade,
maior será o valor a ser complementado ao benefício pago pelo INSS, para que a
pessoa possa manter o mesmo padrão de vida.
Regimes Próprios de Previdência Social de Servidores Públicos
Cada ente federativo(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) institui
um regime próprio de previdência para seus servidores públicos.
Nos últimos anos, este regime tem sofrido algumas alterações5. A mais
significativa foi o fato do servidor, que antes se aposentava com a sua última
remuneração, passar a ter os proventos de aposentadoria calculados a partir de
uma média de suas remunerações6, ou seja, podendo receber um valor inferior à
sua última remuneração.
Portanto, podemos concluir que até os servidores públicos, que no passado
tinham direito a receber proventos de aposentadoria correspondentes ao valor de
sua última remuneração na atividade, também devem começar a pensar na
complementação de sua aposentadoria.
Regimes Complementares de Previdência
Quanto aos regimes complementares, atualmente estão implementados apenas os
de natureza privada, ao contrário dos regimes básicos, que são de natureza
pública.
Os regimes complementares de previdência privada são mantidos por entidades
de previdência abertas ou fechadas.
As fechadas, também chamadas de Fundos de Pensão, são entidades sem fins
lucrativos, vinculadas a uma empresa patrocinadora, que geralmente contribui
junto com o trabalhador. Essas entidades normalmente oferecem planos de
benefício definido, ou seja, planos cujo benefício é calculado por uma fórmula
que leva em consideração a média salarial do empregado e o número de anos que
ele contribuiu.
As entidades abertas são destinadas ao público em geral e normalmente possuem
planos de contribuição definida, cujo benefício é calculado com base em um
indicador previamente acordado entre o contribuinte e a instituição. Nesse tipo
de plano, as contribuições vão constituindo um saldo que vai sendo atualizado
pelo indicador ao longo do tempo e se transforma em renda vitalícia na
aposentadoria.
O principal risco de um plano de benefício definido é com relação à saúde
financeira da empresa patrocinadora, ou seja, o risco dela não conseguir
capitalizar as contribuições de forma suficiente para honrar os benefícios dos
participantes.
Já o principal risco envolvido nos planos de contribuição definida é com
relação à gestão dos recursos, uma vez que o valor do benefício vai ser
conseqüência da rentabilidade conseguida através do investimento das
contribuições.
Sendo assim, se você optar por um plano de contribuição definida, fique
atento ao administrador dos recursos e cobre bons desempenhos.
Planos de Previdência Privada Aberta
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)
O PGBL é um plano flexível, similar a um fundo de investimento tradicional,
no qual você escolhe o valor e a periodicidade da contribuição.
Assim como em qualquer fundo de investimento, é possível optar pelo tipo de
perfil do seu PGBL desde o mais conservador, com 100% da carteira composta por
títulos públicos, até os mais arrojados, compostos de ações e derivativos.
Os resgates podem ser solicitados a qualquer tempo, desde que cumprida uma
carência inicial de 60 dias. Porém, como se trata de um plano de previdência,
que conta com o benefício fiscal de abater até 12% de sua renda tributável
aplicada neste tipo de fundo, os resgates acima de R$ 900 são tributados com
alíquotas maiores que as aplicadas aos fundos tradicionais. Atenção: lembre-se
que o PGBL não oferece garantia de rentabilidade mínima!
Plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)
O VGBL foi criado nos mesmos moldes do PGBL, mas com uma diferença básica: o
tipo de benefício fiscal auferido.
No PGBL é possível deduzir até 12% de sua renda tributável no ano, mas quando
é feito o resgate, o IR é cobrado sobre o valor total resgatado.
No VGBL isso não acontece, pois apesar de não contar com a possibilidade da
dedução de 12%, o investidor é tributado apenas sobre o ganho de suas
aplicações.
O Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI) também é um fundo de
aposentadoria de contribuição definida, mas foi pouco aceito pelo mercado e
atribui-se como principal fator de insucesso a falta de um benefício fiscal
associado.
Vantagens e Desvantagens dos Planos de Previdência Privada
A principal vantagem dos planos de previdência privada, em relação aos fundos
de investimento tradicionais, consiste no benefício fiscal do qual desfrutam os
primeiros.
Porém, como as taxas cobradas pelos fundos de previdência costumam ser altas,
é necessário pesquisar os diferentes fundos oferecidos pelo mercado e calcular
se a economia de imposto realmente compensa a diferença nas taxas.
Os fundos de pensão têm vantagens adicionais em relação aos fundos abertos,
pois, em geral, contam com a contribuição de uma empresa patrocinadora, possuem
taxas de administração mais baixas e a contribuição já vem descontada do salário
- uma ótima vantagem para os investidores indisciplinados.
Entretanto, a principal desvantagem é que só é possível resgatar os recursos
em caso de desligamento da empresa e, mesmo assim, os recursos oriundos de
contribuições da empresa podem não ser passíveis de resgate, no todo ou em
parte.