A primeira vez que surgiu a modalidade chamada terceirização no capitalismo
moderno foi durante a 2ª Guerra Mundial nos Estados Unidos. As indústrias
bélicas precisavam produzir mais e decidiram se concentrar nas atividades-fim
(produção de armas e munições) e contratar outras empresas para as
atividades-meio.
Nos anos 80, o processo de terceirização das grandes empresas tomou forma. No
Brasil, a tendência chegou nos anos 90. Na época de reengenharia, as empresas, a
fim de baratear custos, tiveram que verificar exatamente o que é sua
atividade-fim e o que é sua atividade-meio. A maioria das empresas começou a
terceirizar escolhendo as áreas mais simples como serviços gerais ou segurança.
Algumas empresas chegaram a terceirizar departamentos inteiros que participavam
indiretamente da produção. Nesse primeiro processo, muitos empregados
tornaram-se micro ou pequenos empresários, com algum apoio da empresa que
trabalhava antes. Hoje, a terceirização é um fato concreto e um grande filão
para as micro e pequenas empresas em geral. Há empresas de vários tipos que
atuam como terceirizadas em várias áreas, da comunicação empresarial à
informática, de consultoria ambiental ao serviço de refeições.
Antes de se tornar algo comum, a terceirização foi alvo de várias críticas. A
principal é que os trabalhadores estavam perdendo seus direitos. Pelo entender
jurídico, no entanto, a terceirização deve manter os direitos dos trabalhadores
que, no caso do Brasil, são os direitos da CLT. Não é possível, no entanto,
saber se o mercado informal cresceu com essas mudanças.
Com o passar dos anos, os órgãos públicos também aderiram à proposta. Hoje, a
terceirização é uma modalidade usada com freqüência pelos governos federal,
estadual e municipal. A Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas também prevê
outras novidades na terceirização como a obrigatoriedade das grandes empresas
vencedoras de licitações de contratar pequenas e micro empresas para os
projetos.
Hoje, a terceirização veio para ficar, pulverizando ainda seu próprio sistema.
As empresas terceirizadas chegam a quarterizar seus serviços. Ou seja, uma
empresa terceirizada contrata outra empresa para fazer alguma outra
atividade-meio.
A terceirização, que deve ser baseada em contratos de prestação de serviços, têm
prós e contra para as empresas contratadas e contratantes.
Vantagens e
desvantagens para empresa que terceiriza (a contratante)
Prós
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As empresas não precisam se especializar em atividades que não tem a ver
com ser negócio principal.
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Se bem elaborada, as empresas podem conseguir uma diminuição dos custos
com esses contratos, já que parte dos gastos de manutenção ficam com a
terceirizada.
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A empresa pode se concentrar em melhorias na sua atividade-fim.
Contras
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Desconhecimento da administração e da filosofia da empresa pelo
terceirizado pode atrapalhar.
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Muitas vezes há dificuldade para encontrar a empresa parceria ideal.
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Sempre existe o risco de não cumprimento de contratos.
Vantagens e desvantagens
para a empresa terceirizada (a contratada)
Prós
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Maior mobilização para crescimento da própria empresa, já que não há
contrato de exclusividade, a princípio.
-
Possibilidade de fazer uma gestão independente e diferente da forma como
cliente atua.
Contras