Investimento. Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, nem todo
mundo está preparado para tomar essa decisão. A razão é simples: é preciso ser
capaz de seguir uma estratégia clara e consistente, o que só é compatível com
uma situação financeira equilibrada.
Assim, antes de pensar em investir seu dinheiro, avalie qual a sua situação
financeira atual. Você possui algum tipo de controle orçamentário? Em caso
afirmativo, qual a sua situação ao final do mês:
1. você está "pendurado" e espera ansioso pelo próximo salário?
2. consegue, com esforço, pagar todas as suas contas em dia?
3. regularmente tem separado uma quantia para poupar?
Se você respondeu sim a uma das duas primeiras alternativas, ainda não está
preparado para investir. Antes disso, é preciso elaborar uma faxina no seu
orçamento, de forma a equilibrar a sua situação financeira.
Dívidas?
Se você mal consegue chegar ao final do mês com o dinheiro que recebe, sua
situação financeira exige uma atenção mais imediata. Caso esteja endividado, o
ideal é que corte todos os gastos que puder, de forma a liberar recursos para o
pagamento da dívida. Se possuir bens, considere a sua venda.
Envolva a família nessa decisão. Não se isole, pois esse é um esforço que unir
esforços, senão as chances de sucesso são limitadas.
Dê prioridade à elaboração de uma estratégia de quitação da sua dívida o mais
rápido possível. O momento não é de investir, mas de zerar pendências!
Aperto financeiro?
Caso não esteja endividado, mas faça certos malabarismos para manter os
pagamentos em dia, cortar gastos não é uma opção, mas uma necessidade.
Avalie com calma para onde está indo o seu dinheiro e corte tudo o que não for
essencial. Encontre uma forma de poupar, todos os meses, um percentual fixo da
sua renda mensal. Seja realista, não adianta tentar economizar 10% do seu
salário se, até pouco tempo, você tinha dificuldades de manter os pagamentos em
dia. Comece aos poucos, com um percentual menor, mas seja regular: poupe todos
os meses.
Equilíbrio, mas nem tanto
O fato de sua situação financeira ser um pouco mais tranqüila e você conseguir
manter seus pagamentos em dia não sinaliza que esteja preparado para investir.
Basta uma situação de emergência, para que o aparente controle financeiro
desapareça. Neste caso, vale a pena rever seu orçamento para possíveis cortes
que permitam uma poupança regular ao final de cada mês.
A consistência é importante, pois senão você corre o risco de investir um mês, e
ser forçado, por causa de uma despesa extraordinária, a sacar parte ou tudo o
que conseguiu aplicar. Lembre-se: é preciso manter o dinheiro aplicado por ao
menos alguns meses, se você quiser fazê-lo crescer.
Dependendo da quantia investida e prazo de aplicação, você corre o risco de
acabar sacando menos do que investiu após a dedução de taxas e impostos.
Exatamente por isso, é recomendável que você comece poupando para formar uma
reserva de emergência, equivalente a, ao menos, seis meses de despesas
correntes.
Esta reserva, como o nome sugere, é para emergências, e deve ser sacada neste
tipo de situação. Uma vez alcançado este objetivo, tudo o que conseguir investir
deve ser mantido aplicado pelo maior prazo possível, pois assim, seu patrimônio
crescerá mais rápido. Boa sorte!