Segundo o dicionário, Liderança é o ato de liderar pessoas e Motivação, entre
várias definições, é uma “espécie de energia psicológica ou tensão que põe em
movimento o organismo humano, determinando um dado comportamento”. Então,
Liderança e Motivação, é o ato de liderar pessoas em busca dessa força, de forma
a aplicá-la em benefício da própria pessoa e do grupo no qual esse membro está
inserido.
Motivar pessoas e mantê-las motivadas é um desafio a ser enfrentado diariamente
por gestores de quaisquer organizações. E não é um desafio qualquer. Liderar
equipe requer conhecimentos e habilidades para que se possa identificar em cada
colaborador isoladamente e na equipe como um todo, pontos fortes, pontos fracos
e oportunidades (análise SWOT).
Seres humanos são muito diferentes entre si na maneira de pensar, agir e
expressar seus sentimentos. E muitas vezes, diferente de si mesmo, conforme o
momento que está vivendo. Diversos fatores interferem no estado físico e
psicológico do indivíduo. Tais influências refletem diretamente no desempenho do
trabalho dessa pessoa e conseqüentemente no resultado final do grupo.
Se nos reportarmos à literatura da área, encontraremos ferramentas baseadas nas
idéias de grandes mestres como: Maslow e a pirâmide de necessidades, onde no
topo encontramos estima e auto-realização. Além de Hezberg e os fatores
motivacionais, destacando o reconhecimento, trabalho em si, progresso e
crescimento como fatores de satisfação do ser humano e ainda Maclelland e a
busca pela excelência. No entanto, sabemos que é muito difícil definir e
identificar quais fatores são motivacionais ou não para determinado indivíduo,
ou para um grupo. O que motiva uma pessoa pode desmotivar outra!
Um problema pessoal reflete na produtividade de um colaborador de maneira
diferente. Podemos observar uma queda na operosidade em razão de tal problema,
ou um aumento no rendimento em resposta à dificuldade enfrentada. Do mesmo modo,
uma grande alegria pode levar a pessoa a produzir mais e melhor, ou
simplesmente, passar o dia todo (ou grande parte dele) pensando na boa notícia e
assim prejudicar seu desempenho na realização de suas tarefas e no
relacionamento com os colegas de trabalho.
E quando a alegria de um se torna a tristeza do outro? Ou, ainda, da maioria do
grupo? Um exemplo clássico nesse caso é a promoção de um membro da equipe. Todo
indivíduo busca crescimento pessoal e profissional. Isso é inegavelmente a mola
propulsora da carreira de cada um. Entretanto, nem todos agem da mesma maneira
ao ver um colega de trabalho receber uma promoção por reconhecimento a seu
desempenho.
Alguns passarão a se empenhar cada vez mais, para que um dia possam obter o
mesmo êxito. Outros, no entanto, passarão a dedicar-se cada vez menos ao
trabalho, julgando terem sidos injustiçados e questionando se tanta dedicação
(até hoje) valeu à pena. Cabe ao gestor identificar o reflexo de tal
acontecimento em cada colaborador de sua equipe e trabalhar para que a grande
maioria passe a visualizar o ocorrido como fator de impulsão e motivação.
Extraindo o melhor de cada um em prol do resultado coletivo satisfatório.
Por isso que administrar pessoas é tão desafiante. Quanto mais preparado estiver
o gestor, maiores as chances de se obter os resultados esperados. Precisamos
conhecer cada vez mais as ferramentas disponíveis no mercado (palestras,
treinamentos, bibliografias, benchmarking, entre outros) e procurar aplicá-las à
realidade de nossas equipes. Por outro lado, não basta que somente os gestores
conheçam as ferramentas, mas que os membros do grupo também possam ter a
oportunidade de acesso a tais instrumentos.
Devemos capacitar nossos colaboradores de modo a termos cada vez mais pessoas
preparadas para assumir responsabilidades e enfrentar desafios. E isso envolve
também a importante habilidade de disseminar conhecimento, dar oportunidades e
saber delegar tarefas. Não é fácil lidar com conflitos no ambiente de trabalho,
daí a necessidade de se tirar melhor proveito da situação.
A motivação da equipe, e isso inclui o gestor, é fator decisivo para a
otimização do relacionamento entre as pessoas e reflexos positivos na execução
das atividades na organização. Não podemos cobrar algo que não praticamos.
Líderes desmotivados jamais terão colaboradores plenamente motivados. Embora a
motivação esteja dentro de cada um, seus reflexos são sentidos em todo o grupo.
Devemos dar o exemplo! Entretanto, esse exemplo depende de nossa motivação real.
Não basta tentar passar uma imagem de que se está motivado se essa não for a
realidade de nosso momento. A naturalidade faz com que os exemplos sejam
sentidos pelas pessoas. Não queira transmitir um conceito que não corresponda à
sua atitude. Seja franco consigo mesmo. Seja fiel a seus princípios.