Viajar é sempre bom. E é inevitável, durante uma viagem, fazer umas
comprinhas. Mas, quando as compras são feitas em uma moeda diferente da
brasileira, é preciso tomar cuidado, para não se surpreender com os gastos.
Isso porque temos o costume de fazer contas mentais para a conversão das moedas
na hora de saber quanto algo cotado em moeda estrangeira custa em Real, e isso
pode resultar em valores não tão exatos e, conseqüentemente, em gastos não
esperados.
Dólar
Como o dólar varia constantemente em relação ao real, é comum termos um preço
estimado na cabeça. Por exemplo, nas últimas semanas, o dólar comercial variou
entre R$ 1,64 e R$ 1,70. Não seria de se estranhar que uma pessoa em viagem aos
Estados Unidos, por exemplo, considerasse a equação US$ 1 = R$ 1,60, ainda mais
porque a tendência é sempre arredondar o valor e, na maioria das vezes, o
arredondamento é para menos.
Agora, vamos considerar que durante sua viagem você gastou US$ 5 mil,
considerando que o dólar estava custando R$ 1,60. Você, então, tem em mente que
gastou R$ 8 mil. Mas, se nesse período o dólar estivesse valendo R$ 1,70, você
teria gastado R$ 8,5 mil, ou seja, R$ 500 a mais do que havia imaginado.
O mesmo vale para outras moedas. Euro, libras esterlinas, pesos argentinos,
iene, entre outras, também possuem cotações quebradas com relação ao real e
arredondar para menos os centavos pode resultar em gastos não calculados.
Cartão de crédito
Quando as compras forem pagas em cartão de crédito, o cuidado tem de ser
dobrado, porque, nesses casos, existem duas contas: a que o turista faz no
momento da compra, para descobrir qual o valor do produto em real, e a conta
feita na hora de pagar a fatura.
Isso porque não importa a cotação do dólar no momento da compra. O valor
considerado na hora do pagamento é o da cotação do dia, e como o dólar varia
constantemente, você corre o risco de pagar mais do que imaginava pelas compras
feitas no exterior.