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Carreira / Emprego - Por que empresas realizam grupamento seguido de desdobramento de ações? 

Data: 26/01/2012

 
 
Suas ações já sofreram algum ajuste em virtude de grupamento ou desdobramento? Caso você já tenha notado um número diferente de papéis ao abrir seu home broker, porém sem alteração no valor financeiro total, não ocorrendo lucro ou prejuízo, provavelmente a empresa em questão realizou este tipo de operação. A base acionária pode ser alterada caso ocorra esses eventos, contudo, o investidor não perde.

Algumas empresas realizam estas operações em conjunto, como no caso da CPFL Energia (CPFE3), que anunciou grupamente seguido de desdobramento em julho deste ano. Primeiramente, a empresa fez o grupamento das ações visando melhorar a gestão de sua base acionária, como informou Lorival Nogueira Jr., vice-presidente financeiro e de relações com o mercado investidor da CPFL. Uma avaliação identificou um número expressivo de investidores inativos e sem identificação, resultado dos processos de migração de minoritários de empresas controladas do grupo para a CPFL Energia realizados nos últimos anos. De acordo com Lorival Jr., a maioria desses investidores possuía menos de 10 ações ou apenas 1 ação.

Finalizado o grupamento, a companhia iniciou a operação de desdobramento das ações ordinárias, com o objetivo de deixar suas ações com um valor unitário mais acessível e reduzir o valor do lote padrão (de 100 ações), o que favorece maior acesso de acionistas pessoas físicas e pequenos investidores. Segundo o analista Harold Thau, sócio da Técnica, as companhias buscam uma faixa de preço negociada por praticamente 70% das empresas brasileiras, que estão cotadas entre R$ 10,00 a R$ 40,00 por ação.

Como efeito da operação, foi observado um maior volume de compras das ações, como já era aguardado pela companhia, que tinha o objetivo de promover o aumento da liquidez dos papéis através da diminuição do tíquete médio do lote-padrão.

Ainda no caso da CPFL, a companhia realizou um grupamento de ações de 10 para 1, simultaneamente a um desdobramento, na relação de 1 para 20. Na prática, ao final da operação, cada ação foi divida em duas. Assim, com o papel que antes era cotado na faixa de R$ 44,00, o investidor precisaria de uma aplicação de R$ 4.400,00 para realizar a compra de um lote padrão. Diante disso, atualmente, ele precisa em torno de R$ 2.200,00 para realizar a mesma compra.

Esse tipo de operação muda a percepção do investidor?
De acordo com Harold, uma empresa só deve realizar esse tipo de operação seguindo alguns questionamentos sobre o mercado acionário. “O investidor está tendo acesso ao lote padrão? O preço está na média do mercado?”, diz. As companhias precisam ter essas perguntas em mente antes de praticar alguma movimentação.

“Se você já tem um padrão de negociação em bolsa, só deve alterá-lo se uma dessas variáveis estiver indicando que deve ocorrer uma mudança. Caso contrário, o acionista pode perder sua referência desse valor de negociação”, disse Harold. Além disso, se as empresas realizam muito essa operação, podem também aumentar a desconfiança do mercado, complementou Eduardo Paiva, professor de Finanças da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).

Mas o que é desdobramento?
As empresas normalmente buscam o desdobramento para aumentar a demanda pelas ações e, consequentemente, seu preço. Após a elevação contínua do preço de uma ação, o montante necessário para o investidor adquirir os papéis pode ficar elevado. Como na BM&F Bovespa a negociação em regra é em lote padrão de 100 ações, o investimento mínimo necessário para a aquisição dos papéis será o resultado da multiplicação do preço unitário da ação por 100.

Assim, se uma ação for cotada a R$ 30,00, serão necessários no mínimo R$ 3.000,00 para fazer a aplicação. Para melhorar a liquidez das ações, as empresas realizam este tipo de operação. Com isso, cada ação pode ser transformada em duas, três, quatro, ou mais, reduzindo o preço unitário dos papéis e, consequentemente, o investimento mínimo exigido pelo lote padrão.

Diante disso, normalmente o desdobramento pode vir a ser positivo para o valor de mercado da empresa porque ele acaba levando a um menor investimento mínimo - que é estipulado pelo lote padrão - o que, por sua vez, atrai ainda mais investidores. Logo, a maior procura pelos papéis eleva o preço dos mesmos e, em decorrência disso, o valor de mercado da companhia também aumenta. É importante ressaltar, porém, que, além da opção de lote padrão, o investidor também pode optar pela compra de papéis no mercado fracionário.

Além disso, Eduardo Paiva lembrou que no período em que o Brasil sofria com uma inflação altíssima, o desdobramento de ações se tornou mais comum. Em consequência desse cenário, o valor nominal da ação aumentava constantemente e, com isso, as empresas desmembravam com maior frequência as ações para voltarem a um patamar mais atrativo.

E grupamento de ações?
Por sua vez, as companhias realizam grupamento em reflexo de uma queda acentuada do preço de uma ação, fazendo a cotação chegar a centavos. Esta situação traz volatilidade excessiva para os papéis. Com o objetivo de minimizar esta volatilidade, a administração pode propor uma redução da base acionária. Além disso, lembra Harold, uma empresa que possui uma ação cotada a menos de R$ 1,00, por exemplo, pode ser mal vista pelo mercado, mas “nem sempre isso é uma verdade”. É importante observar também se ela tem boa geração de caixa e bom valor patrimonial, afirma.

Dessa forma, a empresa realiza o grupamento para melhorar a liquidez de suas ações, reduzindo assim a volatilidade dos papéis. Por exemplo, uma ação que custa R$ 4,00, caso haja uma oscilação de R$ 0,25, esse papel sofreria uma variação de 6,25%. Contudo, esta mesma oscilação em uma ação que custa R$ 20,00, representaria uma variação de 1,25%, ou seja, cinco vezes menor.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Equipe InfoMoney
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