Salários em desacordo com o praticado no mercado, falta de reconhecimento,
desmotivação e a falta de identificação com os valores da empresa estão entre os
principais motivos da alta rotatividade em uma empresa ou em uma equipe.
Segundo a consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Recursos
Humanos, Gisele Andriotti, a rotatividade é considerada alta quando a equipe tem
uma média de renovação de cinco anos, ou seja, anualmente, cerca de 20% dos
profissionais pedem desligamento.
A situação, de acordo com ela, é estressante tanto para o líder como para o
restante da equipe, que, na maior parte das vezes, fica sobrecarregada por conta
da constante saída de colegas.
Como lidar?
Apesar do momento difícil, explica Gisele, os profissionais devem tentar
lidar com a situação com bom humor, evitando, sobretudo, descontar nos novos
colegas o descontentamento causado pela rotatividade.
“O fato de estarem sobrecarregados pode fazer com que as pessoas recebam mal os
futuros colegas que venham substituir o profissional que saiu, prevendo que será
difícil explicar as atribuições e ainda fazerem tarefas que não eram suas
durante o período de adaptação do colega... Entretanto, as pessoas devem ter
mente aberta e encarar este novo profissional como alguém que irá somar”, diz a
consultora.
Líder
Já o líder, diz ela, deve prestar muita atenção na alta rotatividade da
equipe, visto que ela indica problemas e impacta a produtividade.
Dessa forma, quando a rotatividade é alta, sugere, o líder deve tentar entender
quais são os motivos que levam tantos funcionários a saírem, sendo que uma forma
de fazer isto é entrevistando o funcionário que pediu desligamento e por meio de
uma pesquisa de clima.
A pesquisa de clima, explica Gisele, tem como objetivo identificar como a equipe
enxerga a empresa e o clima organizacional. Geralmente, ela procura identificar
quais são as expectativas dos funcionários e os pontos positivos e negativos
percebidos pelos profissionais quanto à equipe e à empresa de forma geral.