Naquela tarde lânguida
Meu querido,
hoje de manhã saí pela rua, andando despreocupada e feliz e, de repente, me deu
uma saudade de você, uma saudade assim, meio besta, meio à-toa, pois você sabe
que está sempre em meu pensamento. O engraçado da história é que, apesar de
lembrar de você o dia inteiro e pensar em você em tudo o que faço, comecei a
sentir saudades de "partes" de você e não de você inteiro.
De repente, lembrei-me de seu peito, sua camisa aberta num dia de verão, seus
pelos másculos saltando por sobre o botão. Me deu vontade de estar de novo
aconchegada ali, repousando minha cabeça em teus músculos e sentindo, com beijos
delicados e com a pontinha da língua, o sal da tua pele, o sal do teu suor.
Meu adorado... lembrei-me também das tuas coxas, repousando fortes sobre o
sofá naquela tarde lânguida. Sabe que me deu vontade de, outra vez, estar ao seu
lado só para te fazer uma massagem bem relaxante, de alisar este pedaço do teu
corpo e, assim, de surpresa, deixar a ponta da minha unha escorregar, rápida e
curiosa, por baixo do teu short até a sua virilha!
Olha, não sei o que me deu hoje, mas tenho certeza de que se eu pensar nas
inocentes palmas das suas mãos vou ter vontade de beijá-las ou conduzí-las, de
forma insinuante, para o calor do meu ventre, bem ali, pertinho do umbigo, onde
você gosta tanto de fazer carinho.
Sabe que eu estou até com vergonha de te escrever essas coisas? Mas, juro,
não resisti; afinal, esta saudade está acontecendo mesmo e tudo o que eu quero
te pedir é que você apareça logo, inteiro, inteirinho, mas trazendo cada um
desses pedaços que te fazem muito lindo e que deixam na minha boca o sabor mais
gostoso do mundo.
Beijo da tua
(assinatura)