Em busca da Paz e do Amor
Querido(a),
11 de setembro de 2002. Faz um ano que o mundo mudou, faz um ano que alguns
aviões governados pelo fanatismo e pelo ódio atrasaram, mais uma vez, a eterna
marcha do ser humano em busca da paz.
Muitas vidas se perderam, homens e mulheres de diversas nacionalidades
desapareceram entre a poeira e o calor dos destroços. E nós continuamos aqui,
vagando entre a indignação, a impotência e a esperança de que ainda nos
salvaremos da barbárie, de que conseguiremos, um dia, nos aproximar do sublime.
Querido(a), temos que continuar a busca da paz e da harmonia entre os povos,
entre os homens. Sei que o fato de duas torres gigantescas desabarem repletas de
pessoas iguais a nós, acaba por abalar a nossa confiança no futuro, a confiança
em nós mesmos, o nosso conceito de humanidade. Mas não podemos desistir, não
podemos perder a fé de que somos todos capazes de promover a gentileza, a
boa-vizinhança, a amabilidade, a delicadeza e o amor.
Para tanto, temos que reagir diante de qualquer episódio violento, de
qualquer episódio em que a força, a crueldade e a injustiça se imponham sobre os
bons sentimentos. Não podemos deixar que o melhor das nossas almas só se
manifeste na ocorrência da tragédia. Temos, sim, que trazer sempre vivas as
recordações destes momentos cruéis, para lembrarmos de reagir com amor e
compaixão; com firmeza, determinação e senso de justiça, sempre. Não precisamos
esperar pela queda de aviões e arranha-céus para perceber que somos gente, para
despertarmos a sensibilidade que, normalmente, insistimos em deixar adormecida.
Neste 11 de setembro, data que ficará marcada para sempre por ter abrigado um
escandaloso atentado contra toda a humanidade, vamos juntar as nossas forças e
bons pensamentos para buscar o entendimento, a amizade e o amor.
Paz e um abraço do(a),
(assinatura)