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Carreira / Emprego - Entre mulheres 

Data: 15/12/2008

 
 

''Toda mulher bem resolvida é confiante, respeita a si mesma e aos outros, ama o próximo, tem pensamentos e palavras positivas, é honesta e tem a consciência limpa.''
Lívio Callado

O que se observa nas empresas, nos escritórios, nos estabelecimentos públicos e privados em todos os níveis hierárquicos neste novo século, que conta com a participação marcante da mulher? Ainda existem discriminações? Se existem, como as mulheres estão reagindo?

Estudiosos sobre esta questão observaram que a igualdade entre homens e mulheres nunca foi aceita. Eu arrisco dizer que nunca foi aceita até mesmo pela própria mulher.

Minha proposta é convidar as mulheres a uma reflexão sobre o comportamento machista que as próprias mulheres desenvolveram. Isto quer dizer que, inconscientemente, na escala de valores de algumas representantes do sexo feminino, a própria condição de evolução no tempo, muitas vezes, não é um valor totalmente aceito. Então, a mulher passa a discriminar a si ou a discriminar uma outra mulher dentro de seu universo corporativo.

Não é raro que ataques invejosos, competições desonestas e assédio moral aconteçam entre as próprias mulheres no ambiente de trabalho, principalmente quando a competência evidente é mais um atributo a ser agregado à sua condição feminina.

Na opinião de Lívio Callado, ator e professor de Marketing Pessoal e Etiqueta Empresarial, as mulheres competem entre si, naturalmente.

Se a mulher aprendeu a conviver com as diferenças entre ela e os homens nos assuntos de rotina profissional, um outro passo no mundo corporativo é aprender a conviver com as possíveis diferenças entre as próprias mulheres.

Causa-me mais perplexidade os jogos de poder entre as mulheres, que relutam em reconhecer capacidades, competência e liderança entre si, criando preconceitos que envolvem e desgastam as relações interpessoais.

Tudo o que foi conquistado para superar as distâncias que separavam a mulher do homem ao longo da História, através de direitos trabalhistas, do exercício diário de destruição do modelo frágil, agora pode ser avaliado como positivo: a humanidade sabe que homens e mulheres se enriquecem com suas diferenças.

Sabemos reconhecer a força daquelas que, no passado, contribuíram para que hoje, nós, mulheres, possamos nos dirigir às fábricas, aos escritórios, às empresas, para uma máquina operadora, escrivaninha ou qualquer outro layout operativo, com o poder de construir, de produzir, de criar, de renovar e, principalmente, de amar.

A mulher é uma força criadora! E aprendeu a se fazer respeitar na sua condição de mulher com a sua postura, com a sua contribuição para o mundo corporativo, conquistando a igualdade diante de uma sociedade eminentemente machista.

Penso que o momento agora é de conquistas internas, onde o autoconhecimento pode levar a mudanças no dia-a-dia das empresas e organizações no que diz respeito ao relacionamento da mulher com a própria mulher.

Um dia unidas pela discriminação e hoje imunes a tantas outras doenças sociais, a mulher pode evoluir no mundo corporativo utilizando sua capacidade, seu poder, sua inteligência para fortalecer a própria empresa, a própria equipe de trabalho, em vez de minar os esforços grupais em detrimento de posições existenciais humilhantes.

Seriam resquícios do tempo em que se sentiram humilhadas? Seria um repasse inconsciente da 'batata quente'? Uma mudança da posição de discriminada para discriminadora? Cada uma poderá refletir e reformular valores internos no que diz respeito à qualidade do relacionamento que se faz presente no ambiente de trabalho neste novo milênio.

Fica o meu convite para que a mulher olhe para o passado e sinta orgulho das conquistas já realizadas ao longo da História; que possa contribuir no presente, para um ambiente mais humano e sadio.

Assim, a mulher poderá dar sua contribuição para que, no futuro, possa ser referenciada no mundo corporativo não só como executiva competente, mas como um ser humano que exerce suas atividades profissionais com dignidade e respeito aos semelhantes.



 
Referência: curriculum.com.br
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