Cartão de crédito - Dicas de como quitar a dívida do seu cartão de crédito
Diante de uma dificuldade financeira, você optou por pagar apenas o valor mínimo
exigido na fatura do seu cartão, financiando o restante. Passados alguns meses,
sua dívida cresceu muito, e agora você já teme perder o controle.
Preocupado, você procura alternativas para quitar a sua dívida. No momento
avalia a possibilidade de levantar um novo empréstimo pessoal, com prazo mais
longo e prestações menores, para pagar integralmente a fatura do seu cartão.
Certamente, esta não é a melhor solução!
Não levante novas dívidas
Levantar uma nova dívida para quitar outra não resolve o problema, muito ao
contrário. Em geral, você acaba optando por alongar o prazo para reduzir o valor
da prestação, o que implica em gastos ainda maiores com juros.
Consolidar várias dívidas em uma única é outra solução que exige cautela, já
que, em muitos casos, as condições oferecidas não são tão vantajosas, ou têm
duração muito limitada, de forma que você não resolve o problema.
Economize onde puder
Mas, então, o que fazer? Abaixo selecionamos algumas dicas simples que podem
ajudá-lo a economizar em suas despesas mensais, o que certamente deve contribuir
para o pagamento da sua dívida.
- Não gaste com supérfluos
Não perca de vista a sua prioridade financeira no momento: pagar
integralmente o saldo devedor do seu cartão. Suas decisões de consumo devem
levar esta meta em consideração. Portanto, nada de comprar roupas ou sapatos
novos, brinquedos para as crianças, CDs novos etc.
Todos esses gastos podem esperar até você pagar a dívida do seu cartão. Aqui
vai uma lembrança: segundo o IBGE, na média nacional brasileira, os gastos
com vestuário, despesas pessoais e diversos respondem por entre 2,30% e
4,68% das despesas totais. Assim, ao reduzi-los pela metade, você cortaria
entre 1,15% e 2,34% das suas despesas.
- Reinvente o seu lazer
O objetivo aqui não é propor que você se tranque em casa e não faça mais
nada até que a sua dívida esteja paga, mas que tenha mais controle na hora
de gastar. Assim, que tal trocar o cinema com amigos, que só em entradas,
pipoca e refrigerante pode custar mais de R$ 40, por um vídeo em casa, que
lhe custará algo como R$ 10 e garante o mesmo divertimento?
O momento é de economizar. Segundo o IBGE, as despesas com recreação
representam 1,97% das despesas totais das famílias brasileiras. Corte-as em
um terço e você terá economizado 0,65% dos seus gastos.
- Corte gastos com telefone
Muitas das despesas que pesam no nosso orçamento hoje em dia não faziam
parte dos gastos das famílias na década de 80. Um exemplo disso são os
gastos com telefone celular . Use o seu telefone de forma consciente: se
você sabe que a pessoa com quem quer falar está em casa, opte por ligar no
telefone fixo. Os custos são bem menores.
- Economize com alimentação
Cortar gastos supérfluos e não essenciais ajuda. Porém, dependendo do
tamanho da sua dívida no cartão, pode não ser suficiente. Assim, é preciso
fazer um esforço para cortar os grandes gastos. E um item que pesa bastante
no orçamento de qualquer família é o gasto com alimentação.
Opte por alimentos frescos da estação, ao invés de congelados. Pesquise
produtos de marcas próprias. Ao invés de pedir pizza para entregar em casa,
o que facilmente lhe custaria R$ 35, com refrigerante incluído, opte por
comprar uma pizza semi-pronta e fazê-la em casa. Desta forma você economiza
quase R$ 25! Faça as contas do número de vezes que pede pizza e veja o
quanto pode economizar.
Os gastos com alimentação respondem por 17,10% das despesas das famílias
brasileiras. Siga as dicas acima, que você facilmente corta estes gastos em
10%.
- Reveja seus gastos com transporte
Tomando como base o levantamento da ANP (Associação Nacional de Petróleo)
quanto ao preço dos combustíveis no País, pode-se verificar que tanto no
caso da gasolina quanto no do álcool há diferença de preços mesmo dentro de
uma mesma cidade como São Paulo e Rio de Janeiro.
Por sua vez, os gastos com transporte das famílias equivalem a 15,19% das
despesas totais. Uma boa pesquisa de preços em postos confiáveis, assim como
o uso mais consciente do seu carro , pode permitir uma boa economia.
Aprenda a usar seu dinheiro
Economizar é apenas parte do problema. Para ser bem-sucedido, você precisa
aprender a tomar decisões mais inteligentes para o seu dinheiro. Quando sair às
compras, faça uma lista e deixe o cartão em casa. Antes de comprar, pergunte-se:
será que eu preciso ou quero isso?
Em caso afirmativo, pague à vista, de preferência em dinheiro. Isso faz com que
você tenha uma consciência maior do gasto, do que a simples assinatura de uma
fatura ou cheque. Não vá ao shopping para "passar tempo". Ao invés disso,
procure outras atividades para ocupar a sua mente: leia um livro, dê um passeio
com o seu cachorro, vá ao parque.
Procure renegociar
Se, mesmo após todos esses cortes, você perceber que não conseguirá quitar a sua
dívida rapidamente, mantenha o plano de redução dos gastos, e entre em contato
com o banco emissor do cartão para tentar uma renegociação da dívida. Agora que
tem uma idéia mais clara das suas despesas e do potencial de economia mensal,
você está mais preparado para renegociar.
Caso tenha acumulado dívidas em mais de um cartão, dê preferência para aquele
cujos juros são mais altos. Mas mantenha o pagamento mínimo do outro cartão em
dia. Após pagar as suas dívidas, cancele o cartão cujos juros são mais altos e
mantenha apenas o outro. No seu caso, que tende a usar o cartão para crédito, é
importante optar pelo cartão que cobra juros mais baixos.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Equipe Infomoney
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