Carreira / Emprego - Iniciativa: como cobrá-la de um membro da equipe?
É bastante comum as empresas trabalharem com um quadro enxuto de
funcionários, o que complica para o líder, que tem papel de delegar. Estes, por
sua vez, acabam assumindo múltiplas tarefas e precisam apresentar resultados
satisfatórios. Mas como garantir que o membro de sua equipe corresponda à sua
expectativa e tenha o grau de iniciativa que você considera ideal para o cargo?
Orientação ao trabalho
Primeiro, é preciso deixar claro que não dá para acertar sempre em um
processo seletivo. É óbvio que existem técnicas que lhe dão maiores chances de
acerto, e que lhe apontam com certa clareza o grau de iniciativa de um
candidato, como no caso de uma dinâmica de grupo.
Mas, como estamos falando de pessoas, o resultado prático pode ser uma boa ou
péssima surpresa. Ou seja, após alguns dias de contratação, o membro da equipe
pode se mostrar muito interessado e sempre pronto a novas tarefas, literalmente
"procurando trabalho", ou pode se colocar numa posição bastante acomodada,
esperando sempre pelo comando de alguém.
Neste caso, é preciso identificar e controlar o problema. Principalmente no
início, o colaborador deve ter o apoio necessário para que conheça melhor a
empresa, o trabalho executado e para quem é destinado, por exemplo. Com estas
informações em mãos, deixe bastante claro, na teoria e na prática, o que você
espera do seu desempenho, o quanto precisa de pessoas ativas e interessadas em
sua equipe.
Desta forma você evita a falta de orientação, um dos maiores problemas para quem
encara um novo emprego. É claro que tudo depende de perfil. Existem funcionários
que, desde o primeiro dia na nova função, agarram a oportunidade e mostram
rapidamente a que vieram. Não tome, porém, esta exceção como regra.
Perfil ou treino?
Mantenha-se próximo ao novo funcionário e, em alguns dias, poderá
identificar com clareza se possui iniciativa ou não. Embora se trate, muitas
vezes, de um perfil, ou seja, o funcionário já tem esta qualidade, não há motivo
para não desenvolvê-la, ou treiná-la.
Para isso será necessário deixar claro, desde o início, o que você espera do
trabalho e qual o ritmo adequado. Estabeleça uma rotina, para que ele possa
zelar por esta manutenção depois.
Como em todas as situações em que há gestão de pessoas, antes de qualquer
avaliação negativa de um funcionário, lembre-se de ser justo o suficiente e
perceber que elementos esta pessoa teve para desenvolver seu trabalho. É claro
que algumas pessoas vêem na dificuldade uma razão a mais para se sair bem em uma
tarefa. Mas, infelizmente, nem todos são assim.
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