A pessoa que
permite que a inferioridade faça parte do seu dia a dia
de trabalho contrai uma espécie de doença que paralisa
suas aspirações e perspectivas. Em contrapartida, aquele
que não se satisfaz com o razoável, com o mais ou menos
e com o bom, e sempre se aplica ao máximo para conseguir
o melhor, apesar dos obstáculos, é um forte candidato a
conquistar o prêmio de em algum momento de sua vida sair
do grupo dos medianos e se deslocar para o grupo dos que
se destacam. São estes que conseguem perceber a
diferença entre o "bom" e o "melhor". São os que não
admitem entregar um trabalho de má qualidade ou cheio de
remendos.
É muito fácil
encontrar pessoas reclamando da sorte e que são
incapazes de ver que a posição que ocuparão amanhã é
consequência direta de como agem hoje. Para se alcançar
o último degrau da escada é necessário pisar antes nos
degraus intermediários. O que se faz hoje, agora, tem o
poder de abrir ou fechar portas.
Não é muito
eficaz ficar esperando que algo de extraordinário
aconteça e torne o mundo colorido. Espertos são os que
captam oportunidades escondidas em trabalhos
aparentemente comuns e sem importância. São muitos os
que não saem do comodismo, que sempre fazem as mesmas
coisas da mesma maneira, que pensam pouco e são quase
que totalmente operacionais, não almejando uma forma de
se diferenciar. Logicamente sair do comodismo requer
coragem para assumir riscos, resistência a vários tipos
de pressão, paciência e disposição, com uma boa dose de
humildade para reconhecer os eventuais erros de
percurso, aprender com eles, além de assumir crises e
pedir socorro.
É triste ver
pessoas que passam os seus dias se lamentando de
salário, reclamando do que "ganham", chorando pela falta
de oportunidades. Raros são os que percebem que existe
algo muito maior que a situação atual, que existe toda
uma carreira, que existe amanhã, enfim, que podem fazer
um algo a mais. Enganam-se aqueles que pensam que a
mentira só é praticada pela boca. Aquele que faz corpo
mole, que faz trabalho remendado, que não se compromete,
que se esconde, também está praticando a mentira.
Por mais simples
que seja uma tarefa, o seu responsável tem a obrigação
de saber no mínimo como e porquê executá-la. Só assim
conseguirá ver além do próprio umbigo, e principalmente,
produzir o "melhor" e não apenas o "bom". Entretanto, se
a pessoa não reconhece que esta obrigação é mais sua do
que dos outros, fica difícil conseguir o melhor.
Finalizando, seria
excelente se as pessoas parassem um pouco e refletissem
a respeito de qual grupo pertencem, ou seja, dos que
fazem somente o que se espera deles, dos que fazem menos
do que se espera deles, ou dos que fazem mais do que
espera deles.