Consumidor - Conta de luz: tarifa social valerá a partir de 28 de fevereiro de 2007
Os consumidores que utilizam pouco a energia elétrica contarão com uma tarifa
diferenciada a partir do dia 28 de fevereiro. A cobrança para as pessoas que não
consomem quantia elevada será reduzida com a " tarifa social".
Segundo a secretária nacional de Renda de Cidadania do Ministério do
Desenvolvimento Social, Rosani Cunha, a tarifa tem como objetivo diminuir a
pobreza e as desigualdades entre os beneficiados com o Bolsa-Família e faz parte
de projetos do Governo.
"Queremos a maior integração do Bolsa-Família com várias políticas que podem
ajudar a reduzir a pobreza e desigualdade. Por exemplo, a cobrança do
Bolsa-Família com atividades de geração de trabalho e renda, com atividades de
desenvolvimento agrário, com políticas de habitação, em especial políticas de
baixa renda e também com a tarifa social de energia".
Quem tem direito
As pessoas que fazem parte do cadastro único e tem consumo de até 220 kWh
poderão contar com a tarifa social. "A partir de 28 de fevereiro vamos trabalhar
com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em todo o País. As famílias
que estão no cadastro único e que têm renda menor que R$ 120 per capita por mês
terão direito à tarifa social de energia".
De acordo com a secretária, os dados acima mostram que a tarifa social será
direcionada para as pessoas de baixa renda.
Reajuste do Bolsa-Família
Outra medida para diminuir a pobreza das pessoas beneficiárias do Bolsa-família
será o reajuste dos valores do programa. O ministério do Desenvolvimento Social
encaminhou proposta de reajuste de revisão de valores entre 4% e 15%, dependendo
da quantia que a família recebe.
Com a proposta aceita, os benefícios básicos (R$ 50) seriam reajustados em 4%,
com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e os benefícios
variáveis - aqueles de R$ 15 por filho matriculado na escola para, no máximo,
três crianças - seriam revistos em 15%. O governo desembolsaria R$ 300 milhões a
mais com os valores.
Propostas
Além da proposta acima, o ministério ainda encaminhou sugestão de reajuste
linear de 15% no programa, com impacto fiscal de R$ 900 milhões e a de 4%, com
base no INPC de alimentos e bebidas, em que os recursos atuais seriam
suficientes.
Outra mudança estudada pelo Governo diz respeito à aprovação dos alunos na
escola. A medida prevê que a quantia seja oferecida à criança. "O jovem tem
ficado na escola. Tem freqüência, mas tem alta taxa de reprovação. O objetivo
com esse mecanismo é que o Bolsa-Família possa ajudar a reduzir a defasagem
entre a idade e a série", disse Rosani
|