Trabalhar em um ambiente barulhento pode ser prejudicial ao desenvolvimento
das atividades. Em contrapartida, um local muito silencioso também pode
incomodar alguns profissionais.
Segundo a psicóloga Eliane Figueiredo, diretora-presidente do Projeto RH,
consultoria especializada em gestão de pessoas, a conversa no ambiente de
trabalho pode ajudar na integração da equipe e tornar o trabalho menos
estressante. Mas é fundamental que exista um limite.
“O limite é tênue. É importante ter bom senso. O profissional não pode achar
que está em uma happy hour. Existem horários mais adequados, como no momento de
tomar um café. As conversas também são comuns na segunda-feira, devido ao final
de semana, ou na volta do almoço”, diz.
Papel do gestor
Já a headhunter da Global Network Soluções em Carreira, Rossana Ercole,
acrescenta que o limite de conversa no trabalho deve ser estipulado pelo líder.
“Não existe um limite certo. Ele é determinado pela empresa. É possível perceber
se o profissional é "tagarela” no processo seletivo. Geralmente, os gestores têm
problemas relacionados à conversa com equipes mais jovens e imaturas”, explica.
De acordo com a especialista, a conversa é considerada prejudicial, quando o
rendimento da equipe diminui ou os profissionais deixam de executar suas
tarefas. Por isso, assuntos como religião, política e futebol têm de ser
evitados, já que geram discussão e desconcentram as pessoas.
Disposição da equipe
Para incentivar ou inibir a conversa no ambiente de trabalho, Elaine explica
que as empresas analisam a disposição dos funcionários nos espaços.
Esta escolha pode estar relacionada com a área em que o profissional atua,
por exemplo, no comercial e no marketing, departamentos em que as pessoas ficam
mais próximas, para poderem trocar mais informações. Já na área financeira, em
que há necessidade de mais concentração, os profissionais ficam mais distantes.
Se, mesmo com a interferência da empresa ou do gestor, a conversa incomodar,
é aconselhável que a pessoa peça ao seu colega de trabalho falar mais baixo ou
procurá-lo para conversar em outra hora. "Se for necessário, é importante alertar, mas sempre com educação", finaliza Elaine.