Carreira / Emprego - Como vencer a desmotivação gerencial
Como eliminar a desmotivação? Temos duas questões a resolver. A primeira é
existencial e deveria ser: "Esse cargo me interessa e a remuneração está
compatível com minhas atribuições e potencialidades?". A segunda está
condicionada a resolução da questão anterior: "Como me tornar responsável e
engajado não só nas minhas atribuições como também nas definições da alta
direção da organização?".
Para uma situação como essa as seguintes posturas são recomendáveis:
a) Assumir que poder não se espera, se conquista. O poder no caso da
esfera gerencial está em como fazer e permanecer com o direito de continuar
fazendo. Margaret Thatcher sublinhou essa postura com a seguinte frase: "Estar
no poder ou na liderança é como ser uma dama. Se tiver que lembrar às pessoas
que você é, você não é";
b) Nunca negligenciar sua importância na organização. Os objetivos
globais dependem da visão prospectiva e do espaço de atuação. Você pode e deve
fazer a diferença.
Com relação à primeira postura, vale lembrar que cinco pontos devem ser
considerados:
1) É fundamental estender os limites um pouco além do falado;
2) Procurar não errar, mas se acontecer deve ser por excesso nunca por
omissão. O bom empresário prefere o gerente que extrapola ao que se omite;
3) "Quem pode mais, pode menos"; não deixar que os eventuais subordinados
se omitam, mesmo que seja preciso agir em seu lugar, e depois acionar mecanismos
de cobrança e reciclagem ao desenvolvimento;
4) Qualquer problema é de quem o vê e não de quem burocraticamente é tido
como único responsável. O importante é a solução ter sido encontrada.
Suscetibilidades feridas são mais lucrativas do que rombos de mercado;
5) Mais responsabilidade pode significar mais salário, assunto certo de
uma negociação posterior.
Alguns lembretes:
- Criar objetivos. Na falta de objetivos claros da organização, é importante
criar os próprios e torná-los públicos. Ter de negociar objetivos com os
dirigentes é mais ético do que dizer que os objetivos não existem;
- Divulgar os objetivos. Toda hora é hora de propor objetivos, para isso
qualquer canal é canal. Desde o cafezinho, elevador, reunião, telefone, e-mail
ou audiência especial;
- Ser flexível. Voltar atrás, reconsiderar e acertar é nobre, enquanto manter a
posição e errar é burrice.
- Ser um líder servidor. Adotar como objetivo permanente a evolução e a dos
subordinados. Sempre haverá alguém, por mais humilde que seja, que ensinará
algo. Estar sempre preparado para aprender, segundo Jack Welch para aprimorar o
papel de líder servidor: "Ser líder é ajudar outras pessoas a crescer e a
alcançar o sucesso";
- Desmotivação nunca mais. A palavra desmotivação deve ser riscada do
dicionário. É importante ressaltar que no momento de crise o bom gerente é o que
cria do nada, o que encontra objetivos no ambiente quase imobilista, o que
consegue movimentar as engrenagens mesmo quando estão emperradas por forças
antagônicas.
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