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Investimentos / Fundos - Títulos de renda fixa, como funcionam  

Data: 21/10/2008

 
 

Todos os investidores, mesmo os mais agressivos, não devem deixar de investir pelo menos uma parte de seu dinheiro no mercado de renda fixa. Esta afirmação, a princípio, pode soar um tanto conservadora, apesar de que não há mal nenhum em ser um investidor conservador. Contudo, na hora de investir, uma regra fundamental das finanças não pode deixar de ser observada, mesmo por aqueles que se dispõem a correr altos riscos para auferir lucros significativos: a diversificação reduz os riscos dos investimentos.

Na prática, o que isto quer dizer? Quer dizer que o investidor deve “dividir” seu dinheiro em partes, alocando cada uma delas em aplicações distintas. Por exemplo, 20% em ações de empresas, 10% na caderneta de poupança, 30% em títulos de renda fixa, 25% em previdência privada e 15% em imóveis.

E por que tal diversificação reduz riscos? Simples: se a cotação das ações de empresas baixar, as perdas são compensadas com a rentabilidade das outras aplicações, que não necessariamente acompanham o movimento das ações. Entendeu?

Os títulos de renda fixa, apesar da baixa rentabilidade (na maioria dos casos, entre 6% e 10% ao ano), são pouco suscetíveis à volatilidade dos mercados. Por isso mesmo que não devem ficar fora da composição do um portfólio de investimentos, independente do perfil do investidor.

Saiba tudo, neste artigo, como funcionam os principais títulos de investimento em renda fixa.

O que você precisa saber

Títulos de renda fixa são aplicações financeiras cuja rentabilidade pode ser determinada previamente ou segue taxas conhecidas no mercado financeiro. O conjunto destas aplicações compõem o chamado mercado de renda fixa.

Na visão dos investidores, estas aplicações podem ser encaradas como um depósito bancário: empresta-se dinheiro e, em troca, recebe-se o valor emprestado acrescido de juros.

Por se tratar de um investimento de baixo risco, os títulos de renda fixa são extremamente populares no Brasil. Quem nunca ouviu falar em CDB’s ou depósitos à prazo, não é mesmo? Juntamente com os títulos de capitalização, estas aplicações são as campeãs de publicidade nas agências bancárias em todo o Brasil.

Os títulos de renda fixa são classificados em dois grupos, de acordo com a sua rentabilidade.

  • Títulos pré-fixados: a rentabilidade é conhecida no ato da aplicação (o investidor já sabe quanto a aplicação irá render, dentro do prazo estabelecido);
     
  • Títulos pós-fixados: a rentabilidade conhecida somente no final da aplicação, pois é atrelada a variação de algum índice ou taxa de juros.
Pré ou pós-fixados: eis a questão?
 
Qual o melhor investimento em renda fixa: pré-fixado ou pós-fixado? Essa questão deve ser respondida considerando, como já foi dito, a projeção das taxas de juros e da inflação (conforme a indexação de seu título).

Se a tendência destes indicadores é de crescimento, os títulos pós-fixados valem mais a pena, pois sua rentabilidade também cresce, ao passo que os pré-fixados permanecem inertes; mas se a tendência é de redução, as aplicações pré-fixadas são as mais indicadas.

Além da rentabilidade, os títulos do mercado de renda fixa são classificados de acordo com o seu emissor, que pode ser o governo (que emite os famosos títulos da dívida pública) e o setor privado (instituições financeiras e empresas de capital aberto).

Fundos de investimentos
 
Uma boa opção para quem quer reduzir riscos de investimentos, ou não tem muita experiência na função, são os fundos de investimentos.

Os fundos funcionam como um “clube”, cujo patrimônio é composto por centenas, às vezes milhares de sócios (os investidores). Os fundos necessariamente têm um gestor, que aplica o dinheiro em títulos do mercado de renda fixa. É muito comum que esse gestor seja, por exemplo, um banco.

As vantagens de aderir? Sabe aquela regrinha da diversificação de que falamos anteriormente? O fundo faz isso para você. Sem contar que o fundo pode investir em títulos que, sozinho, um investidor jamais conseguiria aplicar (pela exigência mínima de capital).

E, como nada é perfeito, os fundos cobram uma “taxa de administração” sobre a rentabilidade, em geral de 1 a 4%. Mas nem por isso deixam de ser uma boa opção.

Títulos da dívida pública

Os títulos do mercado de renda fixa emitidos pelo setor público são conhecidos como títulos da dívida pública. Sabe por quê? Porque assim como empresas e bancos, o governo se endivida emitindo papéis para financiar projetos e cobrir despesas operacionais, inclusive a dívida externa.

O governo se utiliza deste artifício para exercer a política monetária: controlar a inflação e as taxas de juros aos consumidores. A emissão de papéis é uma prática comum e freqüente, sobretudo na esfera federal do poder público. Os títulos públicos são normalmente investimentos com risco mínimo e, por isso, muitos bancos privados investem grandes quantias nesses papéis.

Veja abaixo a lista de opções de títulos de renda fixa que o investidor tem à disposição para aplicar o seu dinheiro.

  • Títulos federais: as únicas instituições públicas federais que emitem papéis são o Banco Central e o Tesouro Nacional. O Bacen emite três deles: Bônus do Banco Central (BBC), Letras do Banco Central (LBC) e Nota do Banco Central (NBC). O Tesouro Nacional, por sua vez, também emite três títulos: as Notas do Tesouro Nacional (NTN), com rentabilidade pós-fixada de longo prazo (até 30 anos); as Letras do Tesouro Nacional (LTN), títulos de curto prazo com taxas pré-fixadas (o comprador adquire o papel com deságio e, ao final da aplicação, recebe R$ 1.000,00); e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), de médio e longo prazos com rentabilidade indexada à Taxa Selic.
     
  • Títulos estaduais e municipais: Estados e municípios, para antecipar receita para a execução de projetos, também podem emitir títulos (neste caso chamados de Obrigações e Apólices Estaduais e Municipais). Normalmente, os juros são indexados à taxa Selic ou à TR. É claro, tudo tem de estar previamente aprovado pelo Senado Federal.
Sem escapatória

Emprestar dinheiro ao governo, infelizmente, não traz qualquer tipo de benefício tributário.

Sobre a rentabilidade de todos os títulos títulos públicos, sejam eles federais ou estaduais, assim como na grande maioria das aplicações financeiras, há incidência de IR (pela tabela regressiva), de de IOF (caso o resgate seja feito antes de 30 dias), além, é claro, da CPMF.

E para aplicar em títulos públicos, o investidor tem de ir até uma das instituições financeiras habilitadas pelo Tesouro para tais operações operação, ou pode se utilizar da internet - através do Tesouro Direto (um sistema eletrônico desenvolvido pelo Tesouro Nacional). Em ambos os casos, a aplicação é concretizada após o pagamento de um boleto bancário, quitado em qualquer agência bancária ou por internet banking.

É importante saber que há limites mínimos e máximos (R$ 200,00 e R$ 200 mil por mês, respectivamente) por CPF, para aplicar em títulos públicos.

Títulos do setor privado

O investidor, se preferir, pode aplicar seu dinheiro em títulos de renda fixa do setor privado, emitidos por empresas de capital aberto e por bancos. Estes papéis são mais arriscados do que os títulos da dívida pública (considerados “livres de risco”), em compensação remuneram melhor seus detentores. Veja abaixo.

  • Certificado de Depósito Bancário (CDB) - Os CDB’s, também conhecidos como depósitos à prazo, são uma das aplicações mais populares neste mercado. O investidor, na prática, está emprestando dinheiro aos bancos. Ademais, podem ser pré-fixados ou pós-fixados. Como toda a aplicação financeira, o risco existe (neste caso é de que a instituição vá a falência). Contudo, os CDB’s são protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), no limite de R$ 20 mil por CPF. Seus prazos variam entre 30 e 180 dias, contudo, o investidor pode sacar seu dinheiro em qualquer momento. Os bancos também possuem o RDB (Recibo de Depósito Bancário), aplicação muito semelhante ao CDB, mas com a diferença que não é possível o resgate antecipado.
  • Letras Hipotecárias (LH’s) - As letras hipotecárias são instrumentos de captação de recursos utilizados por bancos, para o financiamento de linhas de crédito imobiliário. A Caixa Econômica Federal (CEF) é uma das instituições que mais emitem estes papéis. Os juros das LH’s podem ser pré-fixado ou pós-fixados (atrelados à TR ou à TJPL), sendo que os prazos das aplicações variam de 180 dias a 24 meses. Sua rentabilidade é ajustada por um índice inflacionário ou pela variação do CDI (certificado de depósito interbancário). As LH’s, contudo, possuem dois inconvenientes: não podem ser resgatadas antes do término do prazo da aplicação e, em geral, exigem investimentos vultosos.
  • Debêntures - As debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas de capital aberto, de médio e longo prazo. Funcionam da mesma forma que um CDB: é um empréstimo dinheiro, sobre o qual cobram-se juros. Os detentores de debêntures, portanto, não são acionistas da empresa, e sim credores. Esses papéis são usados pelas empresas para alavancar recursos para investimentos determinados.
    Sua rentabilidade é composta por duas partes: uma reflete a própria valorização do título, enquanto outra reflete a percepção de risco da empresa (que definem os juros que remuneração a aplicação).
    E por se tratar pura e simplesmente de um empréstimo, as debêntures são acompanhadas de garantias ao investidor. Basicamente são quatro tipos: garantia real, em que o investimento é garantido por um ativo da empresa emissora que não pode ser negociado; garantia flutuante, em que o investimento é garantido por um ativo da empresa, mas que pode ser negociado; garantia subordinada, em que os investidores só tem prioridade de recebimento em relação aos acionistas; e garantia sem preferência, em que não há garantia efetiva do investimento.
    As debêntures, podem ainda, ser contratadas com uma cláusula de opção de conversão das mesmas em ações da empresa, quando da realização dos ganhos. Mas trata-se de uma opção e não um obrigatoriedade.
  • Commercial papers - Os commercial papers, assim como as debêntures, são títulos de dívida em que o detentor é um credor, e não um acionista. Aplicações de curto prazo (variam de 30 a 360 dias), podem ser emitidos tanto por empresas de capital aberto quanto por instituições financeiras.
    A rentabilidade dos commercial papers é definida por juros, que refletem a percepção de risco da instituição emissora no mercado, que podem ser pré ou pós-fixados (neste caso, lastreado em algum indicador econômico). Há também opções de commercial papers em dólares.

Bom, agora resta apenas entrar em contato com seu gerente e escolher qual o melhor investimento do mercado de renda fixa para você.



 
Referência: hsw.com.br
Autor: Celso Monteiro
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