Motivação - Só porque você dança bem?
Você é competente naquilo que faz, mas por alguma razão outras pessoas são
escolhidas em seu lugar? Você conhece seu produto melhor do que qualquer outro,
mas vendedores aparentemente inexperientes vendem muito mais? Sua empresa, ou
departamento, está implantando novas estratégias e táticas administrativas, mas
uma concorrente, aparentemente menos organizada e frágil, está tomando o mercado
e sendo muito mais bem sucedida?
Talvez seu problema seja o de estar confundindo ficção com realidade. Na ficção
que nos contaram, o importante eram as coisas, estratégias, sistemas, produtos,
planilhas, crenças. Na realidade, o importante são as pessoas.
Não existe nada sem pessoas.
Não existem vendas – portanto, não existe economia de mercado – não existem
casamentos, não existem famílias e, para ser franco, não existe sequer
civilização.
Tudo o que você faz, começa e termina em pessoas. Se você tivesse que passar o
resto da sua vida com todas as riquezas do universo... sozinho em uma ilha
deserta, de que valeria qualquer sucesso?
Você – e eu – precisamos compartilhar o tempo, a vida e as experiências com
outras pessoas.
Empresas que se esquecem deste fator, se concentrando somente no balanço do
trimestre, acabam soterradas por guerrilheiros dos negócios ou sabotadas por
inúmeros funcionários descontentes que, na melhor das hipóteses, entram em
"operação padrão".
Você pode ser genial, mas as pessoas gostam de trabalhar com você? (Eu não
perguntei se elas gostam de passear com você. Isso é fácil. Perguntei se elas
gostam de trabalhar com você). Seus chefes, subordinados e colegas confiam em
você como profissional e gostam de trabalhar com você? Se apenas uma dessas
perguntas tiver como resposta "não", você ficará abaixo de onde pode chegar.
Se não gostam de estar com você, se notam que você as vê somente como um
instrumento (para gerar vendas, por exemplo), o primeiro vendedor "amigo" que
aparecer vai tomar seu cliente. Para sempre. Seus funcionários vêem você como um
líder, ou como um analista, que corta pessoal sem se preocupar com a "moral" das
tropas. Alguém em quem não podem confiar?
Agora, deixe-me esclarecer um ponto. Isso não significa que você deva ser
"amigo" de todos, ou um bajulador. Seja você mesmo. Sempre. Dá menos trabalho!
Faça o que tem que ser feito. Mas, se você não é parte da solução na empresa, na
família, no romance, no clube ou na sociedade, então você é parte do problema. E
se este é seu caso, cuidado: problemas não são convidados para subir na empresa.
Problemas não são bem vindos no casamento. Problemas não são eleitos. Problemas
são e-v-i-t-a-d-o-s, mesmo que inconscientemente.
Seja a solução, concentrando-se nas pessoas. O que elas realmente buscam? Do que
precisam? O que querem?
Você deve buscar a competência técnica, claro. Mas não precisa ser perfeito como
um robô, porque somente pessoas avançam. Robôs a gente constrói, ou desliga. E o
único modo de pessoas avançarem com lastro duradouro é quando são apoiadas por
outras pessoas. Você é apoiado por outras pessoas?
Em outras palavras, depois da sua competência técnica, seus relacionamentos são
a fonte mais importante para o seu futuro, em todos os níveis. Seja na carreira,
na família ou na sociedade. Por isso, lembre-se do que disse Michael Leboeuf: só
porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para o baile. E o
baile da vida é bem curto. Curto demais. Não espere a última música para
entender isso. Tudo começa, e termina, nas pessoas.
Aldo Novak
Referência:
clientesa.com.br
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