Consumidor - Consumidor que não tem controle deve abandonar os hábitos prejudiciais
Comprar por impulso é uma questão psicológica ou do fácil
acesso ao crédito? A discussão não é nada simples. Afinal, há quem assegure -
psicólogos e consultores - que ambas opções possuem fundamentos fortes.
Segundo o consultor de dívidas Emanuel Gonçalves da Silva, da SOS Dívidas, o
problema da compra por compulsão é mais sério do que se imagina. "O consumidor
compulsivo não é uma lenda ou motivo de brincadeira", pondera.
Sobre a afirmação de que as compras por compulsão refletem uma patologia do
consumidor, Silva acredita em uma generalização equivocada. "Quero ver alguém
sem crédito e dinheiro na mão ser compulsivo, a não ser que ele vendesse tudo
que tem e não tem para comprar outras coisas".
Além disto, o consultor faz questão de ressaltar que o endividamento não é
peculiar de um determinado grupo de pessoas. Pelo contrário, há milhões de
pessoas que consomem o que podem e o que não podem, de todas as profissões e
classes, inclusive psicólogos.
É preciso esforço
Mudar a aparente eterna condição de devedor não é tarefa fácil, mas mudar os
hábitos e controlar os gastos é perfeitamente possível e exige bastante
disciplina. Silva elenca determinadas atitudes que devem ser abandonadas de vez
por pessoas que enfrentam o problema.
A primeira delas é andar com o talão de cheques. O melhor é carregar apenas o
número de folhas necessárias para determinada compra já planejada, e,
obviamente, necessária. O mesmo vale para os cartões de crédito. Nada de
levá-los a qualquer canto.
Já que cheque e cartão está proibido, carregar dinheiro na carteira está
liberado, mas o mínimo necessário. Fique longe da tentação: shoppings,
supermercados, festas. A empolgação fatalmente leva muitos a consumir sem
qualquer necessidade.
As dicas são simples, mas aprender o que não deve ser feito e incorporar tudo no
seu dia-a-dia irá exigir muita força de vontade, mas o resultado, sem dúvida
alguma, valerá a pena.
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