Comprar um imóvel requer ir além das dicas de cuidados a serem adotados na
hora da escolha da unidade, financiamento e contrato. A decisão é tão importante
que exige até uma certa capacidade de prever o futuro: do salário que o
comprador terá nos próximos anos ao tamanho da família.
“Pensar no futuro é fundamental para escolher uma moradia que atenda à
necessidade da família nas próximas fases”, afirmou, por meio de nota, o diretor
da Daniel & Figueiredo Consultores Associados, empresa especializada em
avaliações, perícias de engenharia e estudos de patrimônio, Flavio Figueiredo.
“A realidade mostra que o tempo passa rápido e, por isso, é indispensável
encontrar, desde cedo, um bom destino para os investimentos”, disse. Segundo
ele, de maneira geral, as pessoas se atêm a sua necessidade atual na hora de
escolher um imóvel. E o perfil familiar, na avaliação de Figueiredo, deve
interferir na decisão de compra.
Prevendo o futuro
Para não se arrepender mais tarde ou ter de planejar uma nova aquisição, na
avaliação do especialista, é preciso vislumbrar como ficará sua vida nos
próximos cinco ou mesmo dez anos, antes de decidir comprar determinado imóvel.
A tarefa não é fácil, mas, segundo Figueiredo, é preciso começar por alguns
questionamentos: em três anos, estarei casado? Terei filhos? Por quanto tempo
pretendo ficar no imóvel? Ele atenderá a minhas expectativas? A escolha do
imóvel dependerá das respostas dessas perguntas.
Para o especialista, com elas em mãos, é preciso avaliar se o tamanho do imóvel,
sua localização, número de vagas e de cômodos atendem a esse planejamento. Dessa
forma, se pretende ter filhos, ainda que não seja agora, procure por um imóvel
maior, com mais dormitórios, banheiros e vagas na garagem.
Esses detalhes estruturais da família ajudam a aumentar o tempo útil do imóvel
e, por consequência, evitam futuras trocas. “É necessário evitar decisões sem
olhar alguns anos à frente, já que a aquisição de um imóvel exige planejamento e
boa dose de estratégia”, afirmou Figueiredo. “Como em toda a relação de consumo,
é preciso cautela, sobretudo em casos que envolvem grandes investimentos”,
completou.