Gastar mais do que ganha é o motivo número 1 a levar as
pessoas à ruína financeira. Quem faz isso por períodos prolongados de tempo
algum dia ficará sem dinheiro - e a regra vale tanto para quem ganha um salário
mínimo quanto para quem fatura milhões. Mas a verdade que há muitos outros
jeitos de quebrar. Veja abaixo uma lista elaborada pelo site Investopedia.com
com as nove formas mais comuns de ir à falência:
1 - Ter diversos cartões de crédito: Uma das principais
causas de endividamento excessivo dos consumidores é o abuso com o cartão. As
vantagens de ter um plástico na carteira são imensas. Prazos de até 40 dias para
pagar as contas, possibilidade de parcelar compras sem juros e facilidades para
a compra de ingressos estão entre as principais. É justamente com o objetivo de
obter descontos e facilidades exclusivas para portadores que muita gente decide
contratar diversos cartões. Esse, no entanto, é um atalho para a falência. Ter
diversos cartões pode levá-lo a comprar bens e contratar serviços que não
estariam a sua disposição caso você tivesse apenas um cartão. Além disso, ao
contratar diversos cartões, você passará a receber várias faturas diferentes.
Dessa forma, será muito mais fácil perder o controle do volume total de gastos (
clique aqui e veja a melhor forma de usar o cartão de crédito).
2 - Pagar dívidas com o cartão de crédito: Muita gente que se
endivida demais em breve se vê obrigado a usar o crédito rotativo do cartão ou o
limite do cheque especial para não ficar inadimplente. Essa é, no entanto, a
pior decisão que uma pessoa pode tomar. Se uma dívida se tornou impagável, muito
provavelmente não serão essas duas linhas de crédito que vão tirar o devedor do
sufoco, Principalmente considerando que ambas cobram juros próximos a 10% ao
mês. Então só troque uma dívida por outra caso a nova taxa seja inferior à
atual.
3 - Comprar uma casa grande demais ou diversos imóveis: Ao
escolher uma casa para viver, saiba quem não necessariamente a maior é a melhor.
As prestações do crédito imobiliário, os impostos sobre a propriedade, despesas
com manutenção e gastos com serviços públicos vão comprometer boa parte o
orçamento mensal de uma família. Além disso, há sistemas de amortização do
financiamento imobiliário - como a tabela Price - que preveem prestações
crescentes ao longo do tempo. Essas armadilhas levam muita gente a perder o
controle sobre a dívida - e acabar com a casa retomada pelo banco perdendo boa
parte do dinheiro já desembolsado. Ter mania de grandeza na hora de escolher
imóveis já levou até mesmo milionários à falência. Entre eles, estão o cantor
Michael Jackson ou o ator americano Nicolas Cage (
clique aqui e conheça os erros de Cage).
4 - Colocar todos os ovos em uma cesta só: Investir todo o
dinheiro em uma única aplicação de risco - seja uma empresa da bolsa, um negócio
ou um imóvel - é um dos principais motivos para a ruína das pessoas. Se todo seu
portfólio de investimentos está concentrados em ações de empresas aéreas, por
exemplo, uma eventual greve de aeronautas pode lhe causar um enorme prejuízo.
Portanto, é recomendável sempre diversificar a carteira de investimentos como
forma de mitigar os riscos. E não adianta distribuir o dinheiro entre ações da
Petrobras, Vale e siderúrgicas. Se a economia global continuar a passar por maus
bocados, todas as empresas produtoras de commodities tendem a ser bem
prejudicadas. Uma diversificação bem-feita tem que levar em consideração esse
tipo de risco específico de cada ação. Um jeito inteligente de diversificar o
portfólio acessível mesmo para investidores inexperientes inclui a compra de
fundos de índices de ações (
clique aqui e entenda como funcionam esses investimentos).
5 - Viver sem uma reserva para emergências:
Alguém que gasta todo o dinheiro que ganha vive de uma forma tão arriscada
quanto praticantes de esportes radicais. Se algum dia essa pessoa perder o
emprego ou a fonte de renda, poderá ficar também sem o imóvel que ainda não foi
quitado e terá de aprender a conviver com uma súbita e drástica redução no
padrão de vida. Em geral, especialistas em finanças pessoais recomendam que as
pessoas guardem o equivalente a três a seis meses o valor da renda mensal para
eventuais emergências. Caso a pessoa tenha uma renda mais inconstante - como
freelancers, consultores ou artistas, por exemplo - é necessário constituir uma
reserva ainda maior para os períodos de vacas magras.
6 - Ignorar a possibilidade de furto de seus dados pessoais:
Nos Estados Unidos, cerca de 10 milhões de pessoas têm informações pessoais
roubadas a cada ano. Esses dados podem ser utilizados para sacar todo o dinheiro
que você guarda no banco, para tomada de empréstimos em seu nome ou para a
realização de pagamentos eletrônicos. Não digitar senhas e outras informações
importantes em computadores de terceiros, evitar incluir dados pessoais em
falsos e-mails de empresas quee solicitam seu recadastramento e não abrir
arquivos executáveis que eventualmente chegam a sua caixa de mensagens são
alguns dos cuidados a serem tomados (
clique aqui e veja como evitar o furto de senhas e a clonagem de
seu cartão).
7 - Divorciar-se: Separar-se do cônjuge, para muita gente,
implica em abrir mão de metade dos bens acumulados durante a vida (em caso de
comunhão total de bens) ou após o casamento (em caso de comunhão parcial). Se
você não quer ter prejuízo financeiro em caso de fracasso no matrimônio, é
necessário estabelecer em um contrato antenupcial o regime de separação dos
bens. Nesse caso, o outro cônjuge só terá direito a reclamar parte de seus bens
caso você morra. Se houver divórcio, o regime de separação de bens garantirá a
integridade de seu patrimônio. Segundo a atual jurisprudência, haverá divisão de
bens apenas na hipótese de casamentos que duram várias décadas e quando um dos
cônjuges comprova passar por um momento de dificuldades financeiras. Nesse caso,
a Justiça poderá decidir que você deve ajudá-lo.
8 - Fugir das dificuldades financeiras: Se suas dívidas
começam a aumentar, muitas delas deixam de ser pagas e alguma empresa ou banco
que lhe concedeu crédito tenta entrar em contato, não é hora de fugir. O melhor
a fazer é explicar a situação financeira em que você se encontra, expor os
motivos que o levaram à inadimplência e tentar renegociar parte dos débitos.
Muitas vezes será possível conseguir a redução dos juros ou o alongamento dos
prazos de pagamentos, o que poderá lhe dar tempo para organizar as finanças.
9 - Adotar estratégias arriscadas na bolsa: Na crise de
2008, muita gente ganhou dinheiro ao apostar na queda das ações. O que esses
investidores faziam era alugar ações de outros e as vender imediatamente com a
expectativa de recomprá-las por um preço menor no futuro - com lucro. O problema
é que essas operações - conhecidas como short-selling nos Estados Unidos e venda
a descoberto no Brasil - costumam ter uma relação entre risco e retorno
desproporcional. Ao comprar uma ação e apostar em sua alta, o máximo de dinheiro
que alguém vai perder é o do próprio valor do papel. No entanto, nas vendas a
descoberto, não há limites de perda, já que a ação pode subir indefinidamente. O
melhor jeito de evitar o risco de quebrar com o operações de short-selling é não
fazê-las.