Consumidor - Remédio com desconto? Veja se a promoção é verdadeira e não perca dinheiro
A cada R$ 100 que o brasileiro ganha, R$ 10 vão para contas de saúde e
cuidados pessoais, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal
(IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dessa maneira, qualquer possibilidade
de economia é muito bem-vinda ao consumidor: afinal, é de pouco em pouco que se
economiza muito.
Diante desse cenário, faixas em farmácias informando a venda de remédios com 50%
de desconto - sem interrupção durante o ano - são um chamariz para consumidores
desavisados. Antes de se render à possibilidade de economia, tome alguns
cuidados.
O que é x o que parece
Não que todos os comércios façam isso, mas a prática requer atenção: não é muito
difícil que uma drogaria superfature um remédio e aplique o abatimento anunciado
em cima de um valor irreal. Por exemplo: determinada fórmula precisa ser vendida
a R$ 20, como forma de garantir a margem de lucro do comércio.
Ocorre que o local pode determinar o preço oficial daquela medicação em R$ 40, e
anunciar que o cliente pode obtê-la com 50% de desconto. Em outras palavras, ela
cobra os R$ 20 iniciais.
Atenção à tabela
A Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABC Farma) envia às drogarias
uma revista com a lista de preço dos medicamentos. A mais atualizada deste ano,
de número 192, data de agosto. Nela, constam os preços máximos ao distribuidor e
ao consumidor. Dentro do limite de valor a ser cobrado, a empresa pode impor
variações, de acordo com sua promoção - mais jamais cobrar um preço superior ao
estipulado.
Dificilmente um comércio ultrapassará essa linha, mas analisando a cobrança
empregada ao revendedor, o cliente pode questionar o valor imposto a si próprio.
Pesquisando
Antes de se render ao desconto, portanto, o mais indicado a se fazer é pesquisar
o preço da mesma fórmula em outras farmácias. Dessa maneira, além de encontrar a
melhor opção, é possível também saber se existe uma variação muito grande no
preço.
Optar por alternativas também pode render uma boa economia. Pesquisa feita pelo
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que
medicamentos-referência, conhecidos como "de marca", têm preço mais de duas
vezes maior do que o dos genéricos. E quando são comparados os similares com os
remédios sem-marca, a economia é de, na média, de 10%.
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