Quando o mercado entra em tendência de baixa, assim como verificado neste
ano, muitos investidores, em especial os individuais, optam pela realização de
lucros ou até mesmo se desfazem de posições com prejuízo.
Entretanto, com o advento dos minicontratos, criou-se uma boa ferramenta para o
investidor minimizar as perdas, defendendo-se da queda do benchmark.
Essa forma de proteger as aplicações, ou seja, a estratégia de hedge, explanada
por Gustavo Lobo, instrutor da Uniinvest, consiste em montar uma posição em
minicontratos de Ibovespa com base em sua posição acionária no mercado à vista.
Estratégia de hedge
Ao identificar sinais de uma correção por parte do índice, que podem ser
verificados, por exemplo, via o instrumental de análise técnica, o investidor
entra "vendido" no míni índice futuro do Ibovespa, fundamentado no tamanho da
sua posição acionária.
Com a operação, ressalta Lobo, a queda prejudicará a carteira no mercado à
vista, porém, no mercado futuro, os lucros serão também significativos, dada a
queda no valor do minicontrato, no qual o investidor está vendido.
Para o cálculo do número de contratos a serem adquiridos, Lobo indica o
investidor a pegar o valor financeiro da posição acionária e dividir pelo valor
do índice multiplicado pelo valor do minicontrato, no caso, o Ibovespa.
Os riscos
O instrutor da Uniinvest alerta para os potencias riscos deste mercado.
Segundo Lobo, a volatilidade é muito maior quando comparado ao mercado à vista,
o que exige muita atenção.
O cuidado deverá ser redobrado quando se operar alavancado, já que uma reversão
da tendência prévia pode culminar em fortes prejuízos, que deverão ser arcados
com os órgãos responsáveis.
Além disso, é imprescindível o investidor acompanhar de perto o movimento do
mercado e ter uma análise muito bem fundamentada, já que falsos movimentos podem
esbarrar na margem de garantia.