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Finanças pessoais - De geração para geração: riqueza só se mantém com investimento intelectual 

Data: 08/10/2007

 
 
Depois de muito trabalho e esforço, você pára e pensa como o patrimônio financeiro da sua família será mantido. Quem ergueu toda uma fortuna não consegue sequer imaginar, depois de tanto suor, em perdê-la.

Apesar de esse risco existir, certas atitudes podem minimizá-lo. Um pai presente, por exemplo, tem mais chances de despertar o interesse do filho pelo trabalho que realiza. Com isso, em caso de imprevistos, fica mais fácil ser substituído no negócio da família pelo herdeiro.

Segundo James E. Hughes Jr., no livro Riqueza Familiar: Como manter o patrimônio por gerações (Editora Saraiva), para que a riqueza financeira perpetue, o planejamento no longo prazo deve levar em consideração, a cada nova geração, o aprimoramento do patrimônio intelectual e humano.

De que forma?
Para que isso aconteça, é preciso que o líder da família mantenha um modo de pensar mais humano, planejando como os parentes poderão servir para perpetuar o patrimônio familiar. A riqueza gerada deve ser usada para investimentos em conhecimento, mas sempre pensando no longo prazo.

"A habilidade de uma família de permanecer em um negócio por muito tempo, sempre se reduz a um excelente planejamento sucessório a longo prazo, independentemente do quanto essa família seja bem sucedida", diz Hughes no livro.

O autor ainda afirma que a família que considera a melhoria de vida de seus membros como uma empreitada descobre a melhor forma de preservação que existe.

Reflexões
Hughes ainda propõe reflexões no livro, para que a família pense se está no caminho certo, quando o assunto é a preservação do patrimônio, planejado a longo prazo. Veja-as abaixo:
  • A preservação do patrimônio da família é uma questão de comportamento humano: como já dito acima, um pai ausente não estimulará o filho a participar dos negócios!
     
  • A conservação dos bens é um processo dinâmico de governo ou atividade em grupo que deve ser revitalizado em cada geração, para que se neutralize a ameaça de uma entropia: é preciso determinar quem será o líder, sem que isso afete as relações entre os familiares, para que não gere uma desordem.
     
  • Os bens de uma família são seus elementos: qualquer família que gaste 70% a 80% de seu tempo com passivos logo se afundará. Quem tem consciência disso gasta de 70% a 80% de seu tempo investindo em valores humanos. O gasto com impostos não é maior do que com um membro mal-instruído.
     
  • A riqueza de uma família consiste no capital humano e intelectual de seus membros, sendo que o capital financeiro sustenta o crescimento destes dois tópicos: é preciso usar a riqueza para aumentar o conhecimento das novas gerações, para prepará-las!
     
  • Para preservar o patrimônio, é preciso fazer um pacto entre os membros que reflita os valores de família: se os membros não se sentem como parte de uma família, provavelmente não produzirão e não se aplicarão para que ela se perpetue com saúde financeira.
     
  • Para preservar o patrimônio, a família deve ainda concordar em criar um sistema de gestão representativa. Esse sistema, porém, precisa ser aceito por todos, para que as regras não sejam quebradas e não aconteçam conflitos, com alguns membros se sentindo menos privilegiados.
     
  • A busca da família deve ser de intensificar a realização pessoal de cada membro, o que vai aperfeiçoá-la como um todo: não adianta forçar o filho a conduzir os negócios, o que pode não dar certo. Encontre uma maneira de motivá-lo.


 
Referência: Administradores.com.br
Autor: infopessoal
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