Empréstimo / Financiamento - Juros e prazo: lembre-se de que nem sempre parcela menor significa economia
Na hora da compra, o consumidor sabe que ficar de olho na taxa de juros é
importante. No entanto, tão importante quanto o percentual da taxa é a relação
que ela tem com o número de parcelas que você escolhe.
De acordo com a pesquisa da Fecomercio (Federação do Comércio de São Paulo),
quanto maior a taxa de juros menor é a vantagem para o alongamento do prazo para
o pagamento.
No bolso
A Federação analisa, como exemplo, a compra de um automóvel de R$ 50 mil, cujo
valor será financiado em 100 meses. Se considerarmos a taxa de juros anual de
13%, 20% ou 35%, o valor total do veículo será de R$ 79.328,72, R$ 96.852,84 e
R$ 136.559,39, respectivamente.
Considerando que a taxa média do mercado para aquisição de automóvel é de 35%, a
entidade calculou que a diferença da parcela de um financiamento de 72 meses
para um de 100 é de R$ 138,62. No entanto, ao final do financiamento, a
diferença é muito maior, como mostra a tabela abaixo:
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72 meses |
100 meses |
Parcela mensal |
R$ 1.504,21 |
R$ 1.365,59 |
Valor Final |
R$ 108.302,99 |
R$ 136.559,39 |
Diferença |
R$ 28.256,40 |
"O consumidor deve negociar para conseguir a melhor taxa de juros, pois a
alíquota maior financiada em mais vezes reduz muito pouco o valor da parcela",
analisa Antonio Carlos Borges, diretor executivo da Fecomercio. "Na prática, o
consumidor passa mais tempo pagando mais juros e amortizando um pouco. Nem
sempre alongar o prazo de pagamentos é a melhor solução", afirma .
De olho nas taxas
A redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para alguns produtos
da Linha Branca foi estendida para vigorar até outubro, o que fez com que as
redes de varejo preparassem ofertas e os consumidores corressem para as lojas.
Nessa hora, é bom ficar atento com as formas de pagamento. Não é porque os
preços caíram que você vai fazer qualquer negócio.
Mesmo em tempos de preços baixos, a pesquisa ainda é a melhor maneira de
economizar. A diferença de preço da geladeira, por exemplo, um dos itens
beneficiados pela redução do imposto - alíquota caiu de 15% para 5% - pode
chegar a ser de R$ 158,45 de uma loja para outra, de acordo com o levantamento
da Fecomercio, que pesquisou o preço do produto em 9 redes de varejo.
No entanto, a diferença pode ser ainda maior entre as formas de pagamento. Isso
porque, mesmo sabendo que compras a prazo saem mais caras que as à vista, os
consumidores esquecem de atentar ao percentual da taxa de juros. "O consumidor
pode achar produtos vendidos com um juro mensal que vai de 1,7% a.m. (22% ao
ano) a 3,3% a.m. (44% ao ano)", lembra Borges.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Equipe InfoMoney
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