As demissões têm ocorrido com frequência nas empresas, em decorrência da
crise mundial. "Geralmente, os funcionários mais antigos costumam ser os
primeiros a serem cortados, porque têm salários mais altos", explica o coach e
diretor da UP Treinamentos e Consultoria, Carlos Cruz. "Mas a melhor
alternativa, frente à primeira dificuldade, não é demitir pessoas".
Segundo ele, em momentos de dificuldade financeira, o líder deve aproveitar os
talentos da empresa para entregar ainda mais resultados.
"Ele precisa enxergar o que cada um tem de especial, por meio de ferramentas
como o mapeamento de competências e a avaliação 360º [todos os profissionais
avaliam uns aos outros na empresa], e aproveitar seus talentos. Pode ser que
seja necessário um remanejamento interno", explica.
Antes de demitir...
É importante que a empresa estabeleça uma estratégia para enfrentar a crise, de
maneira que, quando a turbulência acabar, a organização esteja à frente de suas
concorrentes. "Um exercício interessante a ser feito pela empresa é ouvir
soluções e propostas dos colaboradores".
Em um segundo momento, o líder precisa envolver as pessoas e questioná-las sobre
o que estão dispostas a fazer para que a empresa supere a crise. "Nesse ponto, a
remuneração variável pode ser uma estratégia interessante".
O coach acrescenta: "antes de ir na onda do mercado e fazer o mesmo que os
outros estão fazendo, olhe para sua realidade interna. Conheça sua empresa e sua
equipe. Demitir nem sempre é o ideal".