Na correria do dia-a-dia, muitas pessoas deixam a saúde em segundo plano. No
entanto, é bom lembrar que mesmo que a pessoa tenha uma alimentação considerada
saudável, não fume, beba apenas socialmente, durma bem, não está completamente
livre de enfermidades. No próprio ambiente de trabalho, o profissional pode
estar suscetível a ter ser vitimado pelas chamadas doenças ocupacionais como a
LER (Lesões por Esforço Repetitivo) ou DORT (Distúrbios Osteomoleculares
Relacionados ao Trabalho). Esses problemas podem aparecer em trabalhadores de
diversas áreas como, por exemplo, metalúrgicos, separadores de correspondência,
professores, pintores, motoristas, esportistas, caixas de bancos e
supermercados, músicos e pessoas que ficam horas diante de um computador.
Vale ressaltar que o velho ditado popular "é melhor prevenir do que
remediar", torna-se uma máxima para esses casos. Por isso, algumas ações podem
ser adotadas tanto pelas organizações quanto pelos próprios colaboradores, em
relação à prevenção de doenças ocupacionais. Abaixo, confira algumas dicas que
podem ser adotadas por organizações dos mais variados segmentos.
1 - A promoção de aulas e palestras sobre doenças
ocupacionais ocasionadas por movimentos repetitivos como LER e DORT alertam e
orientam os profissionais sobre o assunto. Quando a organização promover um
evento dessa natureza, é preciso convidar profissionais capacitados como médicos
especialistas.
2 - Utilize os canais de comunicação interna da organização
para reforçar a conscientização sobre as doenças ocupacionais junto aos
profissionais. Para isso, a empresa pode recorrer a murais, intranet, jornais
internos, entre outros.
3 - Estimule a prática de ginástica laboral e para que a
prática não caia no esquecimento, convide profissionais formadores de opinião
para que eles atuem como agentes multiplicadores. Esses profissionais,
geralmente convencem os colegas a acompanhá-los nos exercícios laborais.
4 - Os líderes são personagens importantes no estímulo à
prática da ginástica laboral. Por esse motivo, a área de Recursos Humanos pode
promover um trabalho de conscientização voltado para as lideranças com a
finalidade de que eles também se tornem agentes disseminadores da saúde laboral.
5 - Caso a empresa adote a prática da ginástica laboral,
depois de um período mínimo de seis meses, a área de RH pode divulgar os
resultados que a iniciativa trouxe como, por exemplo: redução de afastamentos
por recomendação médica ou até mesmo depoimentos de profissionais que sentiram
os benefícios de praticarem exercícios laborais.
6 - A adoção de mobiliários ergonomicamente corretos às
atividades dos profissionais é um investimento que garante retorno à
organização. Essa iniciativa pode impactar no índice de absenteísmo,
principalmente no que se refere aos afastamentos por licença médica.
7 - Quando o cansaço estiver acentuado, o profissional pode
dar uma pequena pausa nas atividades para tomar um cafezinho. Levantar e dar
alguns passos ajuda a ativar a circulação e pode aliviar as tensões musculares e
até mesmo a carga psíquica que muitos profissionais recebem devido às
responsabilidades que assumem.
8 - A organização pode adotar uma programação de descanso
para os trabalhadores que atuam nas equipes das linhas de produção, por exemplo.
9 - Outra medida preventiva para as doenças ocupacionais é a
instituição de rodízios. Essa prática evita que profissionais permaneçam em uma
mesma atividade em tempo integral.
10 - Caso algum funcionário apresente sintomas como sensação
de peso e cansaço nos braços ou nas pernas, diminuição da força muscular e dos
reflexos, dores, formigamentos, dormências, inchaços, entre outros, a melhor
atitude é orientá-lo a procurar orientação médica.