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Cartão de crédito - Cartões: muito crédito e pouca orientação? 

Data: 30/05/2007

 
 

A atratividade dos cartões de crédito para o público consumidor é inegável, e isso já se reflete na maior procura pelo mesmo como meio de pagamento. Dados divulgados pelo Banco Central (BC) ao final de junho confirmam essa tendência, ao constatar que, pela primeira vez na história do Brasil, o número de transações envolvendo cartões superou ao de pagamentos efetuados com cheques.

Em 2004, segundo o BC, os cartões responderam por 37% dos pagamentos efetuados no país, enquanto os cheques responderam por pouco menos 36% dos pagamentos. Vale lembrar que em 1999, ou seja, apenas cinco anos antes, os cartões respondiam por 16% dos pagamentos enquanto os cheques eram usados em 63,5% das vezes.

Conceder crédito sem orientação é arriscado!
E a tendência deve aumentar, visto que as administradoras de cartão de crédito já anunciaram intenção de crescer nas classes C, D, E da população. A Visa, por exemplo, estima que no Brasil uma parcela maior dos seus cartões esteja nas mãos de pessoas que pertencem às classes C, D e E do que com as classes A e B - o que parece confirmar o aumento da penetração dos cartões entre a população de menor poder aquisitivo.

O objetivo não é negar as vantagens dos cartões de crédito, até porque elas são óbvias, a flexibilidade, o menor custo de transação contribui para a maior eficiência do sistema financeiro, favorecendo a todos, isso sem falar no fato que os cartões dão acesso a crédito pré-aprovado para pessoas que, até então, podiam não ter acesso a esse produto, pois não possuíam sequer conta bancária.

Não se pode esquecer, entretanto, que uma grande parcela dos brasileiros, sobretudo, nas classes C, D e E, não entende como funcionam os produtos financeiros e não adota qualquer tipo de planejamento financeiro. Na prática, isso significa que não conseguem entender ao certo as vantagens e os riscos associados ao uso do cartão de crédito.

Inadimplência merece atenção
Frente a essa realidade, não se pode ignorar o efeito devastador que o aumento da oferta de cartões junto à parcela de menor poder aquisitivo da população pode ter, caso não seja acompanhado por campanhas educacionais, que orientem essa parcela da população no uso do crédito.

Com juros médios de cerca 10% ao mês, muito acima da média cobrada nos cheques (8%) ou empréstimos pessoais (5%), os cartões de crédito oferecem flexibilidade, mas a um custo que poucos podem arcar. Não é de se surpreender, portanto, que a inadimplência os cartões de crédito esteja em 19%, segundo a Abecs (Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito).

Este valor é muito acima da média do setor financeiro que, segundo o Banco Central divulgou nesta quarta-feira (27), é de 12,2% nas operações de crédito ao consumo. Vale lembrar que a taxa média do BC inclui as modalidades que são acompanhadas pelo BC, o que não inclui as operações com cartão de crédito. A diferença é ainda mais significativa se considerarmos, por exemplo, a inadimplência média nas operações de cheque especial (7,8%) e de empréstimo pessoal (10,2%).

Por que não investir em educação?
Essa é uma situação que exige atenção. Tomar crédito não precisa - como já discutimos anteriormente, ser uma decisão negativa para as finanças pessoais de uma pessoa. Porém, como quase tudo quando o assunto é dinheiro, deve-se planejar a tomada de crédito, o que só é possível com o correto entendimento do produto, de suas vantagens e riscos.

É por isso que o crescimento do volume de concessões no cartão, sobretudo nas classes de menor poder aquisitivo, deve ser acompanhado por políticas de orientação. Cabe às instituições financeiras que atuam no setor, assim como ao governo, que tem incentivado o crescimento deste tipo de linha junto à população de baixa renda, organizar campanhas educacionais que orientem a população nessa decisão. Senão, aquilo que hoje é favorável para a economia, amanhã pode ser prejudicial.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Fernanda de Lima
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