O que você tem feito pelo seu potencial? A maior ameaça para
ser tudo o que poderia ser é a satisfação com o que você é. O que você poderia
ser é sempre prejudicado por aquilo que você tem feito. Há milhões de pessoas
que sepultaram os seus talentos, dons e habilidades no cemitério de sua última
realização.
Uma rápida vista de olhos pela história revela que os personagens que
causaram impacto em suas gerações e afetaram dramaticamente o mundo foram
pessoas que, devido a uma circunstância, pressão ou decisão, desafiaram seus
limites, alargaram as barreiras da tradição e violaram expectativas. Grandes
coisas jamais foram feitas dentro do comum que todos fazem.
Por que seguir um caminho se você pode fazer uma nova trilha? É dever de cada
um perguntar a si mesmo sobre as seguintes questões:
• Temos nos tornado tudo aquilo de que somos capazes?
• Temos nos expandidos ao máximo?
• Temos feito o melhor que podemos?
• Temos usado nossos dons, talentos e habilidades até o limite?
Muitas pessoas não utilizam todo o seu potencial por não saberem que o tem.
Quando compramos um vídeo cassete, por exemplo, as únicas funções que utilizamos
é ligar, parar, pausa, ir e voltar. Se você pegar o controle do seu vídeo irá
perceber a imensa quantidade de botões. Recusamo-nos a ler o manual e seguir as
instruções contidas nele, com isso somos incapazes de utilizar o potencial
máximo do produto. Eu nunca vi uma pessoa que soubesse utilizar todas as
funções.
Em resumo, o desempenho desse produto foi restrito por mim e não pelo
fabricante. Não importa a experiência que eu tive com ele ou a minha opinião
dele, seu potencial sempre estará lá. É exatamente isso que acontece com você.
Seu potencial está dentro de você, esperando ser liberado.
A comparação não é um bom negócio. Um dos maiores erros
cometidos por nós, seres humanos, é a comparação; a medição de si mesmo conforme
os padrões, os feitos ou as realizações das outras pessoas. Desde pequeno somos
comparados aos nossos irmãos, aos filhos dos vizinhos ou a qualquer outra
pessoa. Este espírito comparativo continua durante a adolescência e a idade
adulta, tornando-se traumatizante, porque passamos a maior parte de nossas vidas
tentando competir com os outros, comparando nossas realizações com outras
pessoas do nosso meio e tentando viver de acordo com os seus modelos de
aceitação.
Sempre que você compara os seus talentos e habilidades com os outros, quer
favorável ou desfavoravelmente, desperdiça a oportunidade de se tornar melhor;
tentando transformar em iguais, pessoas que são totalmente diferentes.
Durante a infância, minha família e eu viajávamos de carro e tínhamos o
hábito de ficar pedindo para que o pai ultrapassasse todo mundo. Torcíamos para
que ele conseguisse e comemorávamos muito fazendo caretas para o carro que
acabávamos de deixar para trás. Mas teve um dia que um carro passou por nós tão
rápido que eu e o meu irmão ficamos de boca aberta.
Embora o pai estivesse "liderando" todos os outros carros, aos olhos deles
nós tínhamos sucesso, por que estávamos viajando bem mais rápido do que os
outros. Quando comparado ao desempenho do nosso carro à sua verdadeira
capacidade, não estávamos sendo bem-sucedidos, pois o veículo trafegava abaixo
da sua capacidade máxima constituída pelo fabricante.
A lição aqui não é que o verdadeiro sucesso não é medido pelo quanto você fez
ou realizou em comparação ao que outros fizeram; o verdadeiro sucesso é
o que você fez comparado ao que você poderia ter feito. Em outras
palavras, viver em plenitude é competir com você mesmo.
Em vez de sermos nós mesmos, ficamos preocupados em ser o que os outros acham
que deveríamos ser. Sempre existirão pessoas que iremos superar e outras que nos
superarão. Se competirmos com nós mesmos, e não com os outros, não importa quem
está atrás ou na frente; nossa meta é nos tornar tudo aquilo que somos capazes
de ser e de realizar, e isto acontece à medida da nossa satisfação. Todas as
experiências que você terá durante a sua vida não eliminarão a capacidade de
fazer tantas vezes forem necessárias.