Imóveis - Saiba como é possível evitar aumentos exagerados no valor do condomínio
Pode acontecer com você: ao conferir o valor marcado no boleto para pagamento
do condomínio, a primeira impressão é a de que houve um engano. A sensação
seguinte é de pânico, ao descobrir que não foi erro. O valor realmente deu um
salto, muito acima da média, de uma só vez.
Já viu essa cena antes? Pois bem, casos como este não são raros, especialmente
quando o valor do condomínio permanece por um longo tempo sem ser reajustado. O
aumento, segurado pelo síndico com o auxílio do fundo de reserva do condomínio,
por exemplo, pode acontecer repentinamente.
Entretanto, existem medidas que podem ser adotadas, tanto pelos síndicos quanto
pelos condôminos, para evitar aumentos bruscos e também para economizar e até
reduzir o valor do condomínio.
Planejar os gastos
Quem dá as dicas para tornar os reajustes mais previsíveis é Angélica Arbex,
gerente de Marketing da Lello Condomínios. Em primeiro lugar, para evitar
grandes aumentos no valor do condomínio, "a resposta é uma só: planejamento",
explica Arbex.
Ela enfatiza a importância de fazer, anualmente, uma análise financeira do
condomínio e planejar o próximo ano prevendo os maiores impactos, como o
dissídio dos funcionários e o 13º salário, além de eventuais reformas e
melhorias e dos reajustes dos contratos de longo prazo e de concessionárias.
Para economizar, e conter o aumento do condomínio no médio e longo prazo,
Angélica diz que "o que mais vale a pena é fazer constantemente estudos da folha
de pagamento dos funcionários, pois este é o maior impacto na cota condominial,
chegando a até 40% das despesas".
Porém, a gerente de Marketing da Lello alerta que esse estudo deve ser feito por
profissionais especializados, visto que não se pode abrir mão da qualidade e do
cumprimento de toda a legislação trabalhista e previdenciária. "Outra
possibilidade é a reeducação de condôminos e funcionários dos condomínios, para
reduzir consumos como o de água e de energia elétrica", afirma.
Participação
Angélica lembra que os aumentos dependem da realidade de cada condomínio. "Um
condomínio que ficou sem aumento durante quatro anos terá um aumento
significativo em certo momento. Para se analisar a viabilidade ou não de um
reajuste da cota condominial, é importante conhecer a história do condomínio e,
principalmente, sua saúde financeira".
Para Angélica Arbex, a melhor maneira para que o condômino saiba exatamente o
que está pagando em sua cota condominial é estar envolvido com o assunto,
participando da assembléia geral ordinária, que acontece anualmente e aprova as
contas do ano anterior e o planejamento orçamentário para o próximo ano. "É uma
excelente ocasião para que o condômino exponha suas opiniões e suas dúvidas",
conclui.
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