No mundo altamente competitivo em que vivemos e com uma diversidade de
profissões que surge a cada momento, torna-se mais difícil para um jovem que
está a um passo de prestar um vestibular, fazer alguma opção consciente por uma
carreira. São inúmeras as exigências sofridas por quem vivencia essa fase.
Dentro desse contexto, podemos citar: influência da família: mercado de
trabalho; condições sócio-econômicas; mudanças que ocorrem naturalmente na
própria adolescência e dúvidas quanto ao futuro. Também não podemos deixar de
mencionar o descrédito que, geralmente, faz com que o jovem desista de tentar
ingressar numa faculdade, tendo em vista o grande número de graduados que as
universidades colocam no mercado a cada ano. E para piorar a situação, muitos
desses não conseguem colocação nas suas profissões. O que passará pela cabeça de
uma pessoa neste momento?
Será que vale a pena tanto esforço? Cursar uma faculdade e sair com um diploma
debaixo do braço? Mas e o emprego? Cadê? Bom, contra fatos não há argumentos? Há
sim! Na medida em que nos qualificamos, mais aumentam as nossas chances de uma
colocação no mercado de trabalho. É importante estar atento às novidades, às
profissões que parecem promissoras, procurar constante atualização. Do
contrário, nossa "sobrevivência", enquanto profissionais, ficará cada vez mais
ameaçada.
Nesse sentido, quero abordar a importância da escolha da profissão. Sabe-se que,
estatisticamente, o número de pessoas que ingressam numa universidade e
abandonam o curso no meio do caminho, é significativo. Isso poderá ocorrer
devido a vários fatores, mas, certamente, a problemática da escolha inadequada é
uma questão que pesa muito para que isso aconteça.
Escolher uma carreira para seguir a tradição de família, porque a profissão está
"na moda" ou porque a pessoa acredita que financeiramente terá retorno maior ou
mais rápido, enfim, são vários os motivos possíveis que levam alguém a abraçar
um caminho. Contudo, uma opção feita de forma consciente com certeza fará com
que o jovem inicie o curso muito mais motivado e informado sobre sua escolha.
Desta forma, as chances de que ele permaneça na universidade e invista na sua
profissão são bem maiores.
Neste contexto, a Orientação Vocacional torna-se um excelente instrumento de
apoio nesta escolha. Refiro-me a Orientação Vocacional na modalidade clínica que
em muito se diferencia do modelo estatístico (somente com a utilização de testes
psicológicos adotado até a década de 70). Essa modalidade é um convite à
reflexão e ao autoconhecimento. São realizadas dinâmicas de grupo, pesquisas e
discussões sobre o mercado de trabalho, entrevistas com profissionais da área de
interesse e, também, testes psicológicos - usados como mais uma ferramenta no
processo e não a principal.
Outra vertente importante a ser citada é a Orientação Profissional. Ou seja,
aquele trabalho realizado com profissionais que já atuam em determinada
profissão, mas que se encontram, muitas vezes, insatisfeitos ou até mesmo por
razões alheias a sua vontade, levando-os a buscar novas opções de atividades.
Novamente, o processo de Orientação tem destaque nesse momento profissional,
pois também auxiliará em um autoconhecimento e no direcionamento para uma nova
carreira, ou mesmo, a certeza de que deverá continuar investindo na atual
profissão.