Como ninguém é de ferro, até os gestores têm direito a um merecido período de
descanso, ou seja, as tão esperadas férias. Caso contrário, em pouco tempo a
liderança entrará em um estágio de automação e não deixará mais suas
competências aflorarem. O resultado será sentido, logicamente, na performance da
equipe. Mas, quando o líder está ausente, quem deve substituí-lo durante sua
ausência? Qualquer um é capaz de assumir essa responsabilidade e tomar conduzir
o leme junto aos demais colegas de trabalho? Certamente que não, pois alguém
despreparado à frente da gestão de vários profissionais pode gerar uma grande
confusão. E quando a liderança retornar, no mínimo, terá uma grande dor de
cabeça. Mas, como saber que está apto a conduzir os trabalhos do líder? Algumas
sugestões simples podem ajudar vários gestores que nesse momento, preparam-se
para descansar e não sabem para quem delegar a responsabilidade de substituí-lo
em sua ausência.
1 - Um verdadeiro gestor sempre tem em mente que a condução
da sua equipe pode precisar de um substituto, seja porque ele precisará entrar
em período de férias, ausentar-se para cuidar da saúde ou mesmo viajar para
participar de um treinamento, um congresso, por exemplo. Isso leva o bom senso a
falar mais alto e faz com que o gestor fique atento a quem tem aquele
diferencial de liderar. Ou seja, o colaborador que tem empatia com os demais
colegas e sempre toma a iniciativa de auxiliar os demais no dia a dia.
2 - Quem substitui o gestor deve conhecer bem o andamento
dos trabalhos do setor, ou seja, precisa estar sintonizado com o que ocorre na
rotina do departamento.
3 - Um líder em potencial tem uma característica muito
valorizada pelo mercado: a capacidade de lidar com situações inesperadas. Mesmo
que o problema não seja solucionado imediatamente, uma atitude tomada no momento
certo faz com que a equipe mantenha-se equilibrada para encontrar a alternativa
eficaz para sanar o problema.
4 - Sempre que possível, o líder deve conversar com os
membros de sua equipe, preferencialmente, em particular. Não precisa ser uma
reunião formal, mas durante aquela parada para o cafezinho o gestor pode
"pescar" o interesse do profissional em futuramente tornar-se um gestor de
pessoas.
5 - Você quer me substituir na minha ausência? Essa pergunta
deve ser feita a quem o gestor pretende delegar a responsabilidade de
substituí-lo temporariamente. Muitas vezes, o profissional destaca-se em suas
atividades. Contudo, quando precisa gerir seus pares não se sente à vontade e
sua performance fica aquém do esperado.
6 - Outra forma de identificar se alguém tem tendência a ser
líder surge durante a avaliação de desempenho. Esse recurso permite que sejam
identificadas competências essências para quem um dia estará diante da condução
de uma equipe.
7 - Também é importante que o profissional tenha um bom
entrosamento com os demais pares. Não se conduz bem uma equipe, se as pessoas
não veem o "gestor temporário" com "bons olhos.
8 - Quando a liderança está à procura do seu substituto,
deve considerar o comportamento do mesmo diante de situações específicas. Por
exemplo: supondo que o possível substituto realizou um bom trabalho e seu líder
faz um elogio ao seu desempenho. Se o colaborador aproveita a situação para se
"colocar" acima dos demais colegas de trabalho e deixa a vaidade tomar conta
dele, é melhor pensar em outra pessoa para assumir o papel de líder.
9 - Se o colaborador nunca conduziu uma equipe e recebe o
convite para substituir seu líder por um período determinado, é bom que ele
conte com algum o apoio de outro gestor. Esse profissional a quem ele poderá
recorrer servirá como mentor, caso haja necessidade.
10 - Faltam poucos dias para as férias chegarem e é natural
que a liderança tome determinadas ações para deixar a "casa" em ordem. Nos dias
que antecedem à sua ausência temporária, o líder deve convidar o substituto para
acompanhá-lo nas suas atividades diárias. Isso permitirá que o "gestor
substituto" tire dúvidas e se ambiente à rotina que terá brevemente.