Uma radical revolução está ocorrendo nas organizações neste fim de século,
justamente no horizonte emocional. E a principal mudança ocorre no papel do
líder.
Este deve saber que liderança não é dominar, mas é a arte de persuadir pessoas
para realizarem seu trabalho em busca do mesmo ideal.
O líder têm que estar preparado para trabalhar com as ansiedades de seus
colaboradores diante da ocorrência de falhas nos resultados do trabalho da
equipe. E, uma das habilidades necessárias para que o líder atue de forma
eficaz, dentro deste contexto de revoluções de paradigmas empresariais que estão
ocorrendo, é a arte de criticar, ou seja, de apontar as falhas da equipe de modo
construtivo.
Muitos são deficientes ou até mesmo não têm esta habilidade, fazendo suas
críticas de maneira seca e rude, sem se importarem com sentimentos alheios,
agindo, assim, de maneira egoísta e ineficiente.
Estudos mostram que os colaboradores freqüentemente reagem sendo defensivos,
dando desculpas ou evadindo-se de responsabilidades quando recebem críticas
destrutivas. Portanto, a responsabilidade do líder em manter seus colaboradores
conscientes e comprometidos com os objetivos aumenta diante da necessidade de
correções das falhas diagnosticadas nos resultados da equipe.
Criticar é uma arte e deve ser feita de maneira a manter o espírito
empreendedor e alimentar o comprometimento em realizar as ações de maneira
correta. Existem algumas dicas sobre esta arte, a saber:
Seja específico. Desmoraliza-se os colaboradores quando eles somente ouvem o que
foi feito errado, sem serem informados do que em específico tem que ser mudado.
O líder deve sempre dizer a seus colaboradores o que está correto, onde
existiram falhas e como estas podem ser evitadas numa próxima ocasião.
Ajude a equipe a buscar soluções. Quando feita uma crítica construtiva dá-se
margem para que a própria equipe encontre soluções e alternativas, e
sensibiliza-se a mesma a atentar às falhas que ocorreram, evitando que estas
ocorram novamente.
Seja solícito. As críticas quando feitas face-a-face e em particular abre espaço
para a troca de informações e para esclarecimentos. Deste modo, o colaborador ao
sentir-se respeitado, enxerga que é o momento de expressar suas dificuldades e
percebe no líder alguém interessado e presente.
Seja empático. O líder deve estar perceptivo ao impacto do que e do como está
comunicando a crítica. Percebendo de antemão as reações que está causando no
colaborador, corrigindo a si mesmo em tempo.
Como líder, o profissional deve encarar críticas como o momento de troca de
informações sobre o que deve ser melhorado, tendo a responsabilidade de
persuadir sua equipe a encarar a situação da mesma forma, para que as críticas
se transformem em momentos ricos em feedback, pois sem este os colaboradores e o
próprio líder estarão no escuro, sem saber o que se espera de cada um.
Portanto, a liderança deve ser exercida com equilíbrio e competência emocional
para que diante de crises, muitas vezes geradas por falhas nos processos de
trabalho da equipe, o líder consiga fazer deste momento uma situação positiva o
suficiente para manter o espírito empreendedor e para não romper o
comprometimento da equipe.