“Nossos fracassos são, às vezes, mais frutíferos que os
êxitos.”
(Henry Ford)
Em um mundo globalizado, onde a competitividade é extremamente acirrada, a
conduta do profissional faz toda diferença e possui o poder de estabelecer as
regras do jogo; portanto, o profissional que possui uma conduta ética ao exercer
sua profissão irá não apenas destacar-se dos demais, mas posicionar-se no
mercado com um diferencial, o que irá contribuir e muito para que o mesmo
permaneça no mercado por um longo tempo, tendo sua carreira, além de
consolidada, respeitada.
Admite-se que o profissional, cujo pilar de suas ações seja baseado na ética,
além de possuir conhecimento e fazer uso do código de ética de sua profissão,
age com integridade e transparência. A Integridade no exercício da função
significa agir em conformidade com seus princípios morais e valores, sem
prejudicar as demais pessoas em sua volta, zelando e preocupando sempre com a
boa reputação de seu nome.
Desta forma, o profissional ético, preocupa-se de forma obstinada com sua
imagem, pois, tem plena consciência de que mesmo tendo muito conhecimento,
competência e talento, caso obstrua sua imagem, sua permanência no mercado
ficará comprometida, correndo-se então enorme risco de ser expulso do mesmo. Por
esta razão, além de agir como um intra-empreendedor, preocupando em edificar a
empresa onde atua, age com muita transparência e seriedade, tendo sempre o
cuidado de agir em conformidade com a ética.
De todo o modo, verifica-se que, além de ser digno de confiança, o
profissional ético possui grande credibilidade, o que lhe confere a oportunidade
de realizar grandes negócios; portanto, além de obter dividendos, agrega valor
fazendo um diferencial, desenvolvendo produtos e/ou serviços de qualidade,
atendendo e ganhando mercado, contribuindo então, não só para alavancar sua
carreira, desenvolvendo e crescendo profissionalmente, como também para que a
empresa onde atue deslanche no mercado avançando cada vez mais.
Pode-se dizer que o profissional ético sabe que o resultado obtido depende da
soma de esforços de vários colaboradores; por isso, além de valorizá-los, atua
de forma a proporcionar um ambiente harmonioso, onde prevaleça um grandioso
trabalho em equipe, onde todos possam atuar de forma integrada,
inter-relacionada e interligada, dando sua contribuição através do somatório de
conhecimentos, bem como de experiências, e exercendo sua função em prol dos
objetivos a serem alcançados, obtendo assim resultados esperados.
Vale enfatizar que o profissional, quando age pautado na ética, atua sempre
tendo o cuidado de zelar pela transparência nas ações e pelo respeito, prezando
não apenas pelo bom convívio, mas agindo sempre com profissionalismo em
quaisquer circunstâncias, assumindo responsabilidades e implicações advindas do
seu exercício na função. Pautado sempre pelo bom senso, democracia,
solidariedade, generosidade e pela justiça, procura manter um equilíbrio dentro
da organização junto aos recursos humanos, realizando uma tomada de decisão de
forma mais consciente.
Aparentemente trata-se de um conjunto de virtudes um tanto difícil de
encontrar-se em uma só pessoa. Ocorre que a ética é a mãe de todas elas. Se um
funcionário é ético, por princípio, as outras virtudes podem ser desenvolvidas
ou estimuladas. No lado oposto, se o profissional não tem caráter, dificilmente
se pode conseguir algo produtivo dele. Assim, não é difícil ter em uma empresa
um time de pessoas de qualidade, mas inexoravelmente todos devem ser éticos como
qualidade primordial.
É de conhecimento geral que a discussão sobre a ética no terceiro milênio
ficou ainda mais evidente; por conseguinte, a necessidade do zelo, tanto pela
imagem do profissional quanto pela imagem da empresa, emergiram e emergem cada
vez mais; assim, é preciso lembrar a todo instante que “arranhões” na imagem
deixam cicatrizes, o que não é nada bom; logo, profissionais e empresas devem
estar comprometidos em atuar sempre pautados nos valores e princípios éticos;
desta forma, cultivar a ação ética em nossa vida profissional deve ser hoje mais
do que uma preocupação, mas uma obrigação, sendo inerente a todos os
profissionais e empresas que desejam permanecer por um longo período no mercado
e de forma respeitada, conduzindo assim à sua solidificação.
Ademais, é preciso lembrar que antes do colaborador ser um profissional, este
é um ser humano que, além de deter conhecimentos, habilidades e talentos, possui
anseios, necessidades, valores e princípios, e que a ética é inerente ao ser
humano. Pensando assim, a missão, a visão e a cultura organizacional, bem como o
programa de ética de uma empresa, deverão ser muito bem elaborados e definidos,
pois irá nortear todas as ações, definindo rumos e a maneira de caminhar, bem
como estratégias, princípios e condutas a serem seguidas.
A esse respeito, julgo oportuno salientar que, com o objetivo de coibir a
prática antiética dentro de qualquer empresa, o profissional que não agir em
conformidade com a ética na organização deverá ser punido, correndo-se então, o
risco de ser banido não só da empresa onde exerce sua função, como também do
mercado, o que poderá comprometer toda sua carreira profissional.
Todas essas ponderações levam à seguinte conclusão: as empresas fazem a
contratação dos profissionais observando seus conhecimentos, habilidades e
talentos, mas realiza a demissão baseando-se nas suas atitudes, condutas e
comportamentos, portanto, uma auto-avaliação ajudará e muito ao profissional que
queira permanecer neste mercado incerto, no momento em que através da
auto-avaliação o profissional poderá além de rever, repensar, reavaliar a si
próprio e mudar, conscientizando-se de que, se agir de forma ética, poderá
evitar dissabores e contratempos futuros.